“A história é feita de muitas partes, mas também é única. Somos parte de um processo que percorre o mundo e nos liga ao planeta. Perder o sentido da mudança é perder o sentido da vida e das oportunidades que ela nos dá todos os dias, para transforma-la” - Herbert de Souza – “Betinho”.
Redescobrir a história é reviver fatos que alicerçaram o desenvolvimento que hoje temos alcançado. É reconstruir a trajetória e refazer o percurso que gerou mudanças no nosso modo de vida, de entendimento e valorização do nosso mundo e, em especial, de nosso ambiente natural. O Brasil que conhecemos hoje foi, em larga medida, desenhado e até mesmo descoberto, durante os séculos XVII e XVIII, quando tropeiros fizeram integrar o distante sul ao Império, abrindo e descobrindo novos caminhos. Centenas de milhares de milhas foram transpostas pelos tropeiros, e, do imenso trânsito, nasceram algumas cidades do sul de hoje, como Castro, Ponta Grossa, Lajes, Passo Fundo. NO Sudoeste de São Paulo, Itararé, Itapeva, Itapetininga, que foram, em início, pouso e repasto de tropas, raízes de uma cultura e uma civilização que moldaram e nos deram o País que temos. Nas rotas tropeiras foram estabelecidos pousos para descanso e troca de montarias, além de pernoite para os viajantes, que, com o tempo, se transformaram em núcleos de várias cidades. Nos , observamos a importância dos pousos dos tropeiros. Os tropeiros paulistas costumavam caminhar no máximo até 14 horas por dia, percorrendo de 7 a 8 léguas de distância (cerca de 50 km) das cidades, em direção as feiras de muares em Sorocaba. Dos vários caminhos de tropeiros na nossa região, o mais conhecido o Caminho das Tropas, interligando Itararé/Sorocaba. Porem entendemos que, dada a importância histórica de vários caminhos das tropas, esse roteiro esta incompleto, seria necessário uma pesquisa maior para redescobrir as trilhas dos "Picadores das Tropas", que serviam de comercialização de muares, equinos e bovinos, pelos tropeiros paulistas, visando principalmente redesenhar uma parte importante da história do Brasil, e que foi responsável pelo desenvolvimento dessa grande extensão territorial que temos. Além disso, os tropeiros serviam de elemento integrador. Por onde passavam, eram os festeiros, tocadores de viola e sanfona, emissários oficiais, transmissores de noticias, recados e receitas. Na nossa região foram fundamentais no momento de intensificação de culturas agrícolas e pastoril e desenvolveram uma cultura própria que chega até nossos dias por meio da literatura oral, da culinária, da musica, da religiosidade e no estilo de vida. É fato, ainda, que várias cidades ligada ao Tropeirismo estão desenvolvendo e ressurgindo como potencial e atrativo turístico que poderá, se não houver uma analise ambiental, gerar devastação e comprometimento do potencial natural das regiões, pois muitas dessas trilhas encontram-se próximas aos Parques Estaduais e Nacionais, em regiões da Mata Atlântica e Matas Ciliares, fontes de grande biodiversidade. Diante desse fatos e do crescimento da atividade turística, principalmente na pratica do Turismo Rural, existe a preocupação de interligar a área ambiental aos futuros projetos que poderão ser desenvolvidos, visando resguardar os recursos naturais e culturais, promovendo o patrimônio da sociedade, amadurecendo projetos que desenvolvam aspecto histórico/culturais e formatando os produtos que podem compor os pacotes turísticos.
Para Refletir:
-Você até pode viajar através de um livro, a passagem até é mais em conta, mas não conte com tato, olfato, paladar e audição nessa "viagem".
FELIZ 2016... É JUNTO DOS "BÃO" QUE A GENTE FICA "MIÓ".
-Você até pode viajar através de um livro, a passagem até é mais em conta, mas não conte com tato, olfato, paladar e audição nessa "viagem".
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