Turíbio Fiuza, era uma pessoa popular e folclórica de Itararé. Rei do Carnaval de Itararé. O Zunir Pereira de Andrade, em parcerias com Roberto Gomes de Camargo (Kai'água ) e Jorge Chueri, compuseram uma marchinha de carnaval: "Procurando o
Turíbio". Em alusão à uma "disputa", saudável, entre o Clube Atlético Fronteira e o Primeirão, para tê-lo em seus salões nas quatros noites de carnaval. A marchinha em um dos estrofes dizia assim: *Turíbio é um cara bacana * Turíbio é um cara legal. *Queremos você hó...Turíbio * Aqui no nosso carnaval. Além de ser o folião mor dos carnavais itarareense, era boêmio, tocava violão, a sua interpretação na musica "Abismo de Rosas", não perdia nada para a de Dilermando Reis; um exímio pasteleiro, isso mesmo, seus pasteis até a data de hoje são lembrados, por muita gente da terrinha. Seu hobby, jogo de baralho e briga de galos. Outro lado do perfil do Turíbio: supersticioso e azarado, seu azar era de origem maligna, é nesse lado místico e folclórico que iremo focar.
Turíbio". Em alusão à uma "disputa", saudável, entre o Clube Atlético Fronteira e o Primeirão, para tê-lo em seus salões nas quatros noites de carnaval. A marchinha em um dos estrofes dizia assim: *Turíbio é um cara bacana * Turíbio é um cara legal. *Queremos você hó...Turíbio * Aqui no nosso carnaval. Além de ser o folião mor dos carnavais itarareense, era boêmio, tocava violão, a sua interpretação na musica "Abismo de Rosas", não perdia nada para a de Dilermando Reis; um exímio pasteleiro, isso mesmo, seus pasteis até a data de hoje são lembrados, por muita gente da terrinha. Seu hobby, jogo de baralho e briga de galos. Outro lado do perfil do Turíbio: supersticioso e azarado, seu azar era de origem maligna, é nesse lado místico e folclórico que iremo focar.
Mesmo o mais cético dos seres já deve ter incorrido em pequenos deslizes, tais como: bater na madeira três vezes para evitar que algo que é dito e que tem conotação negativa, ocorra de fato; cortar bolo de aniversário de baixo para cima para dar sorte; evitar passar por baixo de escadas... Enfim, uma série de atitudes realizadas mesmo sem pensar, originadas a partir do famoso “inconsciente coletivo” -, ou mesmo de forma consciente pois, afinal de contas, se bem não fizer, mal também não faz. E, na dúvida, é melhor “não mexer” com forças que nem a ciência explica. Já dizia a máxima: “Eu não creio em bruxas, mas que elas existem, existem”. Convivi por muitos anos com o Turíbio no Clube Atlético Fronteiras, eu, concessionário do bar e o Turíbio, cacifeiro dos jogos de baralho. Sempre abordava suas superstições e azares. Anotei muitas delas, nessa época que passamos noites no atendimento dos jogadores que frequentavam as salas de jogos.
Gato preto: Certa feita em um final de semana, o Turíbio, chega nervoso e cabisbaixo para mais um dia de trabalho, e ele nos conta que logo cedo deu de cara com um gato preto, alguma coisa vai me acontecer!!! Para formar um carteado de pife-pafe, geralmente o cacifeiro participa do inicio do jogo a espera de mais parceiros e não deu outra, logo na primeira cartada o nosso herói começa a perder. E como a maioria dos jogadores de baralho, quando se esta perdendo não para, sempre esperando a cartada seguinte para recuperar as jogadas perdidas e com ela dinheiro, que aliais é a parte mais dolorida de um ser humano, o bolso. A cada "cartada perdida" esbravejava: Foi esse maldito gato preto, enviado pelo o demônio que me esta dando tanto azar, e algumas palavras impublicáveis. O único jogador que perdeu foi o Turíbio, os outros quatros parceiros foram os ganhadores ou melhor dizendo, sortudos. A ideia de que encontrar gatos pretos, pelo caminho, dá azar veio da idade média. Acreditava-se que os felinos, devido aos seus hábitos noturnos, tinham relação com o demônio. E se fossem pretos (cor associada à trevas), pior ainda. Acreditava-se que eles se transformavam em bruxas. Num tempo em que imperava o medo das forças malignas e os direitos dos animais era algo impensável, muitos pobres bichanos eram massacrados sem dó. Até o próprio Papa Inocêncio VIII (1432-1492) chegou a incluir os gatos na lista de perseguidos pela Inquisição. É possível que essa “fixação” que a Inquisição teve pelos gatos tenha relação com o fato dos gatos serem símbolos importantes na crença pagã, e que por essa razão deviam ser combatidos. Os egípcios, por exemplo, consideravam o gatos como divindades. Na sala de jogos de baralho Turíbio, perdendo blasfemava até de Jesus Cristo. No dia seguinte ficava horas de joelho na Igreja Matriz, rezando e pedindo perdão, pelo seus atos, motivados pelos os azares que acompanhavam-os.
Ferradura: Turíbio, tinha duas ferraduras, penduradas em cima da porta da cocheira dos galos de briga, colocadas pelo seu filho Honorato, uma voltada para cima e outra voltada para baixo. O Turíbio não gostou que uma das ferraduras fosse colocada para baixo. É oportuno salientar, que foram fixas aleatoriamente. Na cultura popular a posição da ferradura pode variar sendo pendurada para cima ou para baixo. A ferradura apontando para cima funciona como um copo para pegar boa sorte e ficar presente na casa das pessoas ou animais que ali habitam. Já a ferradura pregada para baixo a intenção é que toda a má sorte seja derramada, escoe pelo chão e suma da vida dos moradores.Em Ponta Grossa, também em uma reunião de brigas de galos , lá estava o Turíbio, eufórico pelo desempenho de seu galo, contra o galo de um dos maiores galista do Paraná Ademar Uliana; as aposta dobravam a favor do galo do Turíbio. Queriam compra-lo com o galo brigando acontecesse qualquer imprevisto o galo já teria sido comprado e por um bom dinheiro. Turíbio recusou. A briga estava praticamente ganha seu galo tinha extrasaliado seu oponente, cego das duas vistas, asa quebrada; o juiz da briga vendo as condições do galo, perguntou aos apostadores que opunham-se de encerrar a briga, sobre a recusa de alguns apostadores o juiz deu sequência ao confronto. Naquela época a iluminação publica de Ponta Grossa era movida a motores a óleo diesel, localizados em vários lugares da cidade: em determinado tempo, a iluminação era interrompida para troca de motor e a iluminação foi interrompida na hora em que os galos brigavam. Quando as luz voltou a rinha, para surpresa de todos, o galo do Turíbio tinha levado um golpe mortal de seu oponente.
De volta, para sua casa a primeira providência que tomou foi arrancar a ferradura que estava voltada para baixo e disse: Foi esta ferradura do diabo, colocada do lado errado que me deu azar!!! Em uma pescaria no rio Itararé (Poço da Cruz). somente o seu companheiro Nhô Flor,que estava enchendo o "borná" de bagres, era um atrás do outro , o Turíbio nem uma fisgada, já praguejando de não fisgar um bagre sequer, repentinamente um a puxada que a linha correu contra a correnteza, ( na Barreira, os pescadores não usam vara para pescar e sim "linha de mão), o Turíbio começa a enrolar a linha, para trazer o peixe até em cima do paredão e para confirma que o azar o acompanha tinha fisgado uma ratazana; quando jogou a linhada, a isca caiu em um lapa de pedra na margem oposta do rio.
E pra finalizar, frases sempre ditas pelo Turíbio: "Se eu comprar um circo, o anão cresce" " Se eu jogar uma moeda para o alto e pedir cara ou coroa, ela cai em pé".
Antônio de Fazio Neto
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