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Nascido na cidade de Palmital-SP, em 27 de fevereiro de 1907, ainda jovem trabalhava em um hotel na cidade de São Paulo, quando conheceu Teófilo Pimentel, que o trouxe para Itararé, como gerente de seu armazém e posto de gasolina. Seu padrinho politico foi Heitor Guimarães Cortes que o convidou a ser candidatar a vereador em 1933, sendo eleito e dando assim inicio a sua trajetória politica em Itararé. Sendo Presidente da Câmara, vice-prefeito e prefeito, por 3 mandatos: de 1948 a 1951, tendo apoiado seu sucessor Ângelo Augusto Ghizzi, que governou de 1952 a 1955 e retorna a concorrer como candidato para o cargo majoritário, nas eleições de 1955, elegendo-se prefeito e também concorreu para cargo proporcional, elegendo-se como 1º suplente, assumindo o cargo de Deputado Estadual, por seis meses de 01/01/1956 a 31/06/1956. Assumindo a prefeitura no seu 2º mandato em 06/07/1956 a 31/12/1959. Nas eleições de 1968, candidatou-se como vice -prefeito do Dr. Clayton Sguário, sendo eleitos para o mandato de 1969 a 1973, mas em 08/02/1971 a 31/01/73. Torna-se prefeito de Itararé no seu 3º mandato, após renuncia do Dr. Clayton Sguário.
Na 1ª Gestão, como prefeito, vendeu um sitio, para comprar uma moto-niveladora para a Prefeitura de Itararé, para abrir ruas e estradas na zona rural. Com seu salario, ajudava a "Caixa Escolar" (merenda e matérias didáticos) e também nos salários de professores, principalmente da zona rural. Pavimentou, as principais ruas de Itararé, rede de água e esgoto, construiu a Estação Tratamento Água,
construções de pontes na zona rural e urbana, cascalhamento das estradas, extensão de eletrificação urbana, iluminação publica, instalação telefônica, com uma central da prefeitura, construção de escolas e iniciou a construção de nosso Paço Municipal. Logo após a sua posse como deputado estadual; em uma visita do Presidente da Republica Nereu Ramos e do Ministro da Educação Clovis Salgado da Gama, em São Paulo, entrega o projeto para funcionamento da Escola de Comercio de Itararé, que foi autorizada através da Portaria nº128 do Ministério da Educação em 17/02/1956.
Negrão, foi um grande orador, algumas frases proferida em seus discursos: "A classe trabalhadora não pode ficar sem um líder"; "Nem que for em cima de um caixote eu jamais deixarei de defender nossa classe"; "O voto não se compra, se conquista com trabalho, dedicação e honestidade"; "Sou de uma família pobre, tenho a consciência como é duro para uma pai de família, quando um filho passa fome e quanto é triste uma criança pedir um doce e não temos dinheiro para comprar"; "Se nós formos vencedores vocês não terão um prefeito, mas um irmão"; "A coragem é a maior virtude que um politico pode ter"; "Não sou de ficar em cima do muro, quando um posicionamento é polemico". O corpo a corpo era sua principal estratégia para uma campanha eleitoral, só ele sabia como entrar em qualquer casa, seja de pobre ou de rico, era sempre bem recebido, tratava as pessoas pelo nome, possuía uma infinidade de compadres, ele sabia como beijar uma criança, quando fazia um arrastão em vilas ou bairros, sempre era cercado por crianças e o Luizinho, seu filho, o abastecia de balas e pirulitos para distribuir para a criançada. Lembro, em um destes arrastões, no bairro de Santa Cruz dos Lopes, uns dos principais reduto eleitoral, na zona rural dos graxains (nome dado a facção Negrãozista), ao adentrar no quintal de uma residência um cachorro veio ao seu encontro latindo, para surpresa dos presentes, ele simplesmente pegou-o e carregou, adentrando a casa, cumprimentando os moradores com a maior serenidade. Quando obtive uma oportunidade perguntei;- Seu Negrão, não ficou com receio que o cachorro te mordesse? -Não, cachorro que late não morde!!!
construções de pontes na zona rural e urbana, cascalhamento das estradas, extensão de eletrificação urbana, iluminação publica, instalação telefônica, com uma central da prefeitura, construção de escolas e iniciou a construção de nosso Paço Municipal. Logo após a sua posse como deputado estadual; em uma visita do Presidente da Republica Nereu Ramos e do Ministro da Educação Clovis Salgado da Gama, em São Paulo, entrega o projeto para funcionamento da Escola de Comercio de Itararé, que foi autorizada através da Portaria nº128 do Ministério da Educação em 17/02/1956.
Negrão, foi um grande orador, algumas frases proferida em seus discursos: "A classe trabalhadora não pode ficar sem um líder"; "Nem que for em cima de um caixote eu jamais deixarei de defender nossa classe"; "O voto não se compra, se conquista com trabalho, dedicação e honestidade"; "Sou de uma família pobre, tenho a consciência como é duro para uma pai de família, quando um filho passa fome e quanto é triste uma criança pedir um doce e não temos dinheiro para comprar"; "Se nós formos vencedores vocês não terão um prefeito, mas um irmão"; "A coragem é a maior virtude que um politico pode ter"; "Não sou de ficar em cima do muro, quando um posicionamento é polemico". O corpo a corpo era sua principal estratégia para uma campanha eleitoral, só ele sabia como entrar em qualquer casa, seja de pobre ou de rico, era sempre bem recebido, tratava as pessoas pelo nome, possuía uma infinidade de compadres, ele sabia como beijar uma criança, quando fazia um arrastão em vilas ou bairros, sempre era cercado por crianças e o Luizinho, seu filho, o abastecia de balas e pirulitos para distribuir para a criançada. Lembro, em um destes arrastões, no bairro de Santa Cruz dos Lopes, uns dos principais reduto eleitoral, na zona rural dos graxains (nome dado a facção Negrãozista), ao adentrar no quintal de uma residência um cachorro veio ao seu encontro latindo, para surpresa dos presentes, ele simplesmente pegou-o e carregou, adentrando a casa, cumprimentando os moradores com a maior serenidade. Quando obtive uma oportunidade perguntei;- Seu Negrão, não ficou com receio que o cachorro te mordesse? -Não, cachorro que late não morde!!!
Negrão sempre tinha uma palavra, para o pobre, para o rico, para os jovens, para as mulheres, para os idosos, para as pessoas da cidade e para as pessoas da roça. Carisma como o dele ainda está para aparecer em Itararé.
Francisco Alves Negrão era filho de Matilde Etelvina Negrão e Carlos Fernandes Negrão. Casou-se com Josephina Casagrande, com quem teve cinco filhos: José Carlos, Luiz Carlos, Marina, Edson Carlos e Dagmar. Por uma coincidência veio a falecer no dia de meu aniversario, 27 de setembro de 1.977, com 69 anos e 5 meses de idade., deixando os filhos e oito netos.
A praça da igreja São Pedro, passou a denominar-se Francisco Alves Negrão; Lei 1398 de 03/10/1977, promulgada pelo Prefeito Floriano Cortes; o busto de Francisco Alves Negrão foi entronizado na Praça. pelo Prefeito Benedito Nehir Carneiro. E uma homenagem, do Estado de São Paulo, denominando o seu nome a SP 258, rodovia que liga Capão Bonito a Itararé; projeto legislativo do Deputado Estadual Walter Mendes.
Um de seus perfil que sempre era proferida por Negrão: "um Prefeito
administrador, reconhece como o maior patrimônio: Seus Funcionários Públicos Municipais. Sempre EXERCITE A EMPATIA: criar empatia significa se colocar no lugar do outro para compreendê-lo melhor, além de identificar suas vontades, opiniões e motivações e, assim, moldar e adaptar os próprios comportamentos e atitudes. Ao "entrar" no sentimento do outro, você também exercita a compaixão e a generosidade. "Preste atenção nas dificuldades alheias. Perguntar ao colega de trabalho se o filho doente melhorou não custa nada a você, mas pode fazer o dia dele mais leve, considero os funcionários meus colegas de trabalho, sou empregado do povo como eles eu não sou prefeito, eu estou prefeito. Inovação, criatividade, produção, fazem parte de uma administração publica, mas, a gestão de pessoas é a mais importante de todas as ações; Quando você toma uma atitude generosa, as pessoas prestam mais atenção em você e quando realizam uma função, trabalham com dedicação e amor!!!".
Na foto acima: Francisco Alves Negrão, sendo carregado pelos seus correligionários, quando foi eleito Vice- Prefeito, nas eleições de 1968.
Antônio de Fazio.
Pedro Ribeiro Pinto, nascido 10 de outubro de 1905, no município de O Itararé, Estado de São Paulo, era filho de Augusto Pinto Ribeiro e de Pedrina Marçal Ribeiro. Formou-se farmacêutico na extinta Faculdade de Farmácia de Itapetininga, profissão essa que exerceu nas cidades de Riversul e Itararé, e na cidade de Salto do Itararé , no Estado do Paraná.
administrador, reconhece como o maior patrimônio: Seus Funcionários Públicos Municipais. Sempre EXERCITE A EMPATIA: criar empatia significa se colocar no lugar do outro para compreendê-lo melhor, além de identificar suas vontades, opiniões e motivações e, assim, moldar e adaptar os próprios comportamentos e atitudes. Ao "entrar" no sentimento do outro, você também exercita a compaixão e a generosidade. "Preste atenção nas dificuldades alheias. Perguntar ao colega de trabalho se o filho doente melhorou não custa nada a você, mas pode fazer o dia dele mais leve, considero os funcionários meus colegas de trabalho, sou empregado do povo como eles eu não sou prefeito, eu estou prefeito. Inovação, criatividade, produção, fazem parte de uma administração publica, mas, a gestão de pessoas é a mais importante de todas as ações; Quando você toma uma atitude generosa, as pessoas prestam mais atenção em você e quando realizam uma função, trabalham com dedicação e amor!!!".
Na foto acima: Francisco Alves Negrão, sendo carregado pelos seus correligionários, quando foi eleito Vice- Prefeito, nas eleições de 1968.
Antônio de Fazio.
Pedro Ribeiro Pinto, nascido 10 de outubro de 1905, no município de O Itararé, Estado de São Paulo, era filho de Augusto Pinto Ribeiro e de Pedrina Marçal Ribeiro. Formou-se farmacêutico na extinta Faculdade de Farmácia de Itapetininga, profissão essa que exerceu nas cidades de Riversul e Itararé, e na cidade de Salto do Itararé , no Estado do Paraná.
Foi por muitos anos professor no Colégio Comercial e no Instituto de Educação "Epaminondas Ferreira Lobo", onde lecionava Biologia, Ciências e outras matérias correlatas.
O músico: Pedro Pinto, bombardino, violões Turíbio Fiuza e Maestro José Melilo
O politico:
Como politico exerceu o o cargo de vereador nas cidades de Itararé e Riversul, por duas legislatura, tendo sido eleito Presidente da Câmara de Vereadores de Itararé.
Nas atividades culturais destacou-se o "Poeta de Itararé', pelos lindos sonetos publicados nos jornais locais: Tribuna de Itararé e o Guarani. Destacou-se como musico (tocava bombardino) e como pintor deixando várias telas com o seu desenho artístico. como prova de reconhecimento por esta participação no campo das artes, existe no Centro Cultural "João Benedito Martins Ramos", em Itararé, uma sala totalmente dedicada ao artista. Através de um Projeto Legislativo, de minha autoria , aprovado por unanimidade pelos nobres pares; dá denominação de "Pedro Ribeiro Pinto", em uma das ruas do Jardim "Alberto Bandoni".
"O Homenageado":
Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, prestou uma homenagem, denominando o Centro de Saúde, situado a Rua Frei Caneca 1.471, em Itararé (SP), de "Pedro Ribeiro Pinto" No final de sua justificativa, a autora da propositura Deputada Guiomar de Mello, proferiu o seguinte: "É com muita justiça que o nome dessa ilustre pessoa seja sempre lembrada por todos, pelo seu exemplo de vida, pelo seu esforço para ajudar a comunidade em todos os setores, até exercendo atividades esportivas. Por essa razão indicamos que o Centro de Saúde de Itararé, localizado à Rua Frei Caneca, 1471, passe a denominar-se Centro de Saúde "Pedro Ribeiro Pinto.
Sala das Sessões, em 1°/08/1989- Publicado no Jornal Diário Oficial do Estado em 03/08/1989. No art..2° do Projeto, diz explicitamente: "Esta lei entrara em vigor na data de sua publicação". Passados 24 anos da publicação do Projeto de Lei, não entendemos o porque, da não ostentação de seu nome ao Centro de Saúde de Itararé?
O farmacêutico:
O seu grande mérito junto ao povo itarareense foi sua dedicação à profissão de farmacêutico, quando, com bondosa atenção, atendia a todos aqueles que procuravam remédio para seus males.
E o seu maior valor foi junto a população simples e pobre, pois conhecedor de muitas doenças, muitas vezes doava os remédios, principalmente para as pessoa mais necessitadas . O ilustre cidadão deixa para o povo de Itararé, um grande exemplo de amor ao próximo, a a ponto de ser conhecido pela gente mais simples de nossa terra como o "Médico dos Pobres".
O poeta: MINHA TERRA
*Quem não se orgulha desta linda terra *Que a contemplamos. Que filho teu, torrão,
*Não sente ao peito, o seu porvir, que encerra *Essa pujança de sua redenção. *Já não mais dormes. Embora tarde, surges, *Sentindo a vida de esplendor, de luz! *Do teu passado, do marasmo, fulges, *No embalo heroico, minorando a cruz. *Tanto sofreste! Já sofreste tanto! * No seio um grito, um lamuriar, um pranto,*Sempre abafaste, não magoando os teus, *E agora imperas. És feliz...És forte!..*Ganhaste a vida, sobrepondo a morte; *Pela confiança que tiveste em Deus.
O professor: "O bom professor primeiramente tem que amar a sua profissão, se identificar com ela, pois assim é muito mais fácil trabalhar o ensino e a aprendizagem. Deve dominar o conteúdo da matéria, utilizar a didática ou metodologia que mais se adequa aos seus alunos, interagir com eles, manter-se sempre bem informado e atualizado, respeitar as diferenças de sua clientela, pois as diferenças individuais sempre existirão e isso conta no processo educativo. Não ser ditador e sim, um facilitador da aprendizagem, procurando desenvolver no aluno o senso crítico, a necessidade do "saber" e do "aprender", sempre mostrando que a sala de aula é o espaço da cidadania e, portanto, é uma troca de experiências, vivências e conhecimento entre professor e aluno".
Pedro Pinto Ribeiro, veio a falecer, em 3 de abril de 1981, com 75 anos de idade, deixou grande lacuna, sendo sentida sua morte por toda a população itarareense que o acompanhou em grande numero, até a sua ultima morada.
Pedro Pinto Ribeiro, era casado com Senhora Maria de Lourdes Ferreira Ribeiro, de tradicional família itarareense e deixou nove filhos; Juramir, Reinaldo, Lauri, Mariolanda, Marivalderes, João Augusto, Ana Aparecida, Antônio Roberto e Luiz Antônio.
Saudades estou sentindo. De todos as conversas e risadas jogadas ao vento. De tudo o que vivemos e passamos... Neste tão curto tempo... Mas o bastante, para mudar conceitos já pré-estabelecidos. E consolidar uma amizade... Dividimos, não só uma sala de aula e, no bate - papo descontraído na Lanchonete Topitó, mas, sim sorrisos, lágrimas e expectativas futuras... Quantas lições de vida... Mas valeu a experiência de termos compartilhado momentos que ficarão para a vida toda...
Obrigada pela sua amizade; Professor Pedro Pinto Ribeiro.
Para conseguir a amizade de uma pessoa digna é preciso tentar desenvolvermos em nós mesmos as qualidades que naquela admiramos.
Como politico exerceu o o cargo de vereador nas cidades de Itararé e Riversul, por duas legislatura, tendo sido eleito Presidente da Câmara de Vereadores de Itararé.
Nas atividades culturais destacou-se o "Poeta de Itararé', pelos lindos sonetos publicados nos jornais locais: Tribuna de Itararé e o Guarani. Destacou-se como musico (tocava bombardino) e como pintor deixando várias telas com o seu desenho artístico. como prova de reconhecimento por esta participação no campo das artes, existe no Centro Cultural "João Benedito Martins Ramos", em Itararé, uma sala totalmente dedicada ao artista. Através de um Projeto Legislativo, de minha autoria , aprovado por unanimidade pelos nobres pares; dá denominação de "Pedro Ribeiro Pinto", em uma das ruas do Jardim "Alberto Bandoni".
"O Homenageado":
Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, prestou uma homenagem, denominando o Centro de Saúde, situado a Rua Frei Caneca 1.471, em Itararé (SP), de "Pedro Ribeiro Pinto" No final de sua justificativa, a autora da propositura Deputada Guiomar de Mello, proferiu o seguinte: "É com muita justiça que o nome dessa ilustre pessoa seja sempre lembrada por todos, pelo seu exemplo de vida, pelo seu esforço para ajudar a comunidade em todos os setores, até exercendo atividades esportivas. Por essa razão indicamos que o Centro de Saúde de Itararé, localizado à Rua Frei Caneca, 1471, passe a denominar-se Centro de Saúde "Pedro Ribeiro Pinto.
Sala das Sessões, em 1°/08/1989- Publicado no Jornal Diário Oficial do Estado em 03/08/1989. No art..2° do Projeto, diz explicitamente: "Esta lei entrara em vigor na data de sua publicação". Passados 24 anos da publicação do Projeto de Lei, não entendemos o porque, da não ostentação de seu nome ao Centro de Saúde de Itararé?
O farmacêutico:
O seu grande mérito junto ao povo itarareense foi sua dedicação à profissão de farmacêutico, quando, com bondosa atenção, atendia a todos aqueles que procuravam remédio para seus males.
E o seu maior valor foi junto a população simples e pobre, pois conhecedor de muitas doenças, muitas vezes doava os remédios, principalmente para as pessoa mais necessitadas . O ilustre cidadão deixa para o povo de Itararé, um grande exemplo de amor ao próximo, a a ponto de ser conhecido pela gente mais simples de nossa terra como o "Médico dos Pobres".
O poeta: MINHA TERRA
*Quem não se orgulha desta linda terra *Que a contemplamos. Que filho teu, torrão,
*Não sente ao peito, o seu porvir, que encerra *Essa pujança de sua redenção. *Já não mais dormes. Embora tarde, surges, *Sentindo a vida de esplendor, de luz! *Do teu passado, do marasmo, fulges, *No embalo heroico, minorando a cruz. *Tanto sofreste! Já sofreste tanto! * No seio um grito, um lamuriar, um pranto,*Sempre abafaste, não magoando os teus, *E agora imperas. És feliz...És forte!..*Ganhaste a vida, sobrepondo a morte; *Pela confiança que tiveste em Deus.
O professor: "O bom professor primeiramente tem que amar a sua profissão, se identificar com ela, pois assim é muito mais fácil trabalhar o ensino e a aprendizagem. Deve dominar o conteúdo da matéria, utilizar a didática ou metodologia que mais se adequa aos seus alunos, interagir com eles, manter-se sempre bem informado e atualizado, respeitar as diferenças de sua clientela, pois as diferenças individuais sempre existirão e isso conta no processo educativo. Não ser ditador e sim, um facilitador da aprendizagem, procurando desenvolver no aluno o senso crítico, a necessidade do "saber" e do "aprender", sempre mostrando que a sala de aula é o espaço da cidadania e, portanto, é uma troca de experiências, vivências e conhecimento entre professor e aluno".
Pedro Pinto Ribeiro, veio a falecer, em 3 de abril de 1981, com 75 anos de idade, deixou grande lacuna, sendo sentida sua morte por toda a população itarareense que o acompanhou em grande numero, até a sua ultima morada.
Pedro Pinto Ribeiro, era casado com Senhora Maria de Lourdes Ferreira Ribeiro, de tradicional família itarareense e deixou nove filhos; Juramir, Reinaldo, Lauri, Mariolanda, Marivalderes, João Augusto, Ana Aparecida, Antônio Roberto e Luiz Antônio.
Saudades estou sentindo. De todos as conversas e risadas jogadas ao vento. De tudo o que vivemos e passamos... Neste tão curto tempo... Mas o bastante, para mudar conceitos já pré-estabelecidos. E consolidar uma amizade... Dividimos, não só uma sala de aula e, no bate - papo descontraído na Lanchonete Topitó, mas, sim sorrisos, lágrimas e expectativas futuras... Quantas lições de vida... Mas valeu a experiência de termos compartilhado momentos que ficarão para a vida toda...
Obrigada pela sua amizade; Professor Pedro Pinto Ribeiro.
Para conseguir a amizade de uma pessoa digna é preciso tentar desenvolvermos em nós mesmos as qualidades que naquela admiramos.
Antônio Fazio
Manoel Antunes Martins, o Manoelito, o Lito, nasceu no dia 4 de fevereiro de 1915, em Itararé, SP, na Rua das Tropas, (Rua São Pedro), filho de Herondina Martins e Sólon Ferreira Martins. Sito a Rua das Tropas, em homenagem ao seu avô materno, grande tropeiro Pacifico de Oliveira Antunes, comprava e tangia tropas de muares do Rio Grande do Sul, as feiras de Sorocaba. Também um perfil marcante na vida de Manoelito, por seu amor aos animais e pela vida rude e honrada de seu avô, desde sua adolescência sonhava em possuir um sitio, ao longo de sua vida possuiu vários. Sendo o filho primogênito Lito, teve seis irmãos; Mário, Rui, José, Lúcia. Iani e Inã. Aos oito anos, Lito, ajudava seu pai, que na época, comprava e vendia porcos, Quando seu pai deixou essa atividade e abriu uma barbearia na Rua XV de Novembro, Lito tornou-se engraxate, atendendo os clientes, mas não se restringiu à função de engraxate, comprava graxas, tintas escovas e revendia aos engraxates da cidade, sendo esse seu primeiro negocio e também mais um prenúncio de seu perfil como empreendedor. Dona Herondina era uma exímia doceira, famosa pelos bom-bocado, na Confeitaria Esperança, localizada na rua XV de Novembro, ele ajudava a sua mãe a preparar e vender os doces e sorvetes. Nasceu então a lendária avidez por doces. mas uma das característica marcante da personalidade de Lito. Seus primeiros estudos foram no Grupo Escolar Tomé Teixeira, e ele deixou registrado, com grande orgulho que seu pai Sólon. o levou pela mão no primeiro dia de aula. Nos anos que frequentou o Grupo, a família morava numa chácara, a função do primogênito Lito, era cuidar das vacas e bezerros e entregar o leite produzido a domicilio, montado em seu cavalo, e sempre que podia fazia grande caminhada, curtia essa sua paixão. Segundo suas memorias, a professora Adelaide Barco, foi a que mais marcou seus anos de escola , sendo muito importante para sua formação. Em Itararé , a escola somente completava o curso primário. Por esse motivo, aos 13 anos, Lito foi para Itapetininga, morar na casa de seu tio João Gavião. Para entrar na Escola de Comercio havia uma prova . Lito, então, ficou durante vinte dias fazendo cursos num externato e pela primeira vez entrou em contato com a língua francesa. Eram 42 vagas e Lito conquistou o sétimo lugar e a garantia de continuidade dos estudos. Nessa época sua mãe Herondina , estava doente, e diante dos poucos recursos de Itararé, a família mudou-se para Itapetininga. Na Revolução Constitucionalista de 32, a família de volta e morando em Itararé, Lito, contava que certo domingo, estava na missa quando começou um tiroteio: "Em Fartura tinha um quartel das tropas paulista, que responderam ao fogo. Todos foram para casa e o pai ordenou que pegássemos o que era possível levar e partíssemos para a fazenda do doutor Pedro Alencar, fugindo das tropas, o receio de meu pai, era que me convocassem. pois as tropas estavam recrutando todos os rapazes da minha idade para defender a cidade. Os garotos paulistas nunca tinham usado uma arma muitos morreram por inexperiência". O caminho até a fazenda do dr. Pedro de Alencar, foi trilhado a pé e Lito carregou o irmão caçula, José Martins, que na época tinha dois anos, nas costas. Lito, continua seu relato: " A caminhada foi cercada por muito sustos, pois o tiroteio dos dois lados não paravam e as balas passavam muito perto. Num determinado ponto da caminhada encontramos o caminhão do Natálio Pimentel, que permitiu a subida de mulheres e crianças , pois não cabia mais gente. Chegamos a fazenda e lá ficamos abrigados, os paulistas recuaram e foram para Buri, na região do rio das Almas". A família voltou para Itararé, porém Lito, foi para Itapetininga, agora como hospede da vó Jesus e do vô Pacifico, nessa época trabalhou em loja, armazém e até na Estrada de Ferro Sorocabana, como aprendiz, de telegrafista mas a função não era remunerada, portanto trabalhava no que aparecesse para se sustentar. Durante três anos, estudou na Escola de Comercio, tendo sido sempre o primeiro aluno da escola. Após concluir seus estudos em Itapetininga, voltou para Itararé, seu primeiro emprego, foi nas Casas Pernambucanas, como auxiliar de escrita. Como guarda-livros, trabalhou em uma Algodoeira, organizava toda a papelada, controlava a entradas e saídas, em um livro rascunho, a documentação era encaminhada para o escritório contábil em Itapeva, que cuidava da escrita fiscal, na safra seguinte, foi contratado pela Algodoeira Paulista , em Itapeva, após três anos, a Algodoeira faliu e volta para Itararé, depois conseguiu emprego com João Ayres, dono de uma maquina de algodão. Seu trabalho era gerenciar o armazém da fazenda, contabilizar a colheita e pagar funcionários. Foi funcionário concursado da Caixa Econômica Federal por sete anos, em Itararé, enquanto trabalhava na Caixa Económica, iniciou seu escritório, com boas perspectiva do escritório, pediu demissão da Caixa Económica, cheio de sonhos , alguns anos depois, comprou também uma fabrica de refrigerantes, acabou vendendo-a, porque nessa época em Itararé havia um negocio bastante promissor, o redespacho de madeira. O escritório sequia bem , mas quando apareceu a oportunidade de comprar uma serraria, Manoelito, não contrariou o seu tino empreendedor, vendeu o escritório para o seu primo Ênio Carvalho Martins e passou a tocar a serraria, os irmãos Mario e Rui, trabalhavam juntos e alugaram um terreno do Carlito Menck, próximo a linha férrea, antigo campo de futebol do Clube Atlético Fronteira, foi nessa época que construiu o sobradinho da rua Cel. Crescêncio, Ainda em sociedade com seus irmãos, comprou a serraria do Augusto Prado, que localizava onde hoje é Avenida Kennedy, fundaram a firma Madeira Martins Ltda. Volta ao seu trabalho de guarda-livros e fundando em 1966, com os filhos Sólon e Gijo, o Escritório Contábil Martins, até a presente data é dirigido pelo seu filho Gijo. Em 1947, após o Estado Novo, houve a primeira eleição em Itararé e Manoelito, candidatou-se a vereador pela União Democrática Nacional (UDN), obtendo êxito, juntamente com o candidato a prefeito que apoiou Francisco Alves Negrão. No dia 3 de janeiro de 1948, instalou-se a primeira sessão ordinária da Câmara de Itararé, com a presença de todos os vereadores eleitos, tendo sido criada as comissões permanentes e uma especial, para criar o Regimento Interno, que não existia, nem nada que regulasse o Poder Legislativo. Nessa legislatura, foram instalados as primeiras linhas telefônicas, como a prefeitura não tinha recursos para esse projeto , o prefeito Negrão, solicitou a Câmara de Vereadores, a formação de uma comissão para tratar desse assunto. Fizeram parte dessa comissão os vereadores Ângelo Augusto Ghizzi, João Batista Rolim e Manoel Antunes Martins. O Manoelito cuidava dos estudos de viabilidade financeira enquanto o Ângelo Ghizzi, cuidava da parte técnica. A comissão esteve em várias cidades do estado, cujas as despesas eram pagas por cada um de seus membros. A guisa de esclarecimento, os vereadores da época não tinham remuneração, exerciam o cargo por amor à comunidade. De 12/09/1950 a 12/10/1950, Manoel Antunes Martins, era Vice-Presidente da Câmara e assume a Prefeitura devido ao Presidente da Câmara Heitor Guimarães Cortes, estar doente. No segundo Mandato (1952/1955), Manoelito, assume como suplente, na vaga do vereador Hugo Pinheiro. Para esse quadriênio, foi eleito ao cargo majoritário, Ângelo Augusto Ghizzi. Nessa legislatura . Lito elaborou a lei que criou a Escola do Comércio de Itararé, que foi autorizada a funcionar pela Portaria nº 128 de 17/02/1956, do Ministério da Educação e Cultura. Na eleição de 1956, Prefeito Francisco Alves Negrão, Vice-Prefeito Manoel Antunes Martins, foram eleitos com expressiva votação. Como Negrão, também havia disputado uma cadeira na Assembleia Legislativa do Estado, onde ficou como suplente, tendo assumido durante seis meses o cargo de deputado, Manoelito teve a segunda chance de assumir a Prefeitura de Itararé, de 05/01/1956 a 02/07/1956. Foi um dos fundadores do MDB. hoje PMDB, procurou servir e não ser servido, saiu da politica bem mais pobre do que entrou . Era referenciado pela sua conduta democrática e fidelidade partidária e amigo de alguns ícones da politica paulista, como Fernando Henrique Cardoso, Franco Montoro, Orestes Quércia e Ulysses Guimarães As realizações de que Manoelito, participou direta ou indiretamente: 1950: Aeroclube de Itararé, telefonia urbana, ginásio estadual. 1953: Aeroporto, calçamento da cidade, construção do Paço Municipal. 1954: Ligação da telefonia urbana, Grupo Escolar Maria da Silveira Vasconcellos. 1962: Mercado Municipal. Quando jovem sua vida resumia em estudar, pois o jovem Lito, não tinha dinheiro para frequentar bailes e festas. De suas lembranças, contadas aos filhos e netos sua primeira grande paixão, foi seu cavalo, que ganhou de um tio- mas ele acabou sendo vendido por seu pai para pagar as contas. Outra coisa que contava com orgulho e ter passado para cursar o Grupo Escolar, segundo ele era muito difícil entrar, mas passou entre os primeiros. Teve algumas namoradas em Itapeva e Itapetininga, nada muito sério. A coisa pegou quando ele conheceu Mergelina Bandoni, cinco anos mais nova. nasceu no dia 08/07/1919, uma italianinha bonita loira de olhos verdes, que deixou Lito nocauteado de paixão. Ela era filha de Maria, e as moças que faziam parte dessa congregação eram proibidas de passar até de passar em frente dos clubes (quanto mais dançar), pois o Pe. José Pires de Almeida (02/02/1933-23/01/1940) , era muito rigoroso e bravo. Mas quando terminava a missa elas davam algumas voltas na praça e foi ai que Lito, conheceu a Merge. Ele dizia:" A gente conversava, mas não podia nem pegar na mão". Tempos ingênuos, quando o amor surgia de um olhar ou de um sorriso e durava a vida toda, muitas vezes além vida. Em fim no dia 15 de junho de 1939, casou-se com Merge. Tiveram dez filhos: Maria Ester, Lúcia, Sólon, Luiz Gonzaga (Gijo), Ênio, Graça, Rui, Lourdes. Carlos e Herondina. Lito, assistiu , ao lado de Merge ao nascimentos de todos e adorava falar que tinha feito o parto dos filhos Carlos e Herondina. Apesar do compromisso de sustentar e proteger seus irmãos e mãe, após a morte de seu pai Sólon e posteriormente, a esposa e os filhos, ele não deixava de participar das atividades em prol Itararé. Gijo descreve-o : " Meu pai, um herói, na politica seus adversários sempre o elogiavam, foi um homem integro, trabalhador, desejava sempre o bem de todos indistintamente, pois era possuidor de um grande coração, sempre otimista nunca desanimava. O senhor Floriano Cortes, profetizou-me: "Gijo se você for cinquenta por cento que foi seu pai, você será um grande homem". Estou tentando, com 67 anos. chegar lá". Manoelito, veio a falecer no dia 28 de novembro de 1997, com 82 anos, deixando sua esposa após 58 anos de convivência com respeito e muito amor (falecida em 21/07/2012, com 93 anos de idade), filhos, netos e bisnetos. Seu corpo foi velado na Câmara Municipal de Itararé, no plenário Vereadora Eugênia Veiga. Foi homenageado postumamente, pelo prefeito Floriano Cortes, com a colocação de seu nome no viaduto no final da rua 13 de Maio, que passou a se chamar Viaduto Manoelito Martins. Sua neta Adriana, achou o substantivo que melhor adjetivaria Manoelito: Um Patriarca. Tinha uma psicologia no trato de educar seus filhos, sito o exemplo de sua filha Herondina que tirou 1,98, na prova de inglês, sendo professora sua tia Orminda, esposa do seu irmão José Martins, que logo foi falar do desempenho da Dina. para o Lito, e a Dina escutou a resposta do pai: " Pode deixar que na próxima ela recupera". E simplesmente não disse mais nada a Dina, ela sentiu na obrigação de estudar a finco, pois seu pai, confiou em sua recuperação, na próxima prova tirou, a nota 9,98. Nas Bodas de Ouro do casal Merge e Lito, em 1989, em um almoço onde estava presente toda a família, no Clube Banespinha, receberam uma homenagem, de seu irmão Dr. José Antunes Martins, que proferiu e finalizou em uma linda mensagem: "O casal genuflexo certamente medita sobre a grandeza do momento. Da longa caminhada cumpre uma indagação: Seria a felicidade de agora menor de 50 anos atrás, quando no mesmo lugar recebiam as bênçãos nupciais? Teria sido a esperança de um futuro aleatório e incerto daquele dia mais gratificante que a concreta paisagem maravilhosa do mesmo futuro que hoje é passado? Cumpre ponderar que só mesmo os heróis e os santos estão libertos para olhar o passado sem laivos de remorsos ou arrependimento. Realmente o dia do Lito e da Merge é hoje , apenas começou a cinquenta anos. Em seu misto de santos e de heróis eles podem olhar tranquilos para o passado. DEUS OS ABENÇOE". E seguindo o exemplo do Lito, em reunir a família com festividade, com alegria, com amor e com aquele sorriso receptivo que lhe era peculiar. A família Martins, descendentes do Lito e Merge, reuniram-se em uma confraternização no Sitio Martins no Bairro do Cerrado, propriedade de seu filho Gijo. Coincidentemente o Porta Retrato de Manoel Antunes Martins, editado pela Folha do Vale, circulou no mesmo dia: 15 de novembro de 2013.
Antônio de Fazio
Manoel Luciano de Mello,"Dr Néquinha", como era conhecido por todos. Natural de Santa Rita de Cássia (MG), nascido em 14 de janeiro de 1908, filho de José Luciano Vieira e Victalina Carolina de Mello, com familiares foi residir primeiramente em Santa Adélia, onde veio a falecer sua mãe. Aos 14 anos já iniciara sua longa jornada de trabalho, posteriormente mudaram para a cidade de Batatais, na região, onde foi seminarista, tendo de interromper sua sequência por motivo de saúde, chegando até ser urgido, em razão de um a forte pneumonia. Mas foi na bela e progressista cidade de Barretos, onde iniciou sua carreira de
contador inicialmente trabalhando como escriturário em um Curtume de Coros e para o Banco Frances-Italiano, durante muitos anos, carreira essa que abraçou com muito carinho e sucesso, só saindo de lá para residir na nossa querida Itararé, que o recebeu de "braços aberto", e que a escolheu por adoção. Nela chegou em 14 de janeiro 1932. trabalhando nas lojas Riachuelo, uma das principais casas comerciais do pais.
Aqui eram tempos de aproximação da Revolução Constitucionalista da qual Itararé, por sua situação politica e geográfica de fronteira, estava fadada à praça de guerra.contador inicialmente trabalhando como escriturário em um Curtume de Coros e para o Banco Frances-Italiano, durante muitos anos, carreira essa que abraçou com muito carinho e sucesso, só saindo de lá para residir na nossa querida Itararé, que o recebeu de "braços aberto", e que a escolheu por adoção. Nela chegou em 14 de janeiro 1932. trabalhando nas lojas Riachuelo, uma das principais casas comerciais do pais.
Em 9 de julho de 1932, a noticia de que as tropas federais estavam na fronteira e a paulista na cidade, correu pelos salões do teatro São Pedro, no baile das Orquídeas.
Com um pequeno grupo de cidadãos, Manoel Luciano se apresentou ao D.P., como voluntário para prestar serviços mas o recuo das tropas paulista deslocou para Buri o combate. Dali pra frente desenvolveu varias atividades em Itararé nos anos que aqui viveu Nesta mesma época conheceu Maria de Jesus Lobo Luciano, filha Maria Cândida Carolina Camargo e João Paulo Ferreira Lobo, , com quem casou em 15 de fevereiro de 1936, onde veio a constituir uma numerosa família com 10 filhos, Maria de Lourdes Luciano Nonvieri, saudoso Antônio José Luciano de Mello, Maria Tereza Luciano de Mello, Manoel Luiz Luciano Vieira, o Crisse, Maria da Penha Luciano Merege, Pedro Luciano Vieira, Paulo Santana Luciano, Maria de Guadalupe Luciano, Maria Aparecida Luciano de Fazio e Conceição Aparecida Lobo, advogados, contadores, professores e jornalistas que compunham seu currículo profissional. Dr. Néquinha, era contador, advogado, Jornalista pela Associação Paulista de Imprensa, atuante na imprensa local, foi redator chefe do "O Itararé", desde sua chegada até a data de fechamento do jornal.
Apologista, voltado ao debate, à polêmica, travou varias batalhas jornalísticas pela defesa de seus ideais. Exerceu ainda a oratória tendo proferido mais de mil discursos em solenidades, na política e nos eventos informais durante longo tempo. Esteve presente ao nascimento e organização da maioria das instituições de seu tempo. Clubes, Instituições de Caridade, formação de partidos políticos, diretórios, campanhas eleitorais, constituição e ou fechamento de firmas comerciais, grandes empresas, loteamentos, etc... quer como consultor, contador, perito, organizador, redator de textos, membro de diretórios, conselhos, cabo eleitoral, candidato, jornalista e orador, assessor jurídico da Prefeitura de Itararé, no governo Floriano Cortes e também, da Associação Atlética Itararé por 25 anos, membro da igreja por longos anos, católico, devoto fervoroso de Nossa Senhora Aparecida, sua mãe e protetora.
Fundou em nossa cidade o "Escritório Contábil Legal", primeiro escritório modelo de nosso estado, com método próprios na leitura de Balanços Patrimoniais, posteriormente reconhecido e adotados pelo fisco federal, recebendo no ano de 2001 do Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo, o diploma de Honra ao Mérito, por relevantes e bons serviços profissionais prestados á Profissão Contábil e a sociedade, formou já com idade, servindo de exemplo de humildade e sabedoria. para muitos, que resolveram também voltar a frequentar os bancos da escola, juntamente com Dr. Basílio de Arruda Mello. seu genro. que o incentivou a prestar vestibular de Direito em Bragança Paulista, fazendo-o com sucesso, posteriormente concluiu o curso em Itapetinga, na Faculdade Karnic Bazarian, onde dada a eloqüência e elegância do seu falar foi escolhido por todos os companheiro e alunos, como Orador da turma, na Cerimonia de Diplomação. Em meio aos Almadas e Hungrias, no exame oral da Ordem dos Advogados de São Paulo, defendeu a tese das "Vinte Milhas Marítimas", uma questão territorial de divisas de água entre o Brasil e o "Estados Unidos", tirando nota máxima, sendo cumprimentado por todos os Desembargadores que compunham a Bancada.
Tinha dois hobby; ginastica e dança. Possuía uma academia em sua casa, antes de começar seu trabalho, lá estava ele na barra, nas argolas ou fazendo abdominais. Dizia: " O exercício físico para mim é uma necessidade, pois meu trabalho, na maior parte do tempo é sentado em frente de uma maquina de somar ou escrever". Um exímio dançarino de tango, e diga-se dos bons. Fui colega do Dr. Néquinha; no 1, ano de direito na FKB e viajamos de Itararé a Itapetinga de carro, dentre outros o Dr. Névio Samuel Bardal (de saudosa memória), que o indagou, pelo seu fascínio por dançar tango: - " Sou também uma exceção, como o maior cantor de tango Carlos Gardel, ele era francês e não argentino. E por incrível que pareça, o primeiro tango gravado na história, não foi na Argentina e sim no Brasil, na Casa Elétrica, em Porto Alegre no ano de 1914, "El Chamuyo", gravado por Francisco Canaro". Quando a Orquestra Fronteira, tocava um tango era aquele show. O salão era de Manoel Luciano e da sua filha Maria de Lourdes.
Humanitário, sempre servindo as pessoas, sempre estendendo as mãos aqueles que dele precisavam, de verdade, não importando sua classes sociais ou econômicas, recebeu ainda em 1999, na gestão do Prefeito Floriano Cortes, o Diploma de Honra ao Mérito, pelos seus serviços e dedicação prestado à sociedade itarareense .
Mas sobretudo, era um homem de raro equilíbrio. Um “gentleman”, de trato gentil e elegante, desprendido, provido de uma grande compreensão da vida e do ser humano.
Sua companheira e querida esposa com quem conviveu por 53 anos, Maria de Jesus, faleceu em Itararé, no dia 24 de fevereiro de 1985 e Dr. Néquinha, veio a falecer em 24 de novembro de 2006, aos 98 anos, deixando 9 filhos, 13 netos e 3 bisnetos.
Interessante que no dia de seu enterro, também, o sol e a chuva, aos mesmo tempo, lhe fizeram companhia , até a sua ultima e derradeira morada, como o que representar a natureza, um exemplo de vida que jamais será esquecido não importa a distância do tempo, o homem parte mas o pensamento fica, a saudade mais ainda.
...Um casal, que deixou um legado de amor, bondade e vida, não falece, tal qual não morre a bondade!! Pois saudade não envelhece: Eterniza-se.
Antônio de Fazio
BENEDITO NEHYRCARNEIRO, nasceu em 08/06/1930, na cidade de Sengés (PR), filho de Manoel Carneiro e de Mathilde de Almeida. Seu pai Manoel Carneiro, viera da Espanha em 1904, veio para o interior paulista atrás de emprego na construção da estrada de Ferro, casou-se com Mathilde de Almeida, tendo um único filho Benedito Nehir Carneiro. Aos 15 anos de idade em 1945, Nehyr Carneiro perdeu seu pai, num acidente trágico nos trilhos da Rede Ferroviária, em Itararé. Arrimo de família, Nehyr Carneiro começou a trabalhar desde cedo, sendo levado por ferroviários para trabalhar no aterro da construção da Estrada de Ferro, admitido como trabalhador contratado da Via Permanente na turma da esplanada de Itararé. Em Fevereiro de 1946 solicitou demissão, pleiteando vaga como Praticante de Telegrafia Em Novembro de 1947 foi Admitido na Rede de Aviação Paraná Santa Catarina, como Praticante de Telegrafia, sendo designado para servir no posto telegráfico na Estação Engenheiro Schamber, Distrito de Jaguariaíva. Em 1947 alistou-se no Tiro de Guerra em Itararé, tendo sido incorporado em 1949, após prova de quitação serviço militar foi elevado a classe de Telegrafista em 1951. Em 28/12/1954, contraiu núpcias com Dulce de Paula, filha de Luiz Paula e Elza Hadler Contipelli, seu sogro Luiz também era ferroviário. Desta união Nehyr e Dulce tiveram os filhos Manoel, André, Lucia (in memoriam) Luciana e Andréia. Ocupou o cargo de Agente de Estação até a sua aposentadoria em 1974. Em 1958, os ferroviários de Itararé (Rede Ferroviária Paraná Santa Catarina e Ferrovia Paulista (FEPASA), decidem lançar um candidato representante dos ferroviários, sendo Nehyr Carneiro escolhido para representa-los. Foi quando inicio sua carreira política, Mesmo sem estudos, pois cursou somente o ensino primário, dedicou-se a leitura diversas, e sempre dizia que a faculdade os ensinamentos que possuía era advinda da labuta diária e da militância política. Tinha como frases preferidas de notáveis políticos nacionais e internacionais entre eles Abraão Lincoln, Presidente Kennedy, Luther King e principalmente de Rui Barbosa, em especial as quais inclusive tinha na parede de seu escritório em sua residência : "Política e politicalha não se confundem, não se parecem, não se relacionam com a outra.antes se negam, se repulsam mutuamente. a política é a higiene dos países moralmente sadios. A politicalha, a malária dos povos de moralidade estragada". "De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto". Nehir, candidatou-se a vereador nas eleições de 1959, iniciou sua vida publica, como 1º suplente de vereador da Câmara em 1960, na época o Regimento Interno de nossa Câmara, estabelecia que na falta de um edil, em sessão ordinária, o suplente presente, assumiria, sem vinculo partidário, obedecendo a ordem cronológica de votação. Nehir, como 1º suplemente, sempre presente as sessões,assumia com constância a vagância de um titular, com isso foi adquirindo experiência na politica. Um grande orador, embasava, em seus pronunciamentos na Tribuna da Câmara, com respeito aos seus adversários políticos e com esmera responsabilidade na fiscalização dos atos administrativos. Com esse perfil, não só a classe dos ferroviários o apoiaram, como vários segmentos de nossa sociedade. Foi eleito vereador para os mandatos de 1964/1969 - 1970/1973 1997/2000 - 2001/2004. Como Presidente da Câmara: 01/02/1975 a 01/01/1977 - 01/01/1977 a 31/12/1998 - 01/01/1998 a 31/12/2000. Foi eleito Prefeito de Itararé, nas eleições 1982. para a Gestão de 83/88. pelo MDB, tendo integral apoio dos Governos de Franco Montoro e Orestes Quércia, como se diz no meio politico; "as portas estão abertas". Sempre ao seu lado e o apoiando, sua esposa Dulce de Paula Carneiro, que participou de seu governo como Presidente do Fundo Social de Solidariedade e Primeira Dama de Itararé, sendo cognominada pelas pessoas :"Mãe dos Pobres", como reconhecimento pelos trabalhos efetuados aos mais necessitados de nossa comunidade. Foi uma incentivadora na criação e coordenadora da famosa "Feira das Nações", que era realizada na Praça Cel. Jordão, por várias Entidades Filantrópicas, com barracas, representadas por vários paises, servindo comida típicas , pelos descendentes de emigrantes erradicados em Itararé. Até os dias atuais a população itarareense reivindica o retorno da Feira das Nações. O vereador Willer Costa Mendes, através de um projeto legislativo, prestou uma merecida homenagem indicando o nome da Creche da Vila Santa Terezinha de Dulce de Paula Carneiro. A indicação do edil Willer, foi referendado pelos seus nobres pares com a unanimidade dos votos. Nehir, como um prefeito democrata,elaborou uma Prestação de Conta a população. Relacionando suas principais realizações: Setor Urbano - Construção Rodoviária - Canalização de Córregos Prata e Tatit -Busto do Ex - Prefeito Francisco Alves Negrão, na Praça que ostenta seu nome, a popular "Praça São Pedro", construindo também os sanitários - Praça Siqueira Campos em frente a Escola do Comercio - Creche Vila Osorio -Creche Vila Beca-Construção Armazém Comunitário Vila São João Iluminação Publica Conjunto Codespaulo, Jadim Alvorada, Fronteira e Rejane e outros diverso pontos escuros Rede de Água e Esgoto na Santa Terezinha e São João, parte baixa da Vila Beca, Jardim Rejane, Jd. Regina, Jd. Diva, rua Mj. Queiroz, Av. João Batista veiga, Bairro do Cruzeiro e outros -Torre Metálica sistema Tv- Extinção lixão Barreira-Aquisição Garagem Municipal junto a FEPASA Criação da APRI-Instalação Própria da CODEIT-Galerias pluviais Major Queiroz, João Batista Veiga, Tiradentes, Av. Joaquim Dias Tatit e outras - Estação de Tratamento de Água (três Barras) Criou 5 postos de Saúde na Zona Rural (Santa Cruz dos Lopes, Sta. Bárbara, Cerrado, Pedra Branca e Bom Sucesso)-Prédio e terreno para instalção da Biblioteca e Centro Cultural Construção Centro Cultura Silvio Machado-Construção 1ª Escola Novo Horizonte - Aquisição de equipamentos para a Padaria Municipal -Apoio ao esporte inclusive para participação jogos abertos Criou o Carnaval de Rua, daando apoio as Escola de Samba-Criação das Feiras das Nações Criou Fundo Social de Solidariedade-Criou a Farmácia Popular -Criou Oficina para Aprendiz Menores-Transporte de Paciente e internações Dispensou total assistência administrativa a Zona Rural, É RECONHECIDAMENTE NO MEIO RURAL ATÉ NOS DIAS DE HOJE COMO UM DOS MAIS ATUANTE PREFEITOS, elevou os bairros de Santa Cruz dos Lopes, Pedra Branca e Bomsucesso (hoje município) para Distrito-Construiu inúmeras Pontes de concreto e metálica e instalçaõa de tubos corrugados - Manutenção das Estradas Rurais, com alargamento e cascalhamento-Construção de pequenos açudes e serviços diversos de terraplanagem em propriedades rurais - Campos de Futebol com vestiários em diversos Bairros - Construção de Poços Artesianos -Iluminação no Bairro do Cerrado-Telefonia na Zona Rural -Transporte de Alunos.
Administração, Nehir Carneiro, foi a pioneira em dar apoio aos artesões de Itararé, com a participação da Superintendência dos Trabalhos Artesanais (SUTACO), vinculada a Secretaria de Estado das Relações de Trabalho . Propiciando aos artesões itarareenses, exposição de suas obras. no Espaço Cultural, na Secretaria de Estado de Esporte e Turismo e nas Estações do Metro, em São Paulo. Em uma dessas exposição com a presença do então, Ministro do Trabalho Almir Pazzianoto Pinto. O artesão e escultor itarareense, Albertino Santana (Choco), vendeu ao ministro, a escultura," Galo Terra". As panelas, jarras. moringas, vasos, potes e utensílios domestico, com a técnica rudimentar do rolete em barros e "queimadas", em forno de barranco, eram levados de caminhão da Prefeitura Itararé até São Paulo, sem nenhum custo aos artesões. As peças eram oriundas do Bairro da Serrinha, pertencente atualmente ao município de Bom Sucesso de Itararé, cujas as peças eram vendidas em feiras e exposições, na região e nos Espaços Culturais Itinerantes em diversas cidades do Estado, proporcionando além da rentabilidade aos artesões e o conhecimento da arte popular e etnográfica da nossa região.
Dulce de Paula Carneiro.faleceu no dia 14 de novembro de 2.006, aos 69 anos de idade. Após o falecimento de Dulce, Nehir Carneiro ,adquiriu em abril de 2007, no município de Barão de Antonina, na parte norte do "Residencial Angra de Antonina". Recanto do Nehir, dado carinhosamente pelos seus entes queridos. um retiro espiritual e prazeroso, junto a natureza, a beira da Represa Xavantes, durante 6 anos , cuidou do pomar, hortaliças e jardim por ele plantados. Tinha como orgulho a maior obra já realizada no município, numa extensão de 32 KM a estrada Vicinal do Bairro do Cerrado até a divisa com Riversul, iniciada e terminada em seu mandato, graças a amizade que tinha com o governo estadual de Franco Montoro. Manteve seu gabinete de portas abertas, governou com transparência e zelo, tinha como lema "Trabalho - Dedicação e Respeito ao Ser Humano". Aos 83 anos de idade, no dia 12 de setembro de 2013, veio a falecer deixando 4 filhos e 11 netos.
Confiemos naquele que diz "Eu sou a ressurreição e a
vida".
Não chores nas despedidas, pois elas constituem formalidades obrigatórias para que se possa viver uma das mais singulares emoções do além vida: O reencontro e a paz eterna.
Antônio de Fazio
ANTÔNIO PELLISSARI, nasceu 10 de junho de 1903, em Restinga Seca, município de Palmeira, PR. Filho de Marieta Conforto Pellissari e Pedro Secundino Pellissari. Passou, sua infância, juventude e adolescência em Ponta Grossa, PR, onde residiam seus avós paternos Luigia Sbrissa e David Pellissari. Cursou seus estudos fundamentais e desde cedo revelou uma personalidade equilibrada e sadia. Criado em uma família numerosa, viviam todos em harmonia, graças aos bons princípios transmitidos por seus pais. Eram seus irmãos: David, Luiz, Francisco, José, Cândida, Arthur e Júlio.Desde jovem interessou-se pelo trabalho não desperdiçando as oportunidades que surgiam. Ainda novo, aprendeu ofício de sapateiro e seu patrão lhe confiara a responsabilidade de confeccionar botinas, o que fazia com esmero e perfeição. Em 1924, Antônio, mudou-se para Itararé, afim de assumir a função de redespachante de madeira para Rede Aviação Paranã Santa Catarina e Sorocabana. Neste ponto de confluência das duas estradas de ferro que recebiam mercadorias oriundas do sul e redespachadas para o sudoeste. A (RAPSC), só chegava até Itararé, e esse redespacho era necessário porque as bitolas dos trilhos não coincidiam com as bltola dos trilhos da Sorocabana. Esse atendimento foi ampliados a outras mercadorias como suínos, alfafa, cereais, batatas vinhos, etc... Em 1927, conheceu Maria Tavarnaro, nascida em 9 de abril de 1908 em Schanbre, um distrito próximo a cidade de Jaguariaíva PR, onde foi registrada. Nesta época seu pai Vitório Tavarnaro, engenheiro vindo da Itália, estava encarregado na construção da Estação Ferroviária deste distrito. Maria e Antônio, casaram em 14 de maio de 1928. O jovem casal adotou Itararé, para viver e constituir família. Desta união nasceram seis filhos Celso, Eneide, Walter, Maria Edir, Cecilia e Maria Inez. Maria Edir, faleceu ainda pequena. Formaram uma família pautada no amor, harmonia, união, graça a sua dedicação e bons exemplos, bem como sua formação religiosa Eram católicos praticantes. Antônio sempre se mostrou empreendedor, confiante e progressista.com o apoio de sua esposa Maria, destacou -se na vida particular, como também na vida social, politica, esportiva, filantrópica, religiosa, na indústria, comercio e agropecuária. Recém casado, abriu um Armazém de Secos e Molhados Fronteira, onde se encontra hoje o Correio de Itararé. 1930, adquiriu um imóvel próprio, transferindo seu armazém, escritório e residência. Mais tarde com a situação econômica estável, construí um sobrado próximo a estação ferroviária, instalando sua residência no andar superior o armazém e deposito no andar térreo. mantendo esse armazém por mais de 40 anos. Antônio. conquistou a simpatia e o respeito da sociedade itarareense pelo filantrapo que era. Auxiliava sempre os mais necessitados e carentes emprestando dinheiro sem juros para quem o procurava, nunca exigindo garantias ou documentos Dizia com orgulho que nunca perdeu nenhum tostão de seus empréstimos, enaltecendo a honestidade do povo de Itararé.. seus familiares sempre souberam de suas benemerências por meio de terceiros, pois não gostava de divulgar seus atos. Administrou a Santa Casa de Misericórdia por 17 anos , como provedor, ampliou suas dependências, instalou sua Maternidade, equipou a sala de cirurgia, ampliou o quadro de médicos, enfermeiros, convidou as Irmãs de Caridade da Igreja Católica para auxiliar nos cuidados aos doentes, na cozinha e no funcionamento geral do hospital, os problemas que surgiam eram resolvidos com brevidade e eficiência, ali quando falecia um indigente era enterrado em volto de um lençol, pois havia somente um caixão para o translado até ao cemitério. Antônio, providenciou a fabricação de caixões simples, para proporcionar um enterro mais digno, também conseguiu que a prefeitura assumisse esse compromisso. Dado a situação financeira da Santa Casa, Antônio cobria suas despesas de viagem quando a serviço da entidade e na faltava alguns medicamentos. comprava com recursos próprios, para posteriormente ser reembolsado. Enfim foi um provedor exemplar, recebendo o titulo de Sócio Benemérito. Fez parte da vida politica de Itararé, tendo exercito o cargo da presidência local da UDN. Em 1.959, candidatou-se a vice - prefeito pela coligação PDC/ UDN PRT/PRP, obtendo mais votos que o prefeito eleito. Foi prefeito do município de agosto a outubro 1963. Hospedou em sua casa o então Governador Carvalho Pinto e sua esposa, bem como demais políticos e pessoas ilustres da época, a pedidos de prefeitos e padres, pois sabiam que Antônio e Maria eram carinhosos e hospitaleiros.
Assim era Antônio Pellissari, sempre pronto a colaborar com o desenvolvimento e bem estar do município, que também já o adotara conferindo-lhe o título de "Cidadão Itarareense", em solenidade realizada na Câmara Municipal. Foi sócio -fundador e diretor presidente da Impressora Bandeirantes S/A, que foi editora e proprietária do jornal "Tribuna de Itararé", que ainda existe. Foi sócio fundador do Clube Atlético Fronteira, por quem nutria uma grande paixão. Defendeu suas cores na posição de goleiro. No meio esportivo, tornou-se conhecido em toda a região, como "Falcão Voador", nome cognominado em um jogo em Itapetininga, pelas grandes defesas clássicas e voadoras. Era um homem religioso, participou da vida religiosa em Itararé, como católico , pertencia a Irmandade dos Congregados Marianos e representou por muitos anos o Mosteiro Cisterciense de Itaporanga. Tesoureiro da Paroquia de Itararé, por muitos anos, que pertencia a Diocese de Sorocaba, e uns dos baluartes na construção da Igreja Matriz, Nossa Senhora Conceição. Orgulha-se da tarefe de hospedar Dom José Carlos de Aguirre, Bispo Diocesano, quando o mesmo vinha a Itararé. Quando o Bispo Diocesano. chegava na Estação Ferroviária, era acompanhado por uma multidão de fieis até a casa de Antônio e Maria, onde era recebido com muita alegria e uma pequena cerimonia de praxe, lavava as mão em uma linda bacia de louça acompanhada de uma jarra de ãgua. Tudo era preparado com antecedência e carinho para recebe-lo. Em seguida o senhor Bispo, tomava um cafezinho, paramentava-se e então seguia para a Igreja Matriz, acompanhado pelo povo em procissão. Em 1940 adquiriu a Chácara Caiçara, onde construiu mangueirões e iniciou um novo empreendimento. Compra e venda de suínos negociando com Frigorífico Wilson, instalado nas proximidades da famosa Estação Ferroviária Presidente Altino, na grande São Paulo. Mais tarde instalou na chácara, um pequeno frigorifico, fabricando banha, linguiça, salames, mortadela e chouriço com a marca Caiçara. Em 1944 adquiriu, do Senhor José Ferreira de Almeida, progenitor do Senhor Gumercindo Ferreira dos Santos, Diretor Presidente da COFESA , o sitio Santo Antônio, no inicio com 155 alqueires localizado no Bairro do Rodeio, o qual manteve por 44 anos até a sua subsequência venda em 1988. Ali, começou a criar gado de leite e de corte, plantar feijão e milho, fabricar farinha, cultivar pomar e um pequeno cafezal. Posteriormente anexou ao sitio, uma gleba de terra, na época conhecido por "Sítio da Nhá Joaquina", Em 1950, desativou o Frigorifico. Atualmente seu neto Mauricio Pelllissari, com atividades na área equestres, mantém uma Pista de Laço e Hospedaria para Equinos Caiçara, preservando o nome dado pelo seu avô Antônio ao frigorifico. que levou o nome de Itararé , aos mais distantes rincões do Brasil, com a vendas , principalmente da "Banha Caiçara". Em torno 1970, com os filhos todos casados, vendeu o armazém, o sobrado e construiu uma casa menor na Praça Coronel Jordão, ao lado da Igreja Matriz. Deixando o comercio passou dedicar-se exclusivamente a agropecuária, indo diariamente para o sítio cuidar e orientar os caseiros no cuidado com o gado e as plantações. Como agropecuarista, liderou na criação do Sindicato Rural Patronal de Itararé, do qual foi fundador e Presidente. O "Pellissari", como era conhecido, foi um homem dinâmico com uma vida muito produtiva e feliz. Trabalhou até mais de oitenta anos e viveu intensamente sem o desperdiçar tempo.
Madeireiro, comerciante, agricultor, pecuarista, suinicultor, esportista, religioso, politico, Ex-Prefeito de Itararé, Provedor da Santa Casa, Presidente do Sindicato Rural Patronal, patrão querido, marido exemplar, pai, avô e bisavô amoroso. Quando se aposentou, continuou ativo dirigindo seu carro até aos 90 anos de idade. Desfrutou a velhice ao lado da querida Maria, dos filhos e netos que eram seu orgulho. Lucido até o fim, continuou orientando e administrando os assuntos domésticos e financeiros que eram necessários. Antônio Pellissari, estava rodeados pelos filhos, esposa e neto. quando faleceu aos 93 anos de idade no dia 30 de julho de 1995 em Itararé.. Antônio, foi acompanhado por um grande cortejo em caixão coberto com a bandeira do Clube Atlético Fronteira, rumo ao cemitério municipal onde fo sepultado no silencio dos heróis. Nenhum orador se fez necessário, pois sua vida falou alto por ele!! Maria, faleceu aos 90 anos de idade no dia 14 de agosto 1998 em Itararé. O legado de amor e serviço , desse casal impar continua vivo por meio dos seus cincos filhos, treze netos e vinte e três bisnetos e no coração dos itarareense que o amavam.
Façamos nossas, algumas palavras bíblicas, em uma singela homenagem ao casal que a Dra. Maria de Lourdes Junqueira Thomas, de saudosa memória, proferiu:
"Sobrem os ventos, venham as tempestades, caiam as chuvas, mas a Casa dos Pellissari, não cairá porque ela foi construída pelo Senhor não sobre a areia e sim sobre a pedra".
Antônio Fazio.
Trabalhou na fabrica de Tanino em Sengés-PR, onde, participou de um ato histórico, pois vivenciou a revolução de 30. Esteve também prestando serviço na fábrica de papel de Arapoti, como chefe de manutenção de 1937/38. Voltou parar Sengés e em 1939, compra o seu primeiro caminhão para fazer serviço de carreto entre Sengés/Itararé e mais tarde até São Paulo. Foi o primeiro a prestar esse tipo de serviço em toda a região.
Em 1954, mudou-se para Itararé, onde fundou a firma Rodoviário Itararé, sendo uma das primeiras empresas de transporte da região, tendo levado o nome da cidade a vários estados do Brasil. Nessa época em que tinha transportadora, em sociedade com seu pai e o concunhado Lauro de Mello, abriu uma firma denominada Wiederin e Cia, firma que era concessionaria da "Mercedes Benz" e mantinha uma loja de peças de reposição para caminhões.
João Wiederin foi pratico em mecânica e dono de grande conhecimento nessa área, com certeza, adquirido com seu pai que foi um especialista na arte , como uma de suas obras o projeto, confecção e colocação da estatua de São Pedro, na Igreja
Dono de grande energia, João Wiederin foi uma pessoa extremamente comunicativa, sendo sócio fundador e participante ativo de todos os clubes da cidade e também da região.
Seu passatempo preferido era jogar truco com os amigos, tendo conseguido vários troféus nos torneios que participou. Em 1980 vendeu a transportadora, a fim de um merecido descanso, viajando para rever sua terra natal e retornando para sua terra de adoção. Viveu mais que muito de nós nesta cidade, compartilhava, amava seu povo, com certeza fez muito por Itararé que muitos itarareenses... Merecidamente recebeu o titulo de cidadão itarareense, em agosto 1.996, por indicação do vereador Reinaldo de Lima Santiago e para a tristeza de todos que puderam desfrutar de seu convívio, em 31 de dezembro de 1997, com 85 anos veio a falecer, deixando, filhos, netos e bisnetos.
Foi um cidadão exemplar: integro, respeitador, batalhador, dono de uma visão ecológica invejável, conhecedor profundo de geografia, gostava de música e de bailar, adorava as plantas e os animais, enfim alguém que merece ser imitado, pois com certeza o mundo hoje é melhor porque ele passou aqui e deixou-nos o exemplo de um ser humano muito especial.
Depoimento de João Wiederim: Que vivenciou a história...
"Já havia boatos da revolução, mas ainda não se viam soldados. De repente, na estação de Sengés, chegaram dois vagões com soldados durante o dia. Visitaram os arredores e foram embora. Na noite deste mesmo dia, eu estava com dois amigos, José Haermele e Fred Kosar, em frente a casa deste último, por volta das 23 hs., quando ouvimos os trotes de cavalos , quisemos entrar, mas os cavaleiros gritaram:-Parem!! Eram mais ou menos cinco cavaleiros do 5. Regimento da Cavalaria de Castro. Eles queriam saber se havia soldados Legalista, e informamos que uma patrulha de trem tinha estado na cidade durante o dia.
No dia seguinte veio novamente a patrulha de trem com mais soldados. Na noite, chegaram as forças do Paraná e se colocaram mais ou menos onde se encontra hoje a Fábrica do Sguário. Durante a noite tiroteios de rajadas de metralhadora de morro a morro. Atiravam a esmo, simplesmente para evitar que a patrulha avançassem. Ninguém morreu. As pessoas fugiam para os sítios. A Fabrica de Taninos, montada por mim e meu pai Cristriano Wiederin, alguns dias antes havia parado normalmente, para manutenção. Por esse motivo, a grande maioria dos funcionários pôde se alojar na fábrica, junto com suas famílias. Os tiroteios cruzavam sobre a fábrica. De quando em quando estrava alguma bala. A fábrica tinha duas caldeiras, cada uma com a sua fornalha, cada fornalha tinha três bocas. Mulheres e crianças ficaram alojadas dentro das fornalhas que eram um lugar seguro (as fornalhas eram retangulares medindo 3x4 metros,
aproximadamente, e foram forradas com colchões). Ali ficaram por três dias, enquanto houve tiroteio. As famílias ficaram alojadas na fábrica por duas semanas, e faziam a comidas em grandes tachos. As forças governamentais foram recuando para o Morro do Café na Fazenda Morungava , e as forças sulistas atravessaram a cidade e tomaram conta: as casa foram saqueadas. Havia 400 porcos gordos, aguardando embargue, em gôndolas da estrada de ferro. Esses porcos foram utilizados pelas tropas revolucionãrias, causando grande prejuízo ao dono, Trajano Jorge. Durante o dia podia-se ouvir algum tiroteio, mas era em menor proporção. As pessoas tinham muito medo. Todo o dia chegava um avião(vermelhinho paulista), que jogava uma bomba na cidade, as pessoa corriam para as valas, a fim de se protegerem, o quintal da casa de meu sogro, Jorge Santos, foi atingido por uma destas bombas. Os soldados do 9°Batalhão de Artilharia de Curitiba se instalaram na lombada do Morro do Café, de modo não serem vistos, e de lá atiravam na sede da Fazenda Morungava, onde estavam as forças governamentais. Estas foram recuando e os sulista chegaram à Fazenda Morungava; as forças governamentais estavam então na Barreira. Quando as forças sulista estavam no Pelame, contam que o Capitão Isaltino Pinto, no dia 23 de outubro, subiu em uma árvore munido de um binóculo. Foi atingido, por um tiro, vindo a falecer. Após sua morte, foi elevado à Coronel e deu nome em uma das estações ferroviária de Sengés Na região entre Sengés e Itararé houve apenas três mortes. Durante a revolução, a sede da Igreja Presbiteriana de Sengés, serviu de hospital, dirigido pelo Dr. Plaisant. A força revolucionárias que participaram da luta entre Sengés e Itararé foram: 5º Esquadrão de Cavalaria de Castro; 13º Regimento de Infantaria de Ponta Grossa; 9ºBatalhão de Artilharia de Curitiba".
DÊCIO CARNOUT SIMÕES, brasileiro, casado com Wanda Coutinho Simões, já falecida. nasceu na cidade de Guarapari, estado do Espírito Santo, em 19 de janeiro de 1.908, tendo sido filho de pai político. De origem humilde, seus pais Pedro José Simões e Tereza de Jesus Simões, logo na adolescência do filho puderam sentir sua garra e coragem para o trabalho que se iniciou aos 8 anos de idade. Logo aos primeiros anos matrimonial, veio para cidade de Itaberá, como escrivão da coletoria Federal daquela cidade.
Por volta de 1.951 fixa residência na nossa cidade desempenhando aqui o cargo de exator federal. Adquire imóvel para residência da família, transferindo definitivamente suas raízes capixabas, para a pacata e hospitaleira Itararé. Tanto que logo sua aposentadoria, como auditor fiscal do tesouro nacional nacional, negou-se a voltar para a sua terra natal onde tinha todos os seus familiares, isto, pelo grande carinho e amor que sempre nutriu por Itararé, tendo uma de suas filhas aqui nascido. Excelente filho, patriota e naciolalista ímpar, não se deixou levar por modismo. Acreditava e vivia a autenticidade do ser humano. Criador de uma filosofia de vida própria, peculiar, norteando-se pelo o ditado "VIVER TODOS VIVEM, SABER VIVER ~E UMA CIÊNCIA".
Caridoso, a todos conquistava com seu temperamento expansivo, sempre procurando transmitir aos que o cercava visão positiva dos conhecimentos da vida, apregoando que o maior legado que se pode receber é a instrução.
Em 10 de agosto de 1.990, com 82 anos veio a falecer deixando os filhos Délio Simões, Adilson Simões, Déa Aparecida Simões da Silva, Wandecy Simões, e Wanda de Fátima Simões, além de netos e bisnetos.
Antônio de Fazio
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