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domingo, 25 de novembro de 2018

FÁBULA - O PELEGO, O ARREIO E O BURRO.






Esta fábula possui seis versões: Na primeira, o Burro, cansado de tanto trabalho, volta-se e vê somente o Pelego.   Ele recrimina Porque que você me machuca e pesa tanto? O Pelego retruca.  Eu sou  macio e leve, não me confunda com o arreio e com o cavalgante co  com sua carga de ouro e seu chicote. 
Na segunda versão, "O Burro carregando Ouro", ele se orgulha de ser mais que os outros muares porque leva ouro  merecendo ração melhor.   Ocorre assalto, levando o ouro, deixam estropiado o burro  do ouro. Os outros lhe fazem ver que é um burro igual a eles e sua carga não lhe servia para nada e valeu um castigo. 
Na terceira, o pelego inveja o burro  porque este recebe  proteções especiais, comida, água mais pura.. enquanto ele, Pelego, aguentam o cavalgante  esbravejando, malcheiroso, não recebendo nenhuma distinção por amortecer seu traseiro nos solavancos do percurso. 
Na quarta versão, o dono do ouro termina com todas as discussões dos três, atirando o Pelego e os Arreios ao fogo, mata o jumento e ainda faz assado de sua carne. 
Na quinta versão, a Sumeriana, explica o Rei professor aos humanos que o Rei das Sombras faz  humanos trabalharem, extrair  ouro, servir para amortecer os solavancos da vida, como jumentos, pelegos e arreios e ainda são devoradas suas energias e são atirados uns contra os outros para os seres das Sombras se divertirem, sendo todos descartáveis. Assim, recomenda aos humanos que se reconheçam todos como iguais e em evolução, podendo libertar-se das Sombras, se deixarem de dar ouvidos à escravocracia que estas lhes impõem, colocando uns sobre os outros e fazendo-os acreditar que são eles que estão escravizando e são donos do ouro e também responsáveis pelos conflitos que vivem. Termina a aula avisando que há, Acima, Budas (iluminados), aos quais se juntam após a morte os que alcançam Conhecimento e Consciência desta situação. Estes protegerão  quem alcançar grau de boa vontade suficiente, mesmo que "os Sombras" satisfeitos por terem levado todo o ouro, tentem acabar com os humanos desnecessários. 
A sexta versão desta fábula é a tragédia humana de nossos dias, onde os Feudais do Ouro hipnotizados por obscuras sombras, Jumentos cavalgados não sabem por quem, matam, destroem, escravizam, chicoteiam e fazem acreditar que os homens é que produzem os conflitos que as sombras induzem nas mentes. Do mesmo modo que nas fábulas, há os Pelegos, os que carregam ouro, os que se orgulham, os que chicoteiam, os reclamadores. 
Antônio Fazio.