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sábado, 27 de fevereiro de 2016
O grande "orador"
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016
A "COZINHEIRA"- JUVÊNCINA BENVINDA DA SILVA...
Meus pais, Maria Aparecida Lima de Fazio e Zuani de Fazio, juntamente com minha tia Maria de Fazio, vieram morar em Itararé, em 1951. Se estabeleceram comercialmente com o ramo de Churrascaria, aliais a primeira montada em Itararé, situada na Rua São Pedro, onde hoje é o prédio da família do José Bandoni. O nome Churrascaria Bambu , foi uma alusão ao prédio construído todo de bambu. Uma curiosidade a pinga Rosário, era servida como aperitivo gratuitamente em um gomo de bambu chinês entre os nós, ficou famoso o aperitivo. Em 1954, a família construiu um prédio em alvenaria, na rua São Pedro, n. 1890. Por volta de 1960, contrataram uma cozinheira experiente , que além de ser uma cozinheira de "mão cheia", era uma eximia no assadora e no preparo de churrasco. Eram servidos em espetos individuais de galeto lombo, bisteca e filé mignon. Minha mãe e minha tia , também cozinhavam muito bem, resolveram que a Juvêncina, iria cuidar exclusivamente da churrasqueira. Dona Juvêncina Benvinda, fazia um churrasco muito gostoso e assado conforme o pedido do freguês e tudo estava correndo as mil maravilhas tanto para a freguesia, como para a minha família. Só uma coisa estava preocupando, a conta no açougue do José Campanelli, estava muito alta, pois o pagamento era feito semanalmente, os garçons emitiam um comando dos pedidos, que serviam de controle do caixa e aos vários tipos de carnes. O lombo e o filé mignon servidos, não batiam com o estoque. Desconfiado meu pai, foi ao açougueiro e falou de sua preocupação com a conta, quando para a surpresa de meu pai, ele apresentou todas as notas assinadas pela minha mãe ou pela minha tia. Ficaram de orelha em pé , pois julgavam dona Juvêncina, muito correta e não achava que ela, poderia estar fazendo aquilo. Ela tinha um salario bom e pontual, acho que não merecia aquilo. Passaram a investigar para não falar coisas que não pudesse provar, pois ela já tinha uns dois anos de serviços prestados pra a Churrascaria Bambu. Todos os domingos, ela saia ao termino do almoço, e em um desses domingo que aconteceu o que vou relatar: Após a limpeza e guardar as carnes, não consumidas no congelador, ela estava tomando banho, ela não viu minha mãe chegar e entrar no seu quarto e se deitar um pouco para tirar uma soneca, após árduo dia de trabalho. A nossa casa ficava aos fundos, a dois metros do prédio da Churrascaria, foi quando ouviu, que ela já tinha saído do banheiro, falar ao telefone com outra pessoa mais ou menos assim: "Olha prepara o arroz, o vinagrete e o carvão, porque o filé mignon e o lombo eu estou levando, vão dar pra umas 10, ou mais pessoas, pode chamar a turma pro churrasco". Contava minha mãe, que ficou assustada, más essa é a hora que ela tanto estava esperando para descobrir o seu roubo. Ao sair do quarto viu a sua enorme bolsa muito cheia, em cima da mesa da sala. Ela ficou nervosa com a presença de minha mãe, pois não sabia que ela estava ali. Como estávamos reformando o quarto da empregada, tinha um monte de azulejo, tijolos, pedra ardósia quebrados lá no quartinho. Minha mãe, teve uma ideia genial para o caso. Pediu a dona Juvêncina, que antes de ir embora, fosse na padaria do Brás Forcinete, comprar pão, presunto e queijo para o nosso lanche da tarde. Ela não teve como negar, pegou sua bolsa levou lá pro quarto da empregada, puxou a porta e foi comprar o lanche que pediu minha mãe. Quando ela saiu, dona Aparecida, minha saudosa mãe, foi até o quartinho, abriu sua bolsa e deparou com mais ou menos uns cinco quilos de carne de mignon e lombo. Meu pai e eu que chegamos nesta hora e fazemos a troca das carnes. Pegamos os tijolos os azulejos e parte das pedras e enchemos a bolsa da Juvêncina, deixando-a como se não tivesse sido mexida. Sentamos na sala e ficamos conversando e escutando rádio. Dona Juvêncina Benvinda, tocou a campainha, a Churrascaria estava fechada, mas tinha um acesso lateral que dava acesso a nossa casa, entrou, entregou a compra, foi ao quarto pegou sua bolsa, com certeza viu que estava do mesmo jeito, despediu-se, e saiu toda contente, levando suas "compras" pro churrasco. Infelizmente, não fiquei sabendo o resultado. Ela, nunca mais apareceu em nossa Churrascaria , nem pra receber os dias restante de salário. MORAL DA ESTORIA. DONA JUVÊNCINA BENVINDA NÃO FOI BEM VINDA, más, mesmo assim, pagou um pouco do prejuízo que causou aos meus pais.
SANTA MISSÃO...
Na década de 1950, em pleno ciclo da madeira em Itararé e região, apareceram padres pregando o evangelho, tentando, dado ao grande números de incrédulos que trabalhavam no corte de madeiras e serrarias instaladas nas zonas rurais dos municípios de nossa região; Originários de vários estados brasileiros. Proporcionavam muitas brigas com posseiros mortes, crimes quase que hediondo.. Então, a igreja, resolveu mandar os padres, para esses lugares , onde o povo, desconhecia totalmente os mandamentos da lei de Deus. Os padres percorriam as regiões fazendo suas pregações e com isto, ficavam até 3 ou mais meses pregando, sem voltarem a sede das igrejas de vários municípios de nossa região no Estado de São Paulo, como vários municípios da região Leste, do Estado do Paraná. Ambas regiões, em muitos locais não possuíam estradas de rodagem, o padre e um sacristão, percorriam as paróquias, quase sempre em cavalos e animais de carga, levando os seus apetrechos e mantimentos para o sustento dos mesmos, durante as pregações. Eles pediam a algum fazendeiro ou nas serrarias do lugar uma ajuda, como, mantimentos, um empregado para ajudá-los nas viagens, enfim um ajudante que ficasse permanentemente junto deles, o gerente da Fazenda Morungava, Elídio Leal, cedeu um empregado, conhecido pelo nome de “Chico Duardo”, negro do “zoi” limpo, como diziam seus colegas la da fazenda. Arranjou dois cavalos e uma mula de serviço, cangalha e dois balaios para transporte das coisas dos religiosos, panelas para fazer comida e tudo mais necessário aos dois crentes. Assim, partiram com destino ao um lugar chamado Santo Antônio, pequeno arraial na redondeza, onde tinha uma serraria e acontecia a maioria dos entreveros de pistolagem. Passado uns 15 dias, "Chico Duardo", voltou mais magro, barbudo e muito chateado com o tratamento que recebeu do padre, durante o tempo que o ajudou la pras banda do Santo Antônio. Perguntado os motivos de sua desistência ele contou no seu modo simplório de falar, o que havia acontecido nos dias que viajou juntos aos clérigos. Primeiro, explicou, que dormia sempre mal, em tulhas muito frias, camas muito ruins, sem nenhuma cobertas para o frio, comida muito fraca e só o padre e o sacristão eram bem tratados, comendo do bom e do melhor. Finalmente, contou, que quando foram pregar lá na igrejinha da Palmeirinha do Alto, lugar muito conhecido na região, eles tiveram que ficar no lugar uns 4 dias e noites, comendo e dormindo dentro da igreja, pois era muito difícil deslocar daquele alto a noite e voltar no dia seguinte visitando e continuar pregando para o povo. Finalmente contou, que o padre e o sacristão comiam muito, os mantimentos foram acabando e na ultima noite só ficou um pedaço de charque para ser feito, e uma medida de arroz, pois o resto da comida havia acabado. Como era tropeiro antigo, sabia muito bem cozinhar, resolveu fazer um arroz tropeiro. Como não havia almoçado direito, dessalgou o charque e quando, o estava fritando, com a fome que estava, ele quase não conseguiu terminar de fazer sem comer um pedaço. Más o padre, que estavam bem nutrido, falou pra ele, que como era a ultima noite de pregação no lugar, eles iriam guardar o arroz tropeiro, para o almoço do dia seguinte, e quem tivesse durante a noite, o sonho mais bonito, comeria o charque sozinho. Na sua humildade aceitou, mas ficou pensando como iria ter sonho bonito com aquela fome que estava sentindo. Tomou uma pinga e deitou. Não conseguiu dormir, levantou foi na panela e comeu o arroz tropeiro todo. De manhã o padre e o sacristão o chamaram e pediram: Esquente o rango e vamos ver quem teve o sonho mais bonito essa noite que passou. O padre disse que sonhou que estava subindo pro céu e ficou do lado direito de Deus abençoando a todos na terra, o sacristão puxa saco, também disse que tivera o mesmo sonho, só que ficara do lado esquerdo de Deus, ajudando o padre a abençoar. Então o "Chico Duardo", falou pra eles: Olha eu não consegui dormir, vi o padre subindo pro céu, o sacristão foi atrás, então eu vi que vocês não iam voltar mais aqui na terra, fui la na panela, e comi o arroz tropeiro sozinho. Diante da bronca do padre, eu vim embora e pronto. È claro,que o nosso “Chico Duardo”, que era muito esperto, inventou esse fim para o caso com o padre, para se justificar para o saudoso Elídio Leal, sua volta repentina de sua Santa Missão.
sexta-feira, 29 de janeiro de 2016
PITACOS ...
CAMPANHA POLITICA...
O cerealista Mário Portela, candidato a vereador, resolveu fazer campanha para as bandas do Morro Vermelho. Combinou com o saudoso João "Cheque", grande cafeicultor, fazer uma reunião, em sua fazenda, com seus roceiros e os da redondeza, oferecendo a eles, pagar o que eles mais necessitavam. Veio o primeiro e pediu uma vara de anzol, O segundo veio pedir iscas artificiais para pesca. O terceiro queria uma fisga, e assim todos os que por ali passavam só pediam artigos para pescaria. O candidato Portela, mesmo intrigado com a folga do pessoal foi cumprindo o prometido. Daí a pouco chegou um outro roceiro, que queria uma enxada. O candidato elogiou o rapaz, dizendo: - Até que enfim alguém aqui que deseja trabalhar. Parece que aqui quase todo mundo só sabe pescar. Olha meu filho, escolha a melhor enxada, para seu trabalho!! - Precisa não sô Mário, para cavar a cata de minhoca, qualquer enxada serve!!.
Rap do Timão
O cerealista Mário Portela, candidato a vereador, resolveu fazer campanha para as bandas do Morro Vermelho. Combinou com o saudoso João "Cheque", grande cafeicultor, fazer uma reunião, em sua fazenda, com seus roceiros e os da redondeza, oferecendo a eles, pagar o que eles mais necessitavam. Veio o primeiro e pediu uma vara de anzol, O segundo veio pedir iscas artificiais para pesca. O terceiro queria uma fisga, e assim todos os que por ali passavam só pediam artigos para pescaria. O candidato Portela, mesmo intrigado com a folga do pessoal foi cumprindo o prometido. Daí a pouco chegou um outro roceiro, que queria uma enxada. O candidato elogiou o rapaz, dizendo: - Até que enfim alguém aqui que deseja trabalhar. Parece que aqui quase todo mundo só sabe pescar. Olha meu filho, escolha a melhor enxada, para seu trabalho!! - Precisa não sô Mário, para cavar a cata de minhoca, qualquer enxada serve!!.
Rap do Timão
Se ganha, a gente zoa/ Se perde, fica à toa/ Só não venha me tirar/ Que sua chapa vai esquentar/ Vai encarar?/ É melhor você vazar./ Aqui é Corinthians, mano!/ Aqui é Corinthians, mano!/ Me chamam de maloqueiro/ Mas eu sou é brasileiro,/ Me chamam de sofredor/ Mas eu sou é ganhador./ Campeão! Campeão! Campeão!/ Vou a pé ou de buzão/ De metrô ou avião/ Faça chuva ou faça sol/ Me bota nesse rol/ Eu não largo o timão/ Nem aqui nem no Japão./ Se a China com dinheiro/ Leva nosso time inteiro/ Para o Oriente que desponta/ Outro time a gente monta./ Sou mais um louco/ Que canta e acha pouco/ Por ti quero viver/ Por ti posso morrer/ Corinthians minha paixão/ Faz pulsar o coração.../ Coração, coração, coração./ Aqui é Corinthians, mano!/ Aqui é Corinthians, mano!
PREVISÃO CATASTÓFICA..."Cientistas alertam que os mares brasileiros poderão aumentar o nível de água devido as lágrimas de quem se arrependeu de ter votado na Dilma". (Paulo Yancey)
PREVISÃO CATASTÓFICA..."Cientistas alertam que os mares brasileiros poderão aumentar o nível de água devido as lágrimas de quem se arrependeu de ter votado na Dilma". (Paulo Yancey)
PARA REFLETIR:
Os pobres sobrevivem sem um vintém / Amparados pelo governo vil que tira / Daqueles que ainda tem.
Os pobres sobrevivem sem um vintém / Amparados pelo governo vil que tira / Daqueles que ainda tem.
Frase de itarareense: " Só tem um jeito de fazer um politico corrupto trabalhar; Não vote nele" - Leônidas dos Anjos (Cuca).
sábado, 23 de janeiro de 2016
Integração do Brasil ...
“A história é feita de muitas partes, mas também é única. Somos parte de um processo que percorre o mundo e nos liga ao planeta. Perder o sentido da mudança é perder o sentido da vida e das oportunidades que ela nos dá todos os dias, para transforma-la” - Herbert de Souza – “Betinho”.
Redescobrir a história é reviver fatos que alicerçaram o desenvolvimento que hoje temos alcançado. É reconstruir a trajetória e refazer o percurso que gerou mudanças no nosso modo de vida, de entendimento e valorização do nosso mundo e, em especial, de nosso ambiente natural. O Brasil que conhecemos hoje foi, em larga medida, desenhado e até mesmo descoberto, durante os séculos XVII e XVIII, quando tropeiros fizeram integrar o distante sul ao Império, abrindo e descobrindo novos caminhos. Centenas de milhares de milhas foram transpostas pelos tropeiros, e, do imenso trânsito, nasceram algumas cidades do sul de hoje, como Castro, Ponta Grossa, Lajes, Passo Fundo. NO Sudoeste de São Paulo, Itararé, Itapeva, Itapetininga, que foram, em início, pouso e repasto de tropas, raízes de uma cultura e uma civilização que moldaram e nos deram o País que temos. Nas rotas tropeiras foram estabelecidos pousos para descanso e troca de montarias, além de pernoite para os viajantes, que, com o tempo, se transformaram em núcleos de várias cidades. Nos , observamos a importância dos pousos dos tropeiros. Os tropeiros paulistas costumavam caminhar no máximo até 14 horas por dia, percorrendo de 7 a 8 léguas de distância (cerca de 50 km) das cidades, em direção as feiras de muares em Sorocaba. Dos vários caminhos de tropeiros na nossa região, o mais conhecido o Caminho das Tropas, interligando Itararé/Sorocaba. Porem entendemos que, dada a importância histórica de vários caminhos das tropas, esse roteiro esta incompleto, seria necessário uma pesquisa maior para redescobrir as trilhas dos "Picadores das Tropas", que serviam de comercialização de muares, equinos e bovinos, pelos tropeiros paulistas, visando principalmente redesenhar uma parte importante da história do Brasil, e que foi responsável pelo desenvolvimento dessa grande extensão territorial que temos. Além disso, os tropeiros serviam de elemento integrador. Por onde passavam, eram os festeiros, tocadores de viola e sanfona, emissários oficiais, transmissores de noticias, recados e receitas. Na nossa região foram fundamentais no momento de intensificação de culturas agrícolas e pastoril e desenvolveram uma cultura própria que chega até nossos dias por meio da literatura oral, da culinária, da musica, da religiosidade e no estilo de vida. É fato, ainda, que várias cidades ligada ao Tropeirismo estão desenvolvendo e ressurgindo como potencial e atrativo turístico que poderá, se não houver uma analise ambiental, gerar devastação e comprometimento do potencial natural das regiões, pois muitas dessas trilhas encontram-se próximas aos Parques Estaduais e Nacionais, em regiões da Mata Atlântica e Matas Ciliares, fontes de grande biodiversidade. Diante desse fatos e do crescimento da atividade turística, principalmente na pratica do Turismo Rural, existe a preocupação de interligar a área ambiental aos futuros projetos que poderão ser desenvolvidos, visando resguardar os recursos naturais e culturais, promovendo o patrimônio da sociedade, amadurecendo projetos que desenvolvam aspecto histórico/culturais e formatando os produtos que podem compor os pacotes turísticos.
Para Refletir:
-Você até pode viajar através de um livro, a passagem até é mais em conta, mas não conte com tato, olfato, paladar e audição nessa "viagem".
FELIZ 2016... É JUNTO DOS "BÃO" QUE A GENTE FICA "MIÓ".
-Você até pode viajar através de um livro, a passagem até é mais em conta, mas não conte com tato, olfato, paladar e audição nessa "viagem".
FELIZ 2016... É JUNTO DOS "BÃO" QUE A GENTE FICA "MIÓ".
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