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quarta-feira, 25 de março de 2015

BRINQUEDOS DO TEMPO VELHO...



                                                                   BOLA - DE -  MEIA

 
Da bola - de- meia a "Brazuca", (bola de última geração utilizada na copa do mundo do Brasil-2014).   O nome da bola da Copa no Brasil foi escolhido após votação popular. A Brazuca teve 77,8% da preferência, com 1.119.539 votos, e superou Bossa Nova (14,6%) e Carnavalesca (7,6%).  Podemos dizer que a "infância de cada um” deu um salto enorme em apenas meio século. Quem traz na sua idade os “enta” (quarenta, cinquenta, sessenta, setenta) é testemunha desta mudança.   Muitos filhos, seguidamente dizem: - Pai: O senhor  não teve infância.   Ao contrário, tiveramos e eu também tive,   uma infância que toda a criança deveria ter. Pés descalços, matas, rios, liberdade, carrinho  de rolimã, bolas-de-gude, bodoques, piões, piorras, gado-de-osso e... bolas-de-meia. Sim. Eu sou do tempo das bolas-de-meia. Pegávamos uma meia usada, enchíamos de trapos de  pano e jogávamos o dia inteiro num campinho de terra, que localizava-se na rua   XV de Novembro entre as ruas 28 de agosto e Itararé.  Mais tarde, fui um dos primeiros meninos a ganhar uma bola de borracha que, quando batia na perna, chupava o sangue deixando sua marca.
Hoje a infância é passada, em sua maior parte, dentro de casa ou  apartamento, os brinquedos são eletrônicos. Videogames, celulares, tudo robotizado. Contudo, nenhuma criança de agora trocaria sua infância pela minha (até por que eu não aceitaria tal troca). Assim é a vida. Cada coisa no seu tempo. Mas, lhes digo com toda sinceridade: O contato com a terra, com os animais e principalmente com os amiguinhos, são fundamentais na formação das pessoas.

                                       BONECA DE PANO


O corpo é de enchimento de feltro ou pedaços de trapos de roupas sem uso e o vestido de tecido  simples. Os cabelos são feitos de lã de pelego ou de fios de novelo de lã, os olhos de botão  e a boca é pintada ou costurada. Esta é a receita  para a criação de  ser o brinquedo mais antigo da humanidade: a boneca de pano.  Essa maneira de faze-la,  foi ensinada pela Dona Emerenciana Campanelle, que era costureira especializada  em  vestimentas masculinas; calça, camisa,  terno e afins.. E o seu hobby, era confeccionar bonecas de pano, cinco Marias, peteca, etc., nos conta sua neta Tereza Campanelle, que aprendeu, a profissão de costureira  e o hobby da  Dona Merenciana.   Os brinquedos passados  de geração a geração, perpetuam na infância, tradições tão antigas que a maioria não se sabe mais ao certo a origem. Todos, porém, tem a mesma característica: são feitos de forma artesanal pelas  próprias crianças. -Eu também fazia peteca com palha de espiga de milho enrolada em uma caixa de fósforo. As penas eram de galinha, que eu juntava no quintal do meu pai Fernando Campanelle, que também,  aprendeu a profissão de alfaiate com a vó Merenciana;    As cinco marias são cinco saquinhos cheios de sagu , explica Tereza.   De fato, hoje tudo é industrializado e as crianças não têm mais o hábito de fazer os  brinquedos.  Só querem  montar às vezes é melhor do que o brincar. Olhar para o brinquedo e pensar "fui eu que fiz" tem um gostinho diferente. É um mundo do faz de conta onde a criança exercita a imaginação. Há brincadeiras, porém, que não se perderam no tempo. Vivas até hoje no cenário infantil, as crianças nem sabem que, por meio delas, estão perpetuando tradições milenares;  É o caso do cavalo de pau, das brincadeiras de amarelinha, esconde-esconde, pega-pega. Que criança não brinca disso na escola?


                                        "REVOLVER"DE CHAPA    

O "revolver" de chapa ao lado. Era as armas de brinquedo  da minha geração.  Brincávamos de  Bandido e Mocinho, nas velhas e legendárias  mangueiras da Serraria da Indústria Reunidas João Sguário.   As mangueiras eram ao lado do  campo de futebol do Sguário Esporte Clube,  que localizava-se  entre as ruas XV de Novembro e Sete de Setembro.   Não podíamos imaginar, naquela época, que o mundo tornar-se-ia tão violento e que as armas eram, na verdade, as contrarrazões da humanidade.   Onde clica para voltar ao tempo bom de inocência e pureza?  Não tem volta!!!!      A melhor infância, a melhor época, a melhor fase de todas, só ficão em nossas lembranças... As crianças de agora não vão passar pelo que nos passamos.


      sábado, 21 de março de 2015

      UTOPIA ELEITORAL

      Mais uma eleição municipal em Itararé. Mario Beato, como era conhecido nos bairros,   da zona rural de Itararé, havia-se decidido que seria candidato a vereador desta vez. A política estava na veia e no sangue da família. Seu bisavô tinha sido candidato a vereador e tinha logrado a honrosa 4ª suplência, seu avô também, conseguira feito maior, conseguiu ficar na 1ª suplência. Seu pai era o mais famoso cabo eleitoral  e sempre prometia conseguir votos para eleger 3 vereadores. O mais longe que conseguiu chegar perto disso foi a façanha de apoiar um candidato que chegou a ser 4º suplente da coligação em um total de 28 candidatos. Eram políticos natos.     O único empecilho era sua sogra. Precisava convencer a velha a apoiá-lo e mais, a não revelar coisas tenebrosas a seu respeito. Se conseguisse o voto e apoio de Dona Memé, a eleição seria um passeio. Honraria a história de eleições gloriosas de seus ancestrais.   Preparou o discurso e saiu em direção à casa da sogra com um ramalhete de flores arranjado de última hora colhido no cemitério, próximo a redondezas da casa de Memé.  Colocou sua melhor roupa como quem fosse à missa do padre Teotónio na igreja Matriz.    Óculos espelhados no rosto e caminhar confiante Mario Beato,  foi ensaiando cada palavra declamada nos mais puris versos caipiras a ser dita para nada dar errado. Afinal, era a honra da família na política que estava em jogo.   Ao chegar foi logo dando um grito meloso de “sogrinhaaaaaa amadaaaaa” para a surpresa de todos. Ao entregar o ramalhete de flores, a velha Memé logo desconfiou que algo de errado havia acontecido; ele era tão sovina que usava o papel higiênico dos dois lados, e comprar flores para seu principal e maior desafeto, hummm, ali tinha coisa. E coisa das grandes.   Depois de quase duas horas de conversa tentando explicar seus planos, falar da herança genética de seus antepassados na política itararéense  e declamar no repente versos de afeto,  a cartada final de prometer empregar a velha e todos os seus  parentes desempregados na Câmara Municipal ou na prefeitura de Itararé. Dona Memé cedeu e disse que apoiaria a candidatura a vereador de Mario Beato, silenciando a respeito dos trambiques do rapaz e pedindo votos para os mais chegados.      Só tinha um único problema, disse a megera, de onde viria o dinheiro para campanha, como ele iria confeccionar adesivos, bandeiras, santinhos, praguinhas, camisas, pagar cabo eleitoral, combustível de carreata e ajudar o povo pobre do bairro se ele mesmo devia até a alma em todas as quitandas, botecos e muquifos de Itararé?   Ele mesmo garantiu que tinha umas economias guardadas e que era chegada a hora de dar um salto de qualidade de vida para todos na família. Pediu que a velha assinasse um papel de filiação partidária e os outros 40 parentes também para dar apoio na convenção do partido e saiu saltitante.   Dias depois foi visto pagando rodada de pinga para todos os que se encontravam no bar do Ari Bolinha, na Osório,   que já havia cansado de cobrar os pregos deixados por Mario Beato. Para a sua surpresa, Mario,  saldou a dívida, deixou um dinheiro a mais e fez a festa de todos naquela tarde de comes e bebes na conta do futuro vereador representante da zona rural. e das Vilas e bairros da cidade.    De uma hora para a outra as contas de Mario Beato ,  foram saldadas, dinheiro a fole aparecia como se ele tivesse ganhado na loteria federal. Comitê eleitoral com fotos gigantescas do rapaz que havia até rejuvenescido um bocado de anos. Tratou os dentes, passou a andar todo engomado, tinha assessoria de imprensa, relações públicas e fotógrafo particular. Deu uma chácara a um correligionário. Dona Memé ficava cada dia mais desconfiada com tanta competência do genro que vivia de pequenos trambiques e cuja única virtude foi ter se casado com sua filha, a Emengarda, moça prendada e trabalhadora.    Cada dia que passava mais cartazes, faixas, bandeiras, adesivos, cabos eleitorais, tudo começava a se avolumar em torno da candidatura de Mario,  que já sonhava ser o vereador mais votado da cidade e um trampolim para ser o chefe do executivo itarareense;    Último comício antes das eleições, praça São Pedro topada, bandeiras tremulando, gente apinhada para ouvir os políticos da cidade e lá vai Mario Beato, para seu discurso final. Cada palavra do seu repente era ordem lançada a multidão comandada pela claque que pedia palmas e assoviava gritava bem alto o nome daquele que já se consagrava o vereador mais bem votado de toda a história de Itararé: “Mario Beato, o meu, o seu o nosso candidato.” Os jingles da campanha pagos a preço de ouro para as maiores bandas e dupla sertanejas,  davam conta de que o rapaz não tinha economizado na sua missão política.  Dia da eleição. Tudo pronto. Encerrada a votação. Aglomeração na casa de Mario Beato dos cabos eleitorais para receber seus pagamentos. Festa antecipada, pinga para todo mundo. Sogra ainda em silêncio e cada vez mais desconfiada de onde teria vindo aquele dinheiro todo.   Urnas abertas. Mario Beato tinha ficado na 2ª suplência da coligação. Tristeza geral. Os eleitores haviam lhe traído. Todos os votos comprados e conquistados na base da pinga, do bujão, da dentadura, do padrão de luz, do milheiro de tijolo, das telhas de Eternit, dos caminhões de terra e areia, haviam migrado para outros candidatos naquelas megeras urnas.     Dia seguinte ninguém viu mais a figura de Mario Beato pelas redondezas. Dona Memé, a sogrinha amada, e seus sete parentes desempregados recebem a notificação do banco para pagar os empréstimos milionários feitos em nome deles por um cidadão bem vestido, fala mansa e articulada que seria o vereador mais votado da história de Itararé.              Mario Beato e sua sogra Dona Memé,  são nomes fictícios;  Mas, é só o caro eleitor itarareense, principalmente os mais antigos "puxar" pela sua memória..... Veras que realmente o nosso caso, é verídico e a carapuça serve para muitos  e  ocorreu na politica de Itararé. 


      sexta-feira, 6 de março de 2015

      VISITAS...




      Sou do tempo em que ainda se faziam visitas. Lembro-me de minha esposa Beth, mandando  os filhos  capricharem no banho porque a família toda iria visitar os tios João Tatit e Eunice de Brito Tatit.  Íamos todos juntos, todo mundo a pé. Geralmente, à tardinha.   Ninguém avisava nada, o costume era chegar de paraquedas mesmo. E os donos da casa recebiam alegres a visita.  – Mas vamos nos assentar, gente. Que surpresa agradável!, dizia Dona Eunice.  A conversa rolava solta na sala. Eu, conversando com o João Tatit e minha esposa de papo com a tia… Meus filhos Tatiana e Fernando ficavam  assentados no  mesmo sofá, entreolhavam e olhando a casa dos Tios . Retratos na parede, duas imagens de santos numa cantoneira, o piano, o violino (que a tia Eunice tocava),  radio- vitrola  Philips;    flores na mesinha de centro… casa singela e acolhedora. A nossa também era assim.   Também eram assim as visitas, singelas e acolhedoras. Tão acolhedoras que era também costume servir um bom café aos visitantes. Como um anjo benfazejo, surgia a Sonia, cozinheira    prendada,   lá da cozinha e dizia: – Gente, vem aqui pra dentro que o café está na mesa. Tratava-se de uma metonímia gastronômica. O café era apenas uma parte: pães, bolo, broas, queijo fresco, manteiga, biscoitos, leite,  doces caseiros; de cidra morangos, amora... tudo sobre a mesa.  Juntava todo mundo e as piadas pipocavam. As gargalhadas também. Pra que televisão? Pra que rua? Pra que droga? A vida estava ali, no riso, no café, na conversa, no abraço, na esperança… Era a vida respingando eternidade nos momentos que acabam…. era a vida transbordando simplicidade, alegria e amizade…  Quando saíamos, os donos da casa ficavam à porta até que virássemos a esquina . Ainda nos acenávamos. E voltávamos para casa, caminhada muitas vezes longa, sem carro, mas com o coração aquecido pela ternura e pela acolhida. Era assim também lá em casa. Recebíamos as visitas com o coração em festa.. A mesma alegria se repetia. Quando iam embora,  Também ficávamos, a família toda, à porta. Olhávamos, olhávamos… até que sumissem no horizonte do entardecer . O tempo passou e muitos se transformaram  em solidão. Hoje, se tem em nossas casas bons professores: televisão, vídeo, DVD, célular, e-mail, face book... vivemos em uma sociedade virtual;  Cada um na sua e ninguém na de ninguém. Não se recebe mais em casa. Agora, principalmente os adolescentes,  combinam  encontros pelo celular,  com os amigos fora de casa: – Vamos marcar uma saída!… – ninguém quer entrar mais.  Assim, as casas vão se transformando em túmulos sem epitáfios, que escondem mortos anônimos e possibilidades enterradas. Cemitério urbano, onde perambulam zumbis e fantasmas mais assustados que assustadores.  Casas trancadas.. Pra que abrir?  O ladrão pode entrar e roubar a lembrança do café, dos pães, do bolo, das broas, do queijo fresco, da manteiga, dos doces caseiros,  dos biscoitos,  do leite…. Não só familiares eram recebidos dessa maneira por muitas famílias de Itararé; Os compadres e comadres, os amigos de nossos filhos e   faziam periodicamente essas visitas e eram recebidos, com um café de uma mesa farta, como se diziam: "Tomar café com as duas mãos".  Só nos restou saudades das pessoas queridas; amigos,  familiares, compadres e comadres, que abriam suas casas. Embora, a virtualidade das pessoas impere, nos dias atuais;  Ser receptivo é uma das maiores qualidade de vida de um ser humano. Tenho a convicção, não generalizando,  tem  muitas famílias receptivas e persistentes,   que  acolhem  singelamente  e com muito amor; Seus entes queridos e amigos,  no aconchego de suas casas.  As visitas na roça  antigamente  eram assim em Itararé, lá pras bandas  de Santa Cruz dos Lopes :  Visita pro compadre e tendo intimidade, entrou em sua casa sem bater.  O compadre estava sentado, na beira do fogão  escutando rádio, o compadre cumprimenta: Oi cumpadre, escuitano uma novela? O compadre responde: Nada sô , futebor, Sum Paulu e Corintiá;   A chaleira já tá chiando, cumpadre, vamu toma um café do bão, eu memo queimu lata, vou prepara um viradinhu di feijão com ovu fritu, Mai qui visita boa carece um café du bão, vamu toma, no rabu du fogão. Seu meninu tá bão?   Cumé qui vai a cumadri Narcisa?  Já devi ter paridu. já tem muitu tempu qui num veju  a sua muié.   Puxa logu  o banquinhu vamu nóis prociá e toma  café.   Se quisé uma branquinha tá du ladu da muringa, acabei di guarda .  Presta o canivete pra modi fumu eu picá. Caça ai nu balaiu uma paiá fininha pra nói doi fumá.  Etá chuva mansinha antionti caiu.  Tava bem presisandu inté a prantação pareci qui sorriu.   Mai im Sum Paulu, choveu pra chuchu, mai na torneia, água teima em fartá. Pois é compadre, eu tô bão da conta, morando eu i Deus, mai acabrunhadu, dês  que Chiquinha foi embora,a felicidade tamém partiu, os fios côs netos tão moranu na cidadi.   Só vivu matutandu e tô carecendu  prosiá, conta as novidadis du nossu arraiá.  Intão tá bão. Oiça, o qui vou contá pra vancê ... 

      Frase de itarareense: " A MULHER FOI FEITA DA COSTELA; IMAGINA SE FOSSE FEITA DO FILÉ" ( Zé Fiuza).

      MULHERES NUAS

                                             
      A violência contra as mulheres é tão antiga quanto à humanidade, pois o macho dominante arvora-se em ser o dono de uma ou mais mulheres e, além disto, muitos usam-nas como simples objeto de prazer e ainda formam preceitos religiosos e legais para subjugá-las. 
      Esta dominação primitiva, digo primitiva, pois desde os primórdios da humanidade o macho reunia um plantel de mulheres para lhe dar prazer sexual, não importando o aceitar ou querer.   Mulheres nuas de quaisquer direitos eram forçadamente a aceitar um macho que em troca apenas lhes davam comida e proteção, jamais importando dar-lhes afeto, carinho e amor, coisa que apesar de mais de duzentos mil anos de humanidade ainda para muitos boçais continua a mesma coisa.  Mesmo hoje, muitos agem apenas como machos, fazendo filhos e mais filhos.   Mas isto é coisa de macho, pois qualquer cachorro, por ser macho também o faz, pois ser macho é fácil, o difícil é ser homem, pois somente um verdadeiro homem assume suas crias e se preocupa em dar a sua companheira, carinho, amor, prazer e ser o provedor.  Já os machos continuam a serem iguais a cachorros, com uma única diferença, os cachorros não agridem as cadelas, mas os machos que infelizmente não são homens, que usam sexualmente destas mulheres nuas de direitos as agridem, transfiguram, maltratam, castram, quando não as matam.   Esses mesmos machos piores que qualquer cachorro, ainda criam conceitos religiosos onde vemos e lemos nas três grandes religiões monoteístas o preconceito doentio engendrado, não por um suposto Deus, mas por machos ignóbeis, ignorantes e extremamente atrasados para subjugar e conter o desenvolvimento destas mulheres nuas de direitos, como podemos  ler em Coríntios 1.7 –“ O varão pois, não deve cobrir a cabeça, porque é a imagem e glória de Deus, mas a mulher é a gloria do varão”.   Ou seja, até Deus discrimina as mulheres. Pois elas são a glória do varão e não de Deus.   Tais loucuras estipuladas pelo homem para subjugar as mulheres nuas de direitos diz em Gênesis 3.16 – “E à mulher disse: Multiplicarei grandemente a tua dor, e a tua conceição; com dor terás filhos, e o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará”.   Ou seja, ele, o macho tem o direito de te dominar, te sujeitar e agredir a seu bel prazer, pois a ele foi dado o direito de te dominar.  Baita sacanagem escrita por algum ancestral abobado e hoje aceita por muitos.  As Nações Unidas reconhecem ser uma violação aos direitos humanos a violência contra a mulher, e em nosso país há a Lei Maria da Penha que se propõe a proteger as mulheres dos maltrato, porém e infelizmente muitas são as mulheres que não denunciam o canalha que a agride, ou mesmo abusa de suas filhas, pois não quer perder o provedor, ou se sentem sozinhas, com medo e vergonha de procurar uma delegacia para denunciar o babaca.   E   infelizmente vão aceitando, pois o macho ardiloso além do mais vem fazendo uma lavagem cerebral que começa dentro do próprio recinto familiar, onde pais, mães, tios e amigos ensinam que isto é vontade de Deus, pois na carta aos Coríntios 14.34   está “As mulheres estejam caladas nas igrejas, porque não lhes é permitido falar. Mas estejam também sujeitas, como também ordena a lei”.  Que lei? Lei inventada por algum mentecapto.  Ou seja, o macho tem o direito dado por esse Deus machista de sujeitar a mulher, ou seja dominar e até matar conforme podemos encontrar nesses livros ditos sagrados.  E para completar essas aberrações vamos encontrar em Coríntios 14.35 esta máxima que diz textualmente que a mulher é uma incompetente e dominada pelo marido aos olhos deste mesmo Deus machista “E se querem aprender alguma coisa, interroguem em casa a seus próprios maridos; porque é indecente que as mulheres falem nas igrejas”.   E entre conceitos religiosos retrógrados e preconceitos sociais e de gênero estúpidos vão as mulheres sendo agredidas. Isso acontece, pois o “macho” que assim age, o violento, agressivo é na verdade um incompetente na cama, que não sabe o que fazer para agradar sua parceira, sofre de ejaculação precoce, de impotência e desconhece que a mulher é um ser superior a todos os machos, pois todo o macho que agride uma mulher é além de imbecil um fracassado sexualmente,  um verme que pensa com seu diminuto cérebro ser um homem. Já os “homens”, esses sabem que as mulheres devem ser bem tratadas e sexualmente agradadas e se as coisas não derem certo, o certo então é viverem afastados, mas nunca agredidas.  Ao que eu saiba, não temos, ainda a intenção das autoridades estaduais, na instalação da Delegacia da Mulher em Itararé.  Esperamos com a criação da 16ª Região Administrativa do Estado, efetue-se, pois Itararé, é a primeira maior cidade da nova Região Administrativa, não incluindo  o município de Itapeva que é sua sede.   Com a implantação, as mulheres, terão o amparo mais efetivo e desinibido, perante as normativas da  Lei Maria da Penha.   No Brasil, também não temos uma visão detalhada e específica do tratamento absurdo que mulheres receberam de seus maridos nos quatro séculos que história que precedem a nossa era.  Mas sabemos que passaram enclausuradas, muitas vezes cobertas da cabeça aos pés, não raro com véus à maneira muçulmana, quase sempre limitadas pelo analfabetismo.   No entanto, é importante que nos lembremos, homens e mulheres, do que já aconteceu, das injustiças cometidas contra mulheres.  Precisamos acabar com qualquer vestígio desses hábitos deploráveis,  para chegarmos com boa consciência ao estado desenvolvido a que aspiramos.  Atualmente, existem 124 delegacias da mulher no estado de São Paulo, com nove na capital. O país conta com 307 delegacias da mulher, ressalvando-se o fato de que o total de municípios com esse tipo de delegacia não chega a 10%.   Em Itararé o atendimento a Mulher e na Delegacia de Polícia de Itararé.   Em algumas cidades cidades que contam com a Delegacia da Mulher, existem "casa" de apoio, oferecendo: segurança a sua integridade física e psicológica, sendo seu endereço não revelado, estas casas de apoio são mantidas pelas prefeituras,  Em nossa região Itapeva, oferece esse apoio Ainda há muito que fazer para as mulheres obtenham os  seus direitos. Agradeço profunda e principalmente aqueles que também não aceitam essas ditas palavras ser de Deus, pois elas são uma afronta à inteligência e a própria humanidade, pois são mesquinhas, contraditórias e cheias de ódio, maldade, arrogância e discriminam tanto as mulheres, que eu aprendi a amar, pois sou filho, sobrinho, irmão, tio, genro, esposo, pai e avô;   DE MULHERES FANTASTICAS.