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quarta-feira, 30 de setembro de 2015

EXÔDO RURAL...É A SOLUÇÃO?

Vamos narrar,  conjunturas que afetam as famílias que residem na zona-rural...  E estão ligados à falta de políticas de desenvolvimento, tais como a construção de infraestruturas básicas - estradas, pontes, sem acrescentar "os galhos", de acesso as propriedades, escolas,  postos de saúde que tenham medicamentos, enfermeiro e medico .   Alguns tópicos que incentiva o êxito-rural e da  real  situação, de como a vida do pequeno agricultor esta cada vez mais difícil:                                        -Olá Luís, quanto tempo! Eu sou o Zé, teu colega de ginásio noturno, que chegava atrasado, porque o transporte escolar do sítio sempre atrasava. Lembra, “né”? O Zé do sapato sujo... Tinha professor e colega que nunca entenderam que eu tinha de andar a pé mais de uma légua para pegar a condução. Por isso, o sapato sujava.   Se não lembrou ainda, eu te ajudo: lembra do Zé Cochilo?(hehehe...) Era eu. Quando eu descia da condução de volta pra casa, já era 11 e meia da noite e, com a caminhada até em casa, quando eu ia dormir já era mais da 1 da manhã. Antes de clarear o dia , o pai precisava da minha ajuda pra tirar o leite das vacas. Por isso, eu só vivia com sono. Do Zé Cochilo você lembra, “né”, Luís?   Pois é... Estou pensando em mudar para viver aí, na cidade, que nem vocês. Não que seja ruim o sítio - aqui é bom. Muito mato, passarinho, ar puro... Só que acho que estou estragando muito a tua vida e a de teus amigos aí, da cidade. “Tô” vendo todo mundo falar que nós, da agricultura familiar, estamos destruindo o meio ambiente. Veja só! O sítio do pai, que agora é meu (não te contei: ele morreu e tive que parar de estudar), fica só à uma hora de distância da cidade. Todos os matutos daqui já têm luz em casa, mas eu continuo sem ter porque não se pode fincar os postes dentro de “uma tal” de APP que criaram aqui, na vizinhança. Minha água é de um poço que meu avô cavou há muitos anos: uma maravilha! Mas um homem do governo veio aqui e falou que tenho que fazer uma outorga da água e pagar uma taxa de uso, porque a água vai se acabar. Se ele falou, deve ser verdade, “né”, Luís? Pra ajudar com as vacas de leite (o pai se foi, “né”...), contratei Juca, filho de um vizinho muito pobre aqui do lado. Carteira assinada, salário mínimo, tudo direitinho - como o contador mandou. Ele morava aqui, “com nós”, num quarto dos fundos de casa. Comia com a gente, que nem da família. Mas vieram umas pessoas aqui, do sindicato e da Delegacia do Trabalho, e falaram que se o Juca fosse tirar leite das vacas às 5 horas tinha que receber hora extra noturna, e que não podia trabalhar nem sábado, nem domingo. Mas as vacas daqui não sabem os dias da semana e, aí, não param de fazer leite. Os bichos aí da cidade sabem se guiar pelo calendário? Essas pessoas ainda foram ver o quarto de Juca, e disseram que o beliche estava 10 cm menor do que devia! Nossa! Eu não sei como encompridar uma cama, só comprando outra, “““né”””, Luís? O candeeiro eles disseram que não podia acender no quarto; que tem que ser luz elétrica, que eu tenho que ter um gerador pra ter luz boa no quarto do Juca. Disseram ainda que a comida que a gente fazia e comia juntos tinha que fazer parte do salário dele. Bom, Luís, tive que pedir ao Juca pra voltar pra casa, desempregado, mas muito bem protegido pelos sindicatos, pelo fiscais e pelas leis. Mas eu acho que não deu muito certo. Semana passada me disseram que ele foi preso na cidade, porque botou um chocolate no bolso no supermercado. “Levaram ele” pra delegacia, bateram nele e não apareceu nem sindicato nem fiscal do trabalho para “acudir ele”.  Depois que o Juca saiu, eu e Marina (lembra dela, “né”? Casei!) tiramos o leite às 5 e meia; aí, eu levo o leite de carroça até a beira da estrada, onde o carro da cooperativa pega todo dia - isso se não chover. Se chover, perco o leite e dou aos porcos; ou melhor, eu dava. Hoje eu jogo fora. Os porcos eu não tenho mais, pois veio outro homem e disse que a distância do chiqueiro para o riacho não podia ser só de 20 metros. Disse que eu tinha que derrubar tudo e só fazer chiqueiro depois dos 30 metros de distância do rio, e ainda tinha que fazer umas coisas pra proteger o rio, um tal de digestor. Achei que ele estava certo e disse que ia fazer, mas só que eu sozinho ia demorar uns “trinta dias” pra fazer. Mesmo assim, ele ainda me multou e, pra poder pagar, eu tive que vender os porcos, as madeiras e as telhas do chiqueiro. Fiquei só com as vacas. O promotor disse que, desta vez, por esse crime, ele não vai mandar me prender, mas me obrigou a dar 6 cestas básicas pra uma entidade social  da cidade.  Ô Luis, aí, quando vocês sujam o rio, também pagam multa grande, “né”? Agora, pela água do meu poço eu até posso pagar, mas “tô” preocupado com a água do rio. Aqui, agora, o rio todo deve ser como o rio da cidade: todo protegido, com mata ciliar dos dois lados. As vacas agora não podem chegar no rio pra não sujar, nem fazer erosão. Tudo vai ficar limpinho como os rios aí da cidade. A pocilga já acabou, as vacas não podem chegar perto. Só que alguma coisa “tá” errada: quando vou na cidade, nem vejo mata ciliar, nem rio limpo. Só vejo água fedida e lixo boiando pra todo lado. Mas não é o povo da cidade que suja o rio, “né”, Luís? Quem será? Aqui no mato agora quem sujar tem multa grande, e dá até prisão. Cortar árvore, então... Nossa Senhora! Tinha uma árvore grande ao lado de casa que murchou e estava morrendo. Então, resolvi derrubar pra aproveitar a madeira antes dela cair por cima da casa. Fui no escritório daqui pedir autorização. Como não tinha ninguém, fui no Ibama regional, preenchi uns papéis e voltei para esperar o fiscal “vim” fazer um laudo, para ver se depois podia autorizar. Passaram cinco meses e ninguém apareceu pra fazer o tal laudo. Aí, ai eu vi que o pau ia cair em cima da casa e derrubei. Pronto! No outro dia chegou o fiscal e me multou. Já recebi uma intimação do Promotor porque virei criminoso reincidente. Primeiro, “foi” os porcos, e agora foi o pau. Acho que desta vez vou ficar preso. “Tô” preocupado, Luís, pois no rádio deu que a nova lei vai dá multa de R$500 a R$20 mil por hectare e por dia. Calculei que, se eu for multado, eu perco o sítio numa semana. Então, é melhor vender e ir morar onde todo mundo cuida da ecologia.  Vou pra cidade: aí, tem luz, carro, comida, rio limpo... Olha, não quero fazer nada errado; só falei dessas coisas, porque tenho certeza que a lei é pra todos. Eu vou morar aí, com vocês, Luís. Mas fique tranquilo: vou usar o dinheiro da venda do sítio, primeiro, pra comprar “essa tal” de geladeira. Aqui, no sítio, eu tenho que pegar tudo na roça. Primeiro, a gente planta, cultiva, limpa e reza pra que chova no tempo certo, só depois, colhe pra levar pra casa. Aí, com vocês, é bom que é só abrir a geladeira que tem tudo. Nem dá trabalho. Nem planta, nem cuida de galinha, nem porco, nem vaca É só abrir a geladeira que a comida “tá” lá: prontinha, fresquinha, sem “precisá” de nós, os criminosos aqui, da roça.  Até mais, Luís.
Poesia de  itarareense:  ....Tudo aqui é beleza/Tem canto da passarada/Encantos da natureza/Aqui é minha morada.  Agradeço a Deus, por isso tudo/Esse rincão pedacinho de mundo/Que eu quero permanecer/ No meu cantinho e meu chão/Pois nesse meu doce sertão/ que nasci e quero morrer". - Vandico Carlos Machado, Saudoso poeta sertanejo, nascido no Bairro Santa Barbara, em 06/01/1934 , viveu toda a sua vida no seu cantinho e no seu chão, vindo a  falecer  em 17/04/1998. Fica a sensação antecipada de sermos alertados sobre o que vai acontecer na nossa Zona-Rural, nos versos da última  estrofe da poesia  intitulada:  Meu Cantinho no Sertão.    Foi escrita   em 1958.




quinta-feira, 24 de setembro de 2015

COLETÂNIA


INCONFORMADO

Animais abatidos e apreendidos. Pelos fiscais municipais foram na segunda feira passada mortos muitos cães vagabundos, assim como foram apreendidos bastante cabras, cavalos e vacas, que pastavam em vários terrenos baldios da cidade.  O cidadão José Costa da Luz, conhecido popularmente como  Beca, proprietário de uma grande gleba de terra,  nos altos da cidade,  dirigiu até ao gabinete do prefeito Eugênio Dias Tatit, reclamando da apreensão de suas cabras e vacas; Reivindicando a soltura imediata de seus animais. O prefeito explicou que para efetuar a soltura teria que pagar uma taxa, no valor de Cr$ 20,00 (vinte cruzeiros) por animal.  Para a surpresa, do prefeito, mandou fazer o calculo de  um mês de multas.-"Os meus animais  continuarão  soltos, até que   possa,  cercar um piquete". Argumentou o senhor Beca. "O Itararé" - 04/03/1945.

CHAPELARIA E FABRICA DE CHAPEUS CUNHA 
Euclides Chaves da Cunha, proprietário da fábrica de chapéus Cunha, comunica sua destinta clientela que esta produzindo chapéus do modelo ramezzoni em feltro sob medida e reforma-se chapéus  de pano, feltro e panamá. Rua São Pedro nº1.782, em frente agência Ford. - "O Itararé" -15/5/1958
 
ESPERTALHÃO                                                                                         O indivíduo José Aparecido do Rosário,  há pouco tempo hospedou-se na Pensão da Dona Elisa; sita á rua Padre José Jovino,  desta cidade e permaneceu durante um mês, tendo tudo do bom e do melhor. Ante-ontem, porém, Rosário viu que era tempo de bater a linha da plumagem, o que fez deixando o sra. Elisa de Souza e seu marido JucaVitorino, proprietários da referida Pensão, a verem navios, ou por outra, a contarem nos dedos a importância de Cr$1200,00, que lhe ficara devendo. Os interessados deram queixa à policia e esta providenciou conforme o caso exige. "O Itararé"- 10/12/1961.

RECLAMAÇÃO
Pediram-nos diversos moradores desta cidade, para que fossemos porta-voz ao zeloso delegado de polícia  Dr.  Fito Prates da Fonseca, de diversos distúrbios e tiroteios praticados quase que todas as noites no trecho da rua Prudente de Morais, esquina com  rua 1º. de Maio.  Ao que sabemos, o referido local é ponto de reunião de uma malta de desoccupados que á noite fazem medonho escarcéu, sobresaltando todos os moradores daquele bairro. Estamos certos de que o dedicado dr. Fito Prates, energeticamente providenciará fazendo cessar para sempre esse abuso.   QUEIXA: Sebastião Gonçalves queixou-se ontem, ao dr. Delegado de polícia desta cidade que, passando ante-ontem à noite pela rua, da prefeitura, foi agredido por três indivíduos, os quais não conhece. O queixoso foi submettido a exame de corpo de delito, sendo tomadas por termo as suas declarações. - "O Itararé"- 04 /01/1920.

PRECISA-SE 
De um menino esperto para vender revistas. Tratar na rua 15 de novembro no Estabelecimento Tatit Ltda.  Falar com Jorge Chueri ou Bráulio.  "O Itararé"- 13/01/1957.

PARTIDOS A DAR COM  PAU  
Já são 34 os partidos políticos legalmente constituídos no Brasil em 2015. Outros tantos tentam obter o registro. Parece, pelo menos para os políticos, que a criação de novos partidos é um bom negócio. Por isso, fidelidade à parte, os políticos trocam de partidos, ao sabor de suas conveniências, como quem troca de roupa após o banho.  A profusão de partidos políticos, aumentando a representatividade, fortalece a democracia, dizem alguns. Penso diferentemente. Não há ideologias para tantas siglas partidárias e, a toda evidência, a verdadeira representatividade passa pela qualidade e não pela quantidade de eleitos.   E a salada indigesta que se verifica nos apoios dos partidos nos diferentes níveis de governo? O partido A, na esfera federal, apoia o governo; na esfera estadual, é oposição ao governador do mesmo partido do presidente e, no município, apoia o prefeito que faz oposição ao presidente e ao governador. Pobre do eleitor.
Frase de itarareense: "O preço por não se discutir religião e politica é ser enganado por falsos pastores e políticos corruptos". -Leônidas dos Anjos-CUCA.

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

MEMORIZANDO...

 

Na minha imaginação. Um carro de boi descia lentamente a rua cascalhada em direção a Estação Ferroviária, levando uma pesada carga de algodão. , para a beneficiar na algodoeira do Gabriel Jorge   Merege., que ficava bem próxima da estação.   O carreiro Alan Kardec Ferreira, ia à frente da boiada de seis bois zebus mouro-rosa. A longa vara de guatambu, quase três metros, descansava solene no ombro da camisa xadrez azul e branco, com a ponta voltada para o céu. De vez em quando ele olhava para trás e brandia o ferrão fazendo a argola tilintar para mostrar à junta de guia a direção a seguir, embora a boiada já conhecesse de cor e salteado aquele trajeto, trazendo cargas de feijão, milho, lenha em outras ocasiões do ano, para serem transportada pela E.F. Sorocabana.   Alan Kardec, carreiro de meia idade, homem alto, rude, pele queimada debaixo de um chapéu de junco amarelado, porém bem conservado – era o chapéu de vir à praça. O da lida diária lá no bairro de Santa Cruz dos Lopes, era de palha e estava bastante puído – seguia meio cabisbaixo parecendo enfadado. Não seguia sozinho. Atrás do carro que cantava triste uma melodia indefinida, seguia seu filho que devia ter uns 12 anos. O garoto com as bochechas rosadas do sol da manha, se vestia parecido com o pai; Bota cano alto de couro cru, calça brim , de pouco uso, camisa xadrez azul -branco. O chapéu era de palha branca com uma listra azul e estava preso à cabeça por uma tira de couro que passava por baixo do queixo. Parecia estar usando pela segunda ou terceira vez. Muito vivaz, corria de um lado a outro do carro dando ordens – desnecessárias – à parruda junta de coice. (Quero fazer um adendo verídico,  nessa imaginária narração: Alan Kardec Ferreira, foi uns dos maiores carreiros de Itararé, construiu com demais carreiros  e carroceiros a estrada que liga Santa Cruz dos Lopes/Matão/Santa Barbara/Lajeado, a foice e enxadão, construiu várias pontes.  O Prefeito Floriano Cortes, fez uma justa homenagem. perpetuando-o com      nome dado a estrada municipal  citada. Após esse adendo, continuo com as memorias, com personagens que embora no anonimato muito fizeram por Itararé).
Pouco abaixo da esquina o carro que descia carregado cruzou com outro que subia. Era puxado por uma boiada de quatro juntas, todos bois jovens, de cerca de quatro anos, exceto a junta de coice, mais herada. A boiada, também moira, predominantemente branca, puxava um carro parcialmente vazio com sacos de milho, para  o Carlito Mench, tropeiro,  comprador de muares e suínos,  por isso cantava menos, predominando o som grotesco e sem ritmo das duas rodas de ferro no cascalho rústico da velha rua, o carreiro era o senhor Boa Aventura Dias,  Naquele momento passaram também dois cavaleiros lado a lado em direção ao Corredor da Cruz (atual rua Santa Cruz), rumo ao Paraná. O da direita montava um imenso cavalo baio,   crina dourada bem aparada, era um comprador de suínos do Frigorifico  Matarazzo,  enquanto o da esquerda,  o senhor José de Lima, um dos maiores compradores de suínos de nossa terrinha.  Cavalgava uma garbosa mula preta marchadeira com orelhas tão grandes que mais pareciam um coelho, era a  mula Cigana , famosa pelo causo narrado pelo José Maria do Ponto.  O baio levava no arreio um pelego pardo, combinando o tom de cor com a da pelagem, enquanto a mula preta tinha o peso mais leve do muladeiro  atenuado por um pelego vermelho e uma sela preta com cabeçalho de prata o peitoril com argolas de alpaca . Não levavam nada além da guaiaca., mas, ambos carregavam uma mala de garupa, nas ancas dos animais.
Bem vestidos e cobertos por chapelões de feltro, pareciam que iam  à negocio para compra  de porcos, na região de São Domingos.   Carros de bois, cavalos, cavaleiros, mulas burros, tropeiros, porcos e uma bagageira que surgia na curva da rua São Pedro, com a rua Cel. Frutuoso (a do Grupo Escolar de Itararé e do mercado) não eram novidades para ninguém, estavam acostumado com este trafego no Caminho das tropas ( R. São Pedro). Mas fazia um meses que eu mudara e morasse a uns deis quarteirões dali, fazia bom tempo que não vinha  deste lado da cidade. Por isso fiquei alguns minutos observando o transito… para matar a saudade., muitas  vezes poeirenta, às vezes barrenta e às vezes pedregulhenta rua São Pedro era rota imprescindível de carreiros, cavaleiros e tropeiros que vinham de Santa Cruz, Pedra Branca Cerrado entre outros bairros de Itararé, trazendo algodão,  arroz, milho, feijão, polvilho, frangos,  ovos, rapadura, farinha de monjolo e outros produtos agrícolas do norte do município para abastecer o mercado o comercio em geral e as casas, pois muitos sitiantes paravam suas carroças em um quarteirão e vendiam a domicilio para as  donas de casa que faziam suas compras.  Quantas boiadas  e tropas passaram oriundas do sul do Brasil.   Para  atravessar a rua das tropas ( São Pedro), os pedestre tinham  que desviarem  dos estrumes,  que aliais,  muitos moradores faziam a coleta para adubar sua horta e jardim. Esta era a pacata e lendária Itararé.
Eu posso mudar. Eu posso viver da minha imaginação ao invés da minha memória, que tem um potencial ilimitado ao invés da minha limitada imaginação.
Frase de itarareense: "Se nos pensamos, existimos. Se nos percamos , resistimos.  Se nos encontramos, persistimos. Se nos alegramos investimos. Se aborreçamos  desistimos.  Somos isso e nada disso. Bendito! Maldito! Sombra e viço,/ Nosso próprio feitiço". - Dr. Ní Lobo. 






segunda-feira, 14 de setembro de 2015

COLETÂNIA...

 

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

PITACOS ...

GABINETE ITINERANTE...
Fugindo de provocar qualquer polêmica, quero apenas fazer constar neste espaço  uma opinião bastante particular sobre o gabinete legislativo itinerante: trata-se da importância de se quebrar alguns paradigmas erroneamente formados. Penso que um (a) vereador (a) se elege com o honroso dever de se colocar a serviço do Município e estar bastante acessível aos munícipes, devendo, por obrigação e ideal, cumprir suas atribuições ainda com maior abnegação. Desta forma, eu entendo que o gabinete itinerante sai do convencional para ir ao encontro das reais necessidades do Município em resposta aos anseios dos cidadãos. No meu modesto entendimento, pois, um gabinete itinerante não é mais do que sinônimo de trabalho com um assessoramento legitimo e os nobres edis, poderão  avaliar  in-loco
as reinvindicações apresentadas.

INDIGNAÇÃO...
Semana passada li em uma matéria que quase um terço das crianças com menos de 2 anos toma refrigerante ou suco artificial. Os dados são de Pesquisa Nacional em Saúde (IBGE). A mesma pesquisa mostra que esse percentual aumenta nas regiões de maior renda do País. Fiquei chocado. Para quê dar refrigerante para crianças tão pequenas? É um veneno. E com tanta fruta nesse nosso País, não é difícil oferecer a nossos filhos um delicioso e saudável suco natural. Se o problema é tempo para preparar, ofereça água. Nossos filhos são tão pequenos, ainda não conhecem esses sabores são artificiais, então não vão sentir falta. Refigerantes e sucos artificiais são ricos em acúcares e totalmente contraindicados para crianças nessa faixa etária. Não é a toa que a obesidade infantil é um problema mundial inclusive no Brasil. Sem falar que o excesso de consumo desses produtos pode levar a diabetes na adolescência e na fase adulta. Além do problema com o açúcar, esses produtos também podem levar a sobrecarga no rim, devido aos conservantes, muitas vezez com sódio. Vamos ser mais conscientes com a alimentação dos nossos filhos, principalmente nessa fase em que é mais fácil controlar o que consomem. Investir na saúde dos nossos filhos não custa nada.

AS FOTOGRAFIAS...
Antigamente indicadas por retratos, hoje cheia de modismos como os “selfies” e divulgadas amplamente em redes sociais, constituem-se em fortes instrumentos para relembrarmos momentos que marcaram nossas vidas. Por isso, há cientistas sociais que dizem, em quaisquer circunstâncias, até nos flagrantes de tristeza, geram memórias positivas na construção da cultura familiar. Com efeito, têm o poder de renovar, através da lembrança, compromissos, votos, sonhos e nos faz reviver aspectos que geram esperanças.  Aproveitando a ocasião, reiteramos a sua relevância. Como afirma o ditado popular, “uma imagem vale mais do que mil palavras”. Realmente, a fotografia pode ser construída de fragmentos que representam o presente no exato instante do clique, mas segundos depois ou até mesmo anos, irão representar o passado de um objeto, indivíduo ou lugar. Fruto de uma cena elaborada ou simplesmente ao acaso rendem a história, o registro e revalorização da ocasião registrada. Com a introdução de valências estéticas também se tornaram numa das mais importantes e apreciadas formas das artes visuais. E nessa área tem sido responsável por exposições de trabalhos de excelente nível, incluo o lançamento do álbum de Claro Janson.   Aproveitando o tema, é inacreditável  que Itararé, não possua o acervo fotográfico da família JANSON.

NO FUNDO DO POÇO...
Com 32 partidos políticos legalmente instituídos e um monte de outros só aguardando a vez para entrar no rendoso mercado partidário/eleitoral, não apenas a nossa, mas nenhuma outra democracia poderá ser conduzida com a necessária seriedade. Ora, se o nosso Congresso Nacional é constituído por representes de 28 agremiações partidárias, e o presidente da República, hoje Dilma Rousseff, e ainda que fosse Aécio Neves, para compor sua maioria congressual, só conseguirá compô-la trocando apoio parlamentar por ministérios e/ou presidências de estatais. Desta aberração surgiram o mensalão e o petrolão. Portanto, em se mantendo as mesmas causas, por certo, novos escândalos surgirão.

NOVA MODA DE OSTENTAÇÃO...
Olá amiga , cadê aquela sua correntona de ouro, os brincos , os anéis e o relógio importado??  -Vendi, minha amiga.   Ostentação agora é ir a um Supermercado e conseguir encher o carrinho de compras!!

Frase de itarareense: A cocaína leva o usuário até as nuvens, mas não oferece paraquedas!! (J.Carvalho).