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quarta-feira, 13 de agosto de 2014

A PRENDA E A PROFECIA...

A PRENDA...
Este caso, foi narrado nos famosos bancos do Ponto de Taxi São Pedro, não lembro o nome do contador.  Era um local onde reunia-se muitas pessoas, as fofocas e casos fluíam na maior naturalidade. Além dos taxistas Zezé, Tambiú, Pixilico, Mario Libanio, Nestor Chuabi, Dito Soares e o seu filho Joanito, os cidadãos e  frequentadores assíduos: João Adolfo Ferreira, Augusto Padro e José de Lima, estavam presentes.   Vamos ao caso:
O casal, Aurea Santos Prado e Augusto Prado, um próspero fazendeiro itarareense, receberam a visita do Padre Teotónio, que além da peregrinação e o contato com os fieis, também aproveitava para ganhar alguma doação ou prenda  para a quermesse, onde a rendas arrecadadas era  para ajudar na recente construção da Igreja de São Pedro.    Itararé, na época era uma cidade, onde a maioria da população vivia na zona rural.  A vocação do município era essencialmente agrícola, mas na região onde localizava-se a fazenda Pedra de Afiar, que ficava na divisa de Itararé com Ribeirão Vermelho do Sul, margeando o Rio Verde, a  pecuária destacava-se economicamente.  Além de fazendeiro Augusto Prado, tinha uma serraria na cabeceira do Córrego Tatit, atual Avenida Kennedy, também estávamos no ciclo da madeira, anos de uma grande prosperidade económica para Itararé.   Além do beneficiamento da madeira, fornecia  lenha  para a   Estrada de Ferro Sorocabana e varias residências, é oportuno lembrar que maioria dos fogões eram a lenha   A madeira para à   lenha e as toras que serrava   eram oriundas da fazenda Pedra de Afiar, onde se desmatava para dar lugar para o plantio de  pastagens para o gado.  E logicamente a visita ao Augusto Prado, constava no rol de visitas do padre Teotônio, já que era um dos principais colaboradores da igreja, sempre doando lenha ou um boi erado..  Conversa vai, conversa vem ...Dona Aurea, como toda sua hospitalidade, serviu um licorzinho e convidou o padre  para o almoço.  Após, um delicioso franguinho caipira ao molho com polenta e um bom vinho colonial.
No alpendre, com uma bela vista, para a invernada, onde destacava o verde da pastagem;
 Cheio de orgulho, o Augusto Prado falou ao padre:
- Olha só,  padre, como os pastos estão bonitos e bem cuidados!
Aí, o padre respondeu:
- É, meu filho, São Pedro ajuda.
  E o Augusto  retrucou:
- Olha só  padre Teotônio , como o gado está bonito!
Mas o padre novamente falou:
- São Pedro, ajuda, não é, meu filho.
Meio sem paciência e carente de elogios do padre, o Augusto Prado, respondeu: 
- Ah, padre Teotônio.. O senhor precisava ver quando São Pedro, estava sozinho aqui como era esta fazenda.....
O Padre Teotônio, ficou meu sem jeito e levantando para despedir-se. foi interrompido pelo Augusto Prado: - Padre Teotônio, pode ficar despreocupado que  no dia 29 de junho ,   mandarei um caminhão de lenha, já picada, pronta para ir ao fogão, para o Adolfo Bandoni, leiloar na Festa de São Pedro.

PROFECIA...                                                                             Silvio de Mello, por longos setenta anos, foi sacristão  de nossa Santa Igreja Católica em Itararé (1914/1984).   Era um exímio contador de casos, principalmente os que acontecia na  nossa Paroquia.  E um desses casos aconteceu com o padre Belloti:   Ao fazer a encomenda de uma alma, o padre referiu-se ao defunto depreciando sua imagem, o que não agradou seus amigos. Estes, revoltados, resolveram tirar satisfação com o padre que conseguiu escapar desculpando-se.    Retomado dias depois para rezar a missa de Santa Terezinha. Durante a missa, na hora do sermão o padre Belloti  profetizou: - Santa Terezinha vai derramar uma chuva de rosas nesta cidade., em agradecimento aos irmãos que foram pedir explicação ao sermão que fiz na missa  de corpo presente de  um  amigo;  compreenderam os meus argumentos.    No mesmo dia, o tempo escureceu e caiu sobre Itararé, uma chuva de pedras enormes. Granizos enormes destelharam muitas  casas, quebraram vidraças e invadiram residências. Para se protegerem, as pessoas . escondiam-se debaixo das mesas.
Quinze dias depois havia ainda vestígios da chuva!!!   


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