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domingo, 31 de março de 2019

BRINQUEDOS DO VELHO TEMPO....




                                                                   BOLA DE MEIA
Da bola de meia a "Brazuca", (bola de última geração utilizada na copa do mundo do Brasil-2014).   O nome da bola da Copa no Brasil foi escolhido após votação popular. A Brazuca teve 77,8% da preferência, com 1.119.539 votos, e superou Bossa Nova (14,6%) e Carnavalesca (7,6%).  Podemos dizer que a infância de cada um” deu um salto enorme em apenas meio século. Quem traz na sua idade os “enta” (quarenta, cinquenta, sessenta, setenta) é testemunha desta mudança.   Muitos filhos, seguidamente dizem: - Pai. O senhor  não teve infância.   Ao contrário, tiveram e eu também tive,   uma infância que toda a criança deveria ter. Pés descalços, matas, rios, liberdade, carrinho  de rolimã, bolas-de-gude, bodoques, piões, piorras, gado-de-osso e... bolas-de-meia. Sim. Eu sou do tempo das bolas-de-meia. Pegávamos (uma meia) usada, enchíamos de pano e jogávamos o dia inteiro num campinho de terra, que localizava-se na rua   XV de Novembro entre as rua 28 de agosto e Itararé.  Mais tarde, fui um dos primeiros meninos a ganhar uma bola de borracha que, quando batia na perna, chupava o sangue deixando sua marca.
Hoje a infância é passada, em sua maior parte, dentro de casa ou  apartamento, os brinquedos são eletrônicos. Videogames, celulares, tudo robotizado. Contudo, nenhuma criança de agora trocaria sua infância pela minha (até por que eu não aceitaria tal troca). Assim é a vida. Cada coisa no seu tempo. Mas lhes digo: O contato com a terra, com os animais e principalmente com os amiguinhos, são fundamentais na formação das pessoas.

                                       BONECA DE PANO



O corpo é de enchimento de feltro e o vestido de tecido  simples. Os cabelos são feitos de lã de pelego ou de fio de lã, os olhos de botão  e a boca é pintada ou costurada. Esta é a receita  para a criação de  ser o brinquedo mais antigo da humanidade: a boneca de pano.  Essa técnica foi ensinada pela Dona Emerenciana Campanelle, que era especialista em costurar vestimentas masculinas; calça, camisa,  terno e afins;  E o seu hobby, era confeccionar bonecas de pano, cinco marias peteca, etc. diz sua neta, Tereza Souto Campanelli, que aliais, aprendeu a profissão de costureira com avó; Os brinquedos passados de geração a geração, perpetuam na infância, tradições tão antigas que a maioria não se sabe mais ao certo a origem. Todos, porém, tem a mesma característica: são feitos de forma artesanal pelas  próprias crianças. -Eu fazia peteca com palha de espiga de milho enrolada em uma caixa de fósforo. As penas eram de galinha, que eu juntava no quintal do meu pai Fernando Campanelli, que também,  aprendeu a profissão de alfaiate com a vó Merenciana, as cinco marias são cinco saquinhos cheios de sagu , explica Tereza.   De fato, hoje tudo é industrializado e as crianças não têm mais o hábito de fazer os  brinquedos.  Só querem  montar às vezes é melhor do que o brincar. Olhar para o brinquedo e pensar "fui eu que fiz" tem um gostinho diferente. É um mundo do faz de conta onde a criança exercita a imaginação. Há brincadeiras, porém, que não se perderam no tempo. Vivas até hoje no cenário infantil, as crianças nem sabem que, por meio delas, estão perpetuando tradições milenares;  É o caso do cavalo de pau, das brincadeiras de amarelinha, esconde-esconde, pega-pega. Que criança não brinca disso na escola?


                                        "REVOLVER"DE CHAPA    

O "revolver" da chapa ao lado. Era as armas de brinquedo  da minha geração.  Brincávamos de  Bandido e Mocinho, nas velhas e legendárias  mangueiras da Serraria Sguario. de propriedade do saudoso João Sguário;  as mangueira eram ao do campo de futebol do Sguário Esporte Clube, que localizava-se na rua XV de Novembro, esquina com a 9 de julho.  Não podíamos imaginar, naquela época, que o mundo tornar-se-ia tão violento e que as armas eram, na verdade, as contrarrazões da humanidade. Tempo bom, de inocência e pureza.
Antonio fe Fazio

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