Pesquisar este blog

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

NOSSAS RAIZES

 CIRCUITO  PAULISTA CAMINHO DAS TROPAS                                                                                                                                                                      O Tropeirismo: Teve inicio no Ciclo do Ouro. Antecedentes: Foi o momento em que no século XVIII, a extração do ouro foi a principal atividade econômica do Brasil.  No final do século XVII, a exportações de açúcar brasileiro começaram a diminuir com preços mais baixos e boa qualidade, a Europa passou a dar preferência para o açúcar holandês.   Esta crise no mercado brasileiro colocou Portugal, numa situação de buscar novas fontes de renda.   Foi neste contexto que os bandeirantes começaram a encontrarem as  minas de ouro em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso.   No século XVII, o bandeirante Fernão Dias, saiu de São Paulo, com os seus seguidores de prata e esmeralda em Sabará. Porém foi no fim do século XVII, que revelou-se em Minas Gerais a ocorrência de ouro.   Os diamantes, por sua vez na segunda década do século XVIII.   O primeiro ouro encontrado era chamado "ouro de aluvião" ou seja ouro que se encontrava nos vales dos rios.  Foi achado no vale doo rio Doce e do rio das Mortes.   Isso desencadeou uma verdadeira corrida para Minas Gerais. Com fluxo e fixação de pessoas, o transporte no lombo escravo, para transportar  mercadorias, não abastecia a contento as pessoas que trabalhavam na extração e também o transporte do minério para as  Casas de Fundições, para transforma-los em barras,  para facilitar o transporte e evitar roubos, no Caminho até Paraty (RJ), e exportado para Portugal.   O tropeirismo acabou associando à  atividade mineradora no auge em Minas Gerais com o ouro e mais tarde em Goiás, na esxtração de pedras preciosas, que também atraiu grandes contingentes populacionais para novas áreas e por isso, era cada vez mais necessário alimentos e produtos básicos e também como transportar o ouro em tempo hábil, no lombo escravo;   A solução encontrada foi no Sul do Brasil: os muares criados ao "vento", com  pastagem naturais. A primeira tropa foi tangida dos Campos de Viamão (RS), até as minas de ouros em Minas Gerais, em 1732, por Cristóvão Pereira de Abreu, posteriormente a cidade de Sorocaba (SP), por ser um ponto estratégico geograficamente , deu inicio as Feiras  para  venda de muares.  O Caminho percorrido pelos tropeiros de Viamão/Sorocaba, a mercadoria principal eram burros e mulas, na maioria  xucras.  Os tropeiros foram figuras decisivas, não só na economia como na formação de vilarejos e cidades no Brasil Colonial e a conquista do  Território Meridional do Brasil.   Na Cultura, o desenvolvimento da vida trouxe também mudanças culturais e intelectuais em todo o  Caminho das Tropas:  O estilo barroco nas obras esculturais e arquitetônicas de Antônio Francisco Lisboa, o "Aleijadinho", em Minas Gerais  e do Mestre Valentim no Rio de Janeiro, o estilo da musica sacra de Jose de Mesquita, os falares regionais, musicas populares como a modinha, a dança da qadrilha viola caipira, as cantigas de ninar de origem lusitana, a gastronomia,   o ludun africano;  Destacamos a influência dos campeiros gaúchos descendentes de índios guaranis , dos colonizadores portugueses principalmente os de origem açoriana e   castelhanos, que  por 200 anos viveram  ao longo do Caminho Viamão/Sorocaba. 
Em Itararé, A gastronomia açoriana esta presente, até os dias atuais em  prato tradicional de Itararé: "O Galo no Azeite",  começamos a pesquisar sua origem e no litoral catarinense o prato eram e é  elaborados por descendentes de açorianos e na Ilha dos Açores em Portugal  Em Itararé, a família Ketul, descendentes de Sírios/libaneses, também, faziam o Galo no Azeite.  E conversando com pessoas mais antiga de nossa cidade há anos atrás obtive da família  Ketul. a confirmação da origem desse prato saboroso .   O Davi Ketul,  tanto na profissão como a selaria,  herdou de seu pai, que confeccionava arreios rédeas, cabrestos, botas , botinas etc...  E os tropeiros açorianos eram fregueses. desde o tempo de seu pai.             A sapataria/selaria era no prédio, que hoje  esta instalada a Loja Cem; e no terreno baldio, repleto de mangueiras,  faziam brigas de galos, o terreno em questão,  foi construído o nosso Paço Municipal.  Os tropeiros açorianos, compravam  os galos,  corridos das brigas, e   os que recebiam uma esporada mortal ou que os impossibilitavam de prosseguirem combatendo.  Seus destino era a panela, para elaborar o "Galo no Azeite ",e a partir dessa época o prato ficou famoso, pois as brigas de galos tiveram continuidade  até no inicio da década de sessenta do século passado.    O Clube Recreativo Primeiro de Maio, construiu uma rinha para briga de galos, ao fundo de sua Sede social, no prédio que nos dias atuais,  abriga o Centro dos Professorado Paulista (CPP).  Entrevistamos, a Malvina Ketul, durante a pesquisa que realizamos e nos confirmou que os seus avós, Salomão Jorge Ketul e Rosa Ketul, possuíam uma Selaria e que seu avô era um grande artesão em couro e sua avó Rosa, era uma eximia cozinheira e fazia a galinha recheada (velha) e o "galo no azeite" e que o seu irmão David, desde menino assistia briga de galos nas mangueiras e ganhava os galos corridos e minha avó fazia o prato que os tropeiros portugueses (açorianos), ensinaram. O prato que hoje saboreamos e de galo caipira, já que briga de galos, estão proibidas.
A Dança da quadrilha: A quadrilha e dançada em homenagem aos santos juninos (Santo Antônio, São João e São Pedro).   Os tropeiros Paulista, na grande maioria, para não disser a totalidade eram oriundos da roça e do campo.  E para agradecer boas colheitas e negócios, tal festejo é muito importante pois o homem do campo a muito religioso. devoto e respeitoso a Deus   Em todos os municípios que compõem o Caminho das tropas praticam a Dança da Quadrilha,  dançar, comemorar e agradecer.  A quadrilha e dançada, por um numero de par de casais, e a quantidade participantes é determinada pelo tamanho do espaço que se tem para dançar, de origem europeia, foi enraizada pelo longo do Caminho das tropas pelos os tropeiros luso-açoriano e castelhanos.   Em Itararé, também se praticou por muitos anos a Dança da Quadrilha, nos salões do Clube Atlético Fronteira e  Clube Recreativo Primeiro de Maio.  a quadrilha era comandada por dois grandes marcadores; o saudoso, Estelpar  Ospedal (Tépa) e José Campolim Vasconcelos (Zé Medonho).  Cada um dos nossos maiores marcadores, tinham um modo de orientar os casais, usando vários termos europeus (franceses, portugueses, espanhóis etc..)  e, a cada ano, iam surgiam novos comandos baseados nos acontecimentos de nossa cidade e na criatividade do grupo.   A quadrilha fazia um desfile descendo a rua São Pedro, contornava a rua Amazonas Ribas, alcançava a rua XV de novembro, iam até a entrada do Clube;  E os componentes acompanhavam os noivos que eram  conduzidos por uma carroça  escoltados pelo delegado e dois soldados até o salão do Clube e  dava-se  inicialização de um casamento da roça, com direito a padre.  Nos dias atuais, algumas de nossas escolas e dos municípios que compõem o Caminho das Tropas,   continuam resgatando:  A Dança da Quadrilha.

Frase de Itarareense;  "A BELEZA!!  ESTA SÓ NO MEU APELIDO" (Zé Beleza).






Nenhum comentário:

Postar um comentário