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terça-feira, 16 de junho de 2015

PORTA RETRATO - TOMÉ TEIXEIRA - PSCHOAL MELILLO

TOMÉ TEIXEIRA                                                                                                            



                                                                                                      
Nasceu em,  Apiaí em 21 de dezembro de 1876, filho de Simão Teixeira e  Maria TeixeiraO emérito Prof Tomé Teixeira, antigo e dedicado educador, cujo nome foi dado ao Grupo Escolar local, foi seu primeiro Diretor, para cujo cargo foi nomeado por volta de 1910, por indicação do Cel. Acácio Piedade, deputado da zona – pois o Prof Teixeira fora antes diretor do Grupo Escolar da então Faxina – que hoje tem o nome do Cel. Acácio Piedade.   Logo após sua aposentadoria, o Prof Tomé Teixeira transferiu sua residência pra Santos, onde veio a falecer,    aos 78 anos de idade e no próximo dia 25 junho de 2015, será 61º ano em que nos deixou.  Era viúvo da Profª Maria Augusta Brizola Teixeira - Da. Maricota.   Sua vida foi bom exemplo de correção, de trabalho e amor a terra.  Teve seu nome aureolado pela admiração de todos quantos privaram da sua intimidade.   Alcançou renome no país graças a intensa atividade desenvolvida no setor rural dentro da esfera educacional sob sua direção.  A Escola Estadual Tomé Teixeira, foi criada em 05 de setembro 1910, com o nome de Grupo Escolar de Itararé e instalada em 27 de setembro do mesmo ano.  Em 18 de março de 1945, o Interventor Federal do Estado de São Paulo, Dr. Francisco de Souza Costa, Através do Decreto Lei nº. 0850, denomina-se Grupo Escolar Tomé Teixeira, em homenagem ao Primeiro Professor e Diretor da Escola, entre  1910 até 1936.  Com a Lei Federal 5692/71, passa a denominar Escola Estadual Tomé Teixeira.   Com a LDBEN 9394/99, foi alterada novamente a denominação Unidade Escolar, passando a ter o nome: "EE Tomé Teixeira".  Pelo alto valor histórico na evolução educacional do Estado de São Paulo, seu prédio foi tombado pelo Conselho do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo(CONDEPHAAT), conforme publicação no Diário Oficial do Estado de São Paulo, do fia 07 de agosto de 2002, páginas 1-52. 
 

PASCHOAL MELILLO


Foi instrumentista, pianista, acordeonista e  saxofonista), líder de orquestra, arranjador e compositor).  Nasceu em 14 de abril de 1912 em Itararé - SP, Filho do maestro italiano José Melillo e de D. Maria Bote Melillo. Começou a estudar no curso primário no Grupo Escolar Tomé Teixeira, onde também fazia parte da 1ª turma de  Escoteiros. entre outros: Ambrósio Dias Tatit, Teógenes Gaia,  Alcides Ferreira, Jurandir Pimentel, Plinio Rolim de Moura.  Deu sequência a seus estudos no Paraná, em regime de internato. Após terminar o ginásio cursou regência e composição na Academia de Musica do Paraná. Foi casado com Lady Mellillo e com ela teve uma filha, Maria de Lourdes.   Arte e o Dom musical., foi um dadiva de  Deus   a toda a sua família seus irmãos João Hélio, Antônio, José, Rafael,  todos maestros e compositores e as pianistas Filomena e Joaninha . Paschoal,   iniciou a carreira artística em São Paulo no final da década de 1920. Nas décadas de 1930 atuou com seu conjunto no Cassino do Parque Balneário Hotel de Santos, com destaque para a Lady-crooner Wanda Aranuy.   Além das atuações como solista, atuou em conjuntos musicais e orquestras com quatro formações diferentes: “Paschoal Mellilo e Sua Orquestra”; “Pascoal Melilo e Seu Conjunto”; “Paschoal Melilo Trio” e “Paschoal Melilo e Seus Guitarristas”.  Em 1952, foi contratado pela gravadora Copacabana, lançando seus primeiros discos. Gravou “Gigolette”, de Franz Lehar, em que tocava acordeom acompanhado por seus guitarristas, fazendo arranjos de baião. Gravou também as valsas  "Saudade de Itararé", de sua autoria, "Só pelo amor vale a vida", de Zequinha de Abreu e Gabriel Migliori, e "Amando sobre o mar", de Zequinha de Abreu e Marques Jr, e os baiões de sua autoria "Cuco", "Tristonho", "Surpresa", "Ciganinha" e "Gracioso". Em 1953, grava o maxixe "400 anos", também de sua autoria, em uma homenagem aos 400 anos da cidade de São Paulo, que seriam comemorados no ano seguinte. Sem duvida seu maior sucesso como compositor foi o baião "Cuco", um dos destaques musicais do ano de 1953, hoje já gravado por diferentes intérpretes. Sua carreira como artista se desenvolveu principalmente em São Paulo. Paschoal Mellilo é considerado um dos primeiros intérpretes do baião do Estado de São Paulo..  Faleceu na cidade de São Paulo em 1982.

                                                   



 
 







 
 

  



 
 

 

terça-feira, 9 de junho de 2015

O ROMÂNTISMO DO MÊS DE JUNHO...



"O balão vai subindo/ vem caindo garoa/ o céu é tão lindo/e a noite tão boa/São João, São João/acenda a fogueira do meu coração (...)".   Assim começava o mês de junho, antigamente, é claro em nossa Itararé.   Quando maio termina, com suas noivas e anjinhos, os primeiros rojões estouravam ao longe.   Uma alegria diferente parecia tomar mais conta das pessoas.  Nos quintais ainda grandes, bem cuidados, surgiam as fogueiras e ao redor delas, famílias, amigos, vizinhos às vezes até quem parecesse, formavam uma grande roda, onde a prosa comia solta, comentar "causos ", daqueles que só se contava naquela época.   O importante: tudo com muito respeito.   Tá, de vez em quando alguém soltava uma piada mais forte e tudo terminava em riso. De repente apareciam os saquinhos com pipoca, os pratos com canjica, pé de moleque, a infalível batata doce, naturalmente precedida por algum comentário e, é claro o quentão bem dosado, tudo isso fazia parte do mês dos santos fogueteiros comemorados desde a Antiguidade, lá pelos idos de 1583, quando os brasileiros os adotaram.  O primeiro era, e é Santo Antônio, tido como casamenteiro.   Na véspera, as moças solteiras mesmo as que afirmavam não acreditar nessas coisas, colocavam papeizinhos contendo os nomes de possíveis pretendentes, cuidadosamente dobradinhos varias vezes, dentro de uma bacia com água deixada no sereno a noite toda e ansiosamente, aguardavam o dia seguinte.   Aquele papel que estivesse aberto conteria o nome do pretendente  que seria eleito.  É obvio, que nem sempre dava certo.  Mas, a vida seguia em frente, feita de muitas esperanças.  Afinal, Santo Antônio, tinha poder limitado e milagres no estilo nunca foram tão fáceis.   Em seguida era a vez de São João, talvez o mais celebrado a quem eram endereçados a maioria das fogueiras.  A crença, segundo se observava pelos relatos históricos, estariam na própria Bíblia, uma vez que Isabel, a mãe do santo, já grávida, aguardando sua chegada, havia combinado com Maria, que uma fogueira seria acessa, no alto de um morro, para avisa-la da hora do parto.   E assim foi feito.  O mês de junho prosseguia de forma romântica, até nas musicas: Veja-se, por exemplo a composição de José Fernandes e Luiz Gonzaga: "(...) foi numa noite igual a esta / que tu me deste o teu coração/ o céu estava em festa/ porque era noite de São João/ havia balões no ar/ xote e baião no salão/e no terreiro o teu olhar/ que incendiou meu coração(...)".   Nesse clima todo romântico, embalado pelo frio e pelos rojões de lágrimas que cortavam o céu, da nossa Sentinela da Fronteira, colorindo de forma diferente.    O mês de junho prosseguia.   Era uma época bem mais sutil, o que  mais  impedia  o surgimento de romances, alguém muitas vezes habilmente escondidos dos pais, então severos, implacáveis que viviam apregoando :"com a minha filha , não senhor".   E quantas vezes eles não  percebiam , mas, a maioria ficava mesmos era na inocentes troca de olhares, pois os vizinhos e conhecidos, faziam questão de exercer severa vigilância.   E os bailes caipiras, então?   Eram concorridos, com quadrilhas, muito bem organizadas, tanto pelo o ZÉ Medonho, como pelo Tépa.   Mas, a moçada, após terminada apresentação da quadrilha, curtiam mesmo as seleções dançantes, mais lentas.  Afinal era no meio do salão que as emoções mais fortes aconteciam.   O mês encerrava com tributo ao Patrono de Itararé, São Pedro, o dono da chave do céu, no dia 29.  Dia da grande quermesse de encerramento, com leilão de lenha, animais, na grande maioria prendas ofertadas pelos fieis.   O Ismael Vaz Cordeiro, era o locutor do serviço de alto-falante, instalado ao lado da igreja de São Pedro, além de fazer o chamamento para várias barracas com muita criatividade:  "Bim. Bam, Bum: Não é guerra e nem revolução e apenas as latas que caem ao chão". Na barraquinha das latas você comprava, por apenas 2 cruzeiros e remessa 3 bolas de pano, sobre as latas, espalhadas em prateleiras sobrepostas, quantas mais latas caiam o brinde era mais valioso E também para os que paqueravam e os apaixonadas faziam footing, na praça:
"Dedique uma musica para o seu amor!!, De você para você.  De para o seu amor.   A nossa discoteca estará sempre ao seu dispor".  E assim, mandavam  seus recadinhos amorosos e dedicavam musicas, com o intuito de começar um novo namoro.  Dia 29, era e é feriado, em Itararé o que acaba facilitando a festança de encerramento do romântico mês de Junho.  Surgiam os mastros  com imagem dos três santos em vários locais da cidade e eram referendados,  faziam partes das festas , quase obrigatória e eram saldados com rojões no inicio até no  final do mês,   Mas, sem duvida alguma, São João, era mesmo o grande astro.   Afinal a ele foram dedicadas quase todas as musicas, principalmente aquela que trouxe uma espécie de súplica feitas por todos os românticos e donos de coração apaixonados:
"(...)São João, São João, acenda a fogueira do meu coração(...)".
   
Frase de itarareense:"O espelho não mente: A beleza é passageira. A feiura é permanente": Arilton Vircelho Culturato (Burro Branco).