O fim de ano no bar do Tépa, onde a cachaça e a cerveja eram pano de fundo para as estórias retro e piadas narradas pelo Zé Maria do Ponto, outros contavam o seu e o cotidiano de Itararé. Matina de um domingo de sol. Um fragrante "fotográfico", narrado no Bar do Tépa. Fregueses, acachoados pelas tantas síndrome do coração partido. Deserdados da sorte, sem eira nem beira. Membros de nossa comunidade comemoram o fim do ano no lugar mais eclético do mundo; O BOTECO, em Itararé o Bar do Tépa. Não os meça pela aparência simplista ou pela expressão cansada e aspecto amarotado das . vestes. São sobreviventes das vicissitude da vida. Mestres de ofício, motorista, braçais. Capoeirista, sambista, professor, médico, bancário, fazendeiros, peões e instrumentista no couro do gato. Os de mais idade já criaram seus filhos e netos. Uns tantos, 171 da vida e cobras criadas. Pelos sulcos que deformam parcialmente os seus semblantes dá para medir as tragédias que superaram e as muitas a vir; No sagrado do bar, buscam sorver o néctar do deus Baco. A cachaça Rosário do Fritz, branquinha e purinha, produzida no alambique artesanal no Bairro do Lajeado, zona rural de Itararé. Outras sem o glamour retro do gosto das de primeira qualidade e as cervejas Antarctica e Brama Chopp. Saciam-se no fundo de suas e- moções, visando alcançar a sustentabilidade de suas almas. Todos são filhos do mesmo Deus.Entes mandados ao mundo de provas ex-piações e missões. Cada qual com o seu cada qual, cada um na sua dor e felicidade. Todos com as suas sentença. Como relatei, são almas enviadas ao mundo em missão. Buscam atualizar as realidades divinas usando o carro de combate. O corpo físico e a alma plástica. Estão embriagados... Mas, são guerreiros do Altíssimo em combate no campo de Kurukshetra ou invocar Ganesha, Deus que remove os obstáculos e traz soluções. Somos todos irmãos.
Antônio Fazio.