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terça-feira, 15 de dezembro de 2015

O GATO MIMI...

 
 Ozico (Zico) Paiva, era uma pessoa carismática, muito interessante, raciocínio rápido,  de bem com a vida.   Frequentador assíduo, no carteado de baralho do Clube Atlético Fronteira, principalmente jogando caxeta ou tranca.   Costumeiramente conseguia reunir varias pessoas, em uma das salas de carteado, para ouvir seus causos, com aquela pitada de humor, que só ele sábia dar. Em uma dessa ocasião,   várias pessoas aguardavam o Turíbio Fiuza (cacifeiro), para abertura da banca, para inicio de mais uma sessão de jogos, dentre elas, o Professor Manoel Raimundo Marques, quando  Zico, adentrou a sala pediu-lhe que  narrasse,   o causo sobre o gato Mimi.  Rapidamente o Zico, ficou a frente de todos que ali estavam e começou sua narrativa:  - Ele (o gato Mimi), era muito inteligente, sinceramente, nunca mais vi um gato igual;  Animalzinho de estimação de  minha mãe   Dona Dinorá.   Mimi, era  um gato um pouco diferente, que na hora de alimentar, só queria leite!   Como o  leite estava um pouco caro,  devido a seca prolongada  em Irati,  minha mãe,  resolveu variar o cardápio do bichano: colocou  na vasilha uns lambaris que eu acabara de pescar (qual o gato que não gosta de peixe não é?), pois o Mimi nem cheirou.   Minha mãe,  tentou outra estratégia: o famoso "Papa de gato": angu com feijão.    Ché! Que nada!   O Mimi até se escondeu. Dona Dinorá  já meia aborrecida com a situação, deixou o gatinho passar um dia de fome. - Agora sim! Eu pego o malandro! disse ela. E colocou na vasilha leite misturado com café.      Eu e minha mãe, se escondemos e ficamos  observando o que o gato iria  aprontar. O Mimi se aproximou da vasilha. Deu um cheiradinha, e... para minha surpresa e da minha  saudosa mãe Dona Dinorá: O MIMI BEBEU TODO O LEITE E DEIXOU O CAFÉ.      O José Benedito Castro (Dito Bola Fora),   não aguentou: -"Zico, esta eu engulo mais não mastigo"

 

CURIOSIDADE...
Muito interessante, ao mesmo tempo curiosa.  Anjo Germiniani (Anjinho), tinha um hobby: o de colecionar panfletos fúnebres  de todas as pessoas falecidas em Itararé. Volta e meia, alguém o procurava para saber a data que a pessoa "fulano de tal" faleceu. Muitas das vezes até familiares que  esqueceram o dia que seu  parente faleceu.  As informações obtidas,  eram muito importante para a nossa comunidade.
 
PARA  REFLETIR  ...
De repente, o mar de lama que vazou da barragem em Mariana (MG) tomou outro rumo e chegou a Brasília. Era o inferno em movimento. Desesperado, o senador corre para tentar salvar-se, mas cai e a lama se projeta sobre ele... Suado e berrando, o parlamentar acorda e percebe que tudo era um pesadelo. Respirando fundo, ele vai até a janela do seu apartamento e vê que os prédios do Senado e da Câmara continuam ali. Tudo parece normal. Será??

FRASE DE ITARAREENSE: "O poder não tem escrúpulos quando é fraco" - Leônidas dos Anjos (Cuca). 

 




 

 

 



quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

RESPOSTA DO PREFEITO... PARAISO DAS SERPENTES:



"Ainda,  "O Paraiso das Cobras".   Recebemos do cidadão Prefeito Municipal, uma carta em resposta ao artigo:  "Paraiso das Serpentes", do nosso distinto colaborador, "JUCA TIGRE", a qual passamos a transcreve:  Prefeitura Municipal da Cidade de Itararé, em 13 de março de 1913.
Ilmo. Sr. Diretor do "O Itararé".   Lendo no seu apreciado jornal, na coluna de honra, um artigo intitulado "O Paraiso das Serpentes", assinado por "Juca Tigre "é tendo dado a palavra ao Prefeito, com muito gosto e prontamente venho dar a resposta desejada.   Antes de tudo é de se estranhar como uma descoberta tão importante fosse divulgada somente agora, há tempo, deveria ter sido participada ao Governo do Estado, e nesta horas teríamos aqui o Ilmo. Dr. Vital Brasil e o  Instituto Butantã, pouparíamos  das enormes despesas para aquisições de serpentes, viso existir em Itararé, um grande deposito de todas as espécies, para todos os estudos.   Senhor Diretor, esse caso de "paraíso das serpentes", faz me lembrar de uma anedota, anedota que as más línguas atribuem ao povo italiano e particularmente ao povo toscano:   "Se faz calor, o povo grita: Governo ladrão; Se chove, o povo diz: Governo assassino.   Se a Câmara Municipal, seriamente realiza os melhoramentos no alcance de sua força, o povo grita, se não faz nada o povo grita da mesma maneira  e se aparece uma nuvem de gafanhotos ou a cidade é invadida , por jararacas, jiboias, cascavéis, sucuris, urutus, a culpa é do Prefeito!!!   Há cidades do interior paulista como Tatuí, Piracicaba, Sorocaba e outras, que ficam as margens de rios, onde é comum o fato de cobras fazerem visitas aos habitantes; e a quatro meses mais ou menos, os jornais noticiaram que na capital do Estado, na bela avenida Tiradentes, foi morta uma senhorita, perdão uma respeitável... jararaca.   A municipalidade de nossa terra, tem tratado com todo o capricho as ruas e praças que são capinadas e limpas por empregados permanentes.   E a Prefeitura obrigada a mandar limpar os quintais , quando os donos nem ao menos limpam rente aos prédios?   O que querem? Que a Câmara Municipal, mande fazer um palacete á cada um que possui quintais?   Se a Prefeitura não mandou fazer nenhuma obra as margens  dos córregos Prata e do Benjamim Duarte, é simplesmente porque ali á Câmara, não possui um palmo de terra, tudo é particular.  E por Lei, cabe aos donos desses quintais e a frente das casas, manterem capinados e limpos; A única culpa da Prefeitura ou melhor a única (fita?), como afirmou o colunista "Juca  Tigre", que não pensou e não ter mandado os respectivos donos desse quintais, cheios de capins ou coisa que o valha, cumprirem a Lei,  mas nesse caso, teríamos a aplicação da anedota do povo italiano, que referi, e sobre isso ´e melhor ficar calado, porque teríamos uma luta terrível de tigre, cascavéis urutus; uma palavra levantaria todo o "Paraiso das Cobras, o que não teria nada agradável do Ibiti para lá.   Com elevada estima e elevado apreço subscrevo-me; De V.S. e amigo, atenciosamente",
Padre Caetano Jovino.
Prefeito Municipal do Itararé.   
-ÁGUA
Paga-se, sem multa, na tesouraria da Câmara Municipal, até o dia 31 de dezembro 1913, a taxa de água, e os que, até aquela data, não satisfazerem os respectivos pagamentos, terão as suas habitações desprovidas do precioso liquido, porque serão cortadas as ligações.
FISCAL - HERCULES PEPPO TRABALHI.
                                                                                                                       -O ABAIXO ASSINADO:    Avisa aos pais dos meninos que a noite perambulam pelas ruas de Itararé, que ontem levou ao conhecimento ao delegado de polícia Capitão João Antônio Pereira da Fonseca, que ao passar na boleia de seu carro -de-praça, na rua General Carneiro, vários meninos, subiram em cima do para-choque traseiro.   Percebendo o grande risco, parei imediatamente o carro, os ditos cujos, saíram em disparada, esvaindo do local.     Outro sim.   Avisa que castigará de hoje em diante os que subirem em seu carro quando em serviços e não se responsabiliza pelo desastre que possa ocorrer.  Itararé, 14 de fevereiro 1913 .
Nestor de Campos.                                                                                                                                               -AULA DE MUSICA: Do Professor e Maestro José Melillo: Aos pobres as lições serão completamente gratuitas.
 
SESSÃO LIVRE: DECLARAÇÂO. 
Existindo um nome igual ao meu, José Correia Machado,  trazendo-me muitos aborrecimentos.    Declaro que desta data em diante assinarei: José Correia Machado Neto. Itararé, O4 de janeiro de 1913.