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quinta-feira, 14 de maio de 2015

ITARARÉ...ESTÓRIAS...CASOS...

FORTIFICANTE..                                                                                                 O casalzinho, Antônio Brum (Bicho CRU) e Euza de Souza, estava namorando junto à portão  do sobradinho. O Senhor Alfredo de Souza, pai de Euza, havia pedido que namorassem com respeito. Vez por outra ele controlava os dois pela janela do segundo andar. Pouco a pouco foram se aproximando um do outro. Quando menos esperavam, pegou-os agarradinhos. Gritou nervosamente: - É assim que você prometeu namorar minha filha com respeito, Bicho Cru?   - Desculpe! Seu Alfredo ! É fraqueza! A gente é fraco.  - MAS MINHA FILHA NÃO É  FORTIFICANTE, NÃO!!

 UM PROCÊ,  UM PRA EU...                                                                                                Bentinho Gaúcho, contou um caso, de  quando era jovem. Quando estava com o seu amigo e tropeiro Luciano Rosa, no pouso da Vila Velha, atualmente município de Taquarivaí.   Tangiam uma tropa de mulas e burros de Itararé a Itapetininga para o Carlito Menck.   O pouso, ficava bem próximo do cemitério  centenário, construído no tempo do império. Vila Velha, foi o primeiro local e denominação do município de  Itapeva. Embora, com poucos moradores, os tropeiros sentiam-se seguros, pois até representante policial  Vila Velha, possuía.  O caso, aconteceu, na década de 20, do século passado.   Para acomodar a tropa no piquete, tinham que passar em frente do  cemitério.   O Luciano, ia como ponteiro e Bentinho como culatreiro, era na realidade uma tropilha com 30 muares. Acomodaram a tropilha.  Dai foram, arrumar as tralhas e atiçar fogo na trempe, para esquentar o feijão tropeiro.  Quando o Bentinho  perguntou: - Luciano, viu a figueira que tá dentro do cemitério? Tá carregadinha!!  - Vi, sim Bentinho, porque tá perguntando? -Tava, matutando , em cata uns figos!!  - De dia, num dá  Bentinho, podemo tenta de noite!!  Madrugada a dentro, o Luciano, de lampião em punho e o Bentinho com dois bornais, (naquele tempo não havia, vigilância, com hoje em cemitérios); Saquear túmulos e adentar a noite, num local sagrado pela a pratica religiosa, , nem passava na imaginação de qualquer cristão.   Pularam o muro, para pegar os frutos, subiram na árvore, o Bentinho, com os bornais , pendurados em cada ombro e  o lampião em uma das mãos do Luciano  e começaram a dividir o "prêmio": - Um procê, um pra eu. Um procê, um pra eu.  De repente um falou pro outro: - Ocê deixô cair dois pra fora do muro. - Não faz mar,  dispois a gente pega os de fora. Então pra frente: Um procê, um pra eu...Um procê, um pra eu.   Um sujeito que ia passando  escutou esse negocio de "um procê, um pra eu"  foi chamar: "o quarteirão da Vila Velha, (representante policial); Venha comigo!!   Deus e o diabo estão no cemitério dividindo as almas dos mortos!!.  O Quarteirão da Vila e o sujeito, foram ver o que estava acontecendo, e ficaram escutando, amedrontados;  Era pura verdade.  Primeiro viram uma luz intensa na figueira, após, ouviram: - um procê, um pra eu.  Tá pronto.  Quando "raparam" a figueira, o Luciano, disse para o Bentinho: Agora, vamo pegar aqueles dois que estão do lado de fora do muro!!  -Cooorrreeee,  gritaram apavorados, os dois que estavam do lado de fora do muro do cemitério.   Acreditando, com certeza, que o "fim dos tempos" havia chegado.  -Bentinho: - "Eu  e o Luciano saimo de fininho do cemitério e fumo se acomodá no pouso e  antes de crariá o dia, pegamo o caminho,  rumo pra Itapetininga, Não  sabemo. nem ovimo:  O zum-zum, do acontecido!!".

 BAR DO CALISTRATO...
Calistrato de Oliveira Pontes, nasceu para ser dono de bar, mister que desempenhou com  competência  impar.   O Calistrato, como ninguém tinha um jeito muito educado e dedicava-se ao seus fregueses atendimento familiar, a filha Marilene e a esposa Dona Helena, o ajudavam durante o dia e a noite, contava com barmen, muito especial, nada mais na menos, que o nosso poetinha Silas Correa Leite, (ainda bem jovem),  O Calistrato criava momentos mágicos. evitando assim momentos trágicos, aqueles que surpreendem negativamente os clientes.  O Bar era instalado no inicio da Rua XV de Novembro, em frente da Praça Cel Jordão.  Instalado no mesmo local há anos.  Calistrato.  conhecia como ninguém a gastronomia de boteco,  salgadinhos, sanduiches e  aperitivos, elaborados pela esposa Dona Helena, que a noite trocava, o atendimento de  balcão , pela cozinha. O Bar, além de ser estabelecido no centro de Itararé, contava com as retretas da Banda, sob a matuta do maestro José Melillo aos domingos, uma multidão.  faziam o footing (passeio), na Rua  XV de Novembro,   da praça até a sede do Clube Atlético Fronteira. Durante a semana, contava com os alunos do Grupo Escolar Tomé Teixeira e a noite com os alunos da Escola de Comercio.  Seu bar, realmente tinha uma clientela fiel, tanto pela estratégia da localização como pelas delicias das guloseimas. Ao lado, ficava o Hotel Brasil, de propriedade do Walter Pelissari. Em um aspecto diferenciava de outros bares de Itararé: os boêmios não frequentavam  e nunca houve uma roda de samba. Vendia normalmente bebidas alcoólicas,  como os outros concorrentes. Lembro, que em um domingo, o bar lotado, entra o Fernando (Mil Cores), ostentando um cavaquinho, o Teléco, violão e o Romero, pandeiro, sentaram em uma mesa pediram petisco e cerveja e não deu outra, começaram a tocar e cantar e logicamente atraiu muita gente, na grande maioria expectadores a apreciadores de uma boa musica.  O Calistrato, com argúcia de muitos anos de estrada, educadamente dirigiu para o Fernando e pediu que a cantoria parasse, usando argumento irrefutável: "Eu vendo petisco e cerveja.  O hotel (Hotel Brasil,  que é vizinho ao lado e pelo telhado): VENDE. "SONO".

Frase de itarareense: "Perguntar não ofende.  Onde fica a frente de uma árvore???  Você sempre diz: Vou dar uma mijada ali atrás daquela árvore!!  Por dedução lógica;  A frente da árvore sempre será o lado oposto da mijada"-Jairo Jancoski : (Titica)
 

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