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sexta-feira, 31 de julho de 2015

UM PATRIMONIO MATERIAL E IMATERIAL QUE PRECISA SER PRESERVADO...



O tropeirismo brasileiro teve início com o desenvolvimento da mineração ocorrida entre o século XVII e XVIII.
A descoberta do ouro e de diamantes no Brasil colônia foi responsável por grande processo migratório para a região das "minas gerais", tanto de paulista e brasileiros de outra províncias, como de portugueses e outros europeus além ainda,  de escravos indígenas e negros africanos.   A grande corrida em busca do eldorado foi acompanhada por um grave problema, que foi a escassez de gêneros alimentícios e de outros produtos.   Isso foi o fator responsável por  sucessivas crises alimentícias resultando em grande mortalidade da população da região mineradora.   Havia também a necessidade dos minérios extraídos, chegarem até os portos de embarque  para Europa.   Dessa forma o movimento histórico do tropeirismo acabou sendo fundamental para o comércio e transporte de mercadorias,  quando não havia estradas, trens e avião, para que isso acontecesse.   Os tropeiros marcaram a história do Brasil.   Com uma saga de heroísmo, coragem, desbravamento e desenvolvimento social, cultural e geográfico.    Foram eles, os tropeiros, os responsáveis pelas demarcação da maioria das estradas e rotas do sul e sudeste do Brasil, com também, muitas no centro-oeste e nordeste, bem como as definições de povoados, vilas e cidades, que a partir de seus "pousos tropeiros", tornaram-se muitas de nossas urbes brasileiras da atualidade.   Na cultura tiveram um papel primordial na introdução de usos e costumes, musicas, danças, gastronomias, indumentária, medicina campeira, assim como o comportamento religioso e social.   Mesmo a unificação da linguagem portuguesa nos moldes do que falamos hoje em nosso pais, foi obra dessa epopeia do tropeirismo, que praticamente criou ainda a atividade do estafeta, trabalho semelhante  de nossos carteiros da atualidade   O tropeirismo acompanhou os ciclos econômicos e sociais do Brasil, entre os quais: o da mineração, do açúcar, do café, da cana, da erva mate,  etc.   Foram os muares, as molas mestras na implantação e colonização do Brasil interior, por mais de duzentos anos; as ferrovias e as estradas rodoviárias surgidas em meados do século XX, vieram tomar o seu lugar, mas até então, quando isso aconteceu, já existia um Brasil exuberante, feitos por  tropeiros, nos lombos de mulas e burros, e a pesar de tudo isso e em menor  escala e em outros moldes o ato de tropear persiste,  temos muita  gente, nos dias atuais,vivendo do tropeirismo.   Esse resumo sobre o Tropeirismo,  principalmente nos  municípios paulista  que estão inseridos no Caminho Histórico de Viamão/Sorocaba, aonde  a principal mercadoria eram mulas e burros tangidos xucros até as feiras de Sorocaba,  em que os tropeiros, heróis anônimos, impulsionaram  nossa Pátria .  É necessário estudar, valorizar, informar e transmitir aos nossos jovens,  esta pagina de gloria de nossa história, que foi  o ciclo do TROPEIRISMO, introduzindo na grade disciplinar de história, nas escolas municipalizadas, através de um Projeto Extracurricular.
SALIENTAMOS,  SE NÂO DERMOS VALOR AS NOSSAS RAIZES, NÂO IREMOS A LUGAR ALGUM...PRECISAMOS QUE  OS PREFEITOS E VEREADORES DO CAMINHO PAULISTA DAS TROPAS, SENSIBILIZEM-SE!!! MUITOS  ESTÃO INSERIDOS NESSE CONTESTO, COMO NOSSOS CONTERRÂNEOS.
 
 
 

quarta-feira, 22 de julho de 2015

SER OU NÃO SER...


O que somos? De onde viemos? Pra onde vamos? Essas questões apropriam a mente do ser humano. Se conhecêssemos com profundeza a essência da vida, poderíamos transmutar algumas atitudes, repensar algumas ações e redefinir nossa trajetória. O que realmente vale a pena? Quais são as verdadeiras conquistas? Nossas aspirações condizem com os objetivos previamente traçados à nossa existência? São reflexões necessárias, principalmente para aqueles que já percorreram grande parte da estrada, sem a plena consciência do seu próprio destino.  Não podemos transportar muita coisa dessa vida para a próxima morada. Tom Jobim nos deixou a mensagem: “A gente só leva da vida a vida que a gente leva”, ou seja, não estamos nessa jornada para conquistar fortunas e adquirir bens materiais. Fomos enviados para que pudéssemos evoluir nosso espírito e aprimorar nosso conhecimento. Há indivíduo que às vezes passam por uma vida inteira sem compreender a essência do ser. Acham-se imortal, superior, suportado pelo falso poder, pela medíocre posição transitória e pela podre arrogância. Não é capaz de perceber a insignificância de sua existência na imensidão do universo. Falta a essa pessoa a capacidade de extrair da vida aquilo que ela teima em nos oferecer. Falta a humildade de reconhecer nas pequenas coisas, nos pequenos gestos, os sentimentos mais sublimes. Imaginem um médico com esse perfil. Tive o desprazer de deparar com sua insanidade; Contraditória a digna profissão, que escolheu .  O tempo é curto e os desafios são imensos. Cabe-nos viver a vida na sua plenitude. Bem definiu Charles Chaplin: “A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos”.      Não podemos passar por aqui sem deixar nossa contribuição, pautada na generosidade, no amor, na sensibilidade, na simplicidade e na gentileza. Não é difícil, pois temos a família que nos protege, os amigos que nos ampara e o roteiro bem definido, alicerçado nos ensinamentos de Deus.


NÃO SOU BRANCO SOU ITALODESCENDENTE.
Entrevista concedida por Alberto da Costa e Silva, nosso maior especialista em África, a Miriam Leitão. Notei esta disparidade: o entrevistado utilizava sempre a palavra “negros”, enquanto a jornalista dizia “afrodescendentes” ao se referir à parcela da população brasileira derivada de africanos.  Sempre impliquei com a expressão “afrodescendente” ou “afro-brasileiro”. Simples: nunca ninguém me chamou de “eurodescendente” ou “iberodescendente” ou “Italodescendente”.  Eufemismos servem, em geral, para tentar encobrir preconceitos. Lembro-me da tia que se referia à cozinheira como “aquela moça escurinha”...Caso similar é o vocábulo “velhos”, para se referir a idosos. Sou um deles. E abomino essa mentira eufemística de “melhor idade” ou “terceira idade”. A usar eufemismo, prefiro ser chamado de “seminovo”, como os carros velhos expostos em revendedoras de veículos. E me sinto na turma da “eterna idade”, já que cronologicamente estou mais próximo dela... Não há palavras neutras, há quem ignore o significado e a carga simbólica que elas contêm.  No Brasil, a discriminação racial se disfarça pelo fato de a maioria negra ainda ser pobre. Sonho com o dia em que ninguém será identificado pela cor da pele. Pois a biologia já provou que não existem raças. Existem apenas diferenças de coloração epidérmica. Somos todos seres humanos intrinsecamente dotados de dignidade e sacralidade.

Frase de itarareense: " Prosopopeia  flácida para acalentar bovinos" (Dr. Ni Lobo).  Dito popular: Conversa mole pra boi dormir



terça-feira, 14 de julho de 2015

14 DE JULHO HÁ 83 ANOS

14 de julho de 1932: CARTA ESCRITA POR SANTOS DUMONT: Referente à Revolução de Constitucionalista :  "Solicitado pelos meus conterrâneos moradores neste Estado, para subscrever uma mensagem que reivindica a ordem constitucional do País, não me é dado, por modéstia, sair do refúgio a que forçadamente me recolhi, mas posso ainda, por estas palavras escritas, afirmar-lhes não só o meu inteiro aplauso, como também o apelo de quem, tendo sempre visado da glória da sua pátria dentro do progresso harmônico da humanidade, julga poder dirigir-se em geral a todos os seus patrícios, como um crente sincero em que os problemas da ordem política e econômica que ora se debatem, somente dentro da lei magna poderão ser resolvidos, de forma a conduzir a nossa pátria à superior finalidade dos seus altos destinos". SANTOS DUMONT suicidar-se-ia em 23 de julho de 1932, no GUARUJÁ.

MANIFESTO EM SÃO PAULO...
 14 de julho de 1932: Manifesto de autoridades paulistanas  intitulado: "AO POVO BRASILEIRO" acentuando: “SÃO PAULO não pegou em armas para combater os seus queridos irmãos dos outros Estados, nem para praticar a loucura de separar-se do BRASIL, mas unicamente para apressar a volta do País ao regime Constitucional. Enganam-se os que supõem que a atitude de SÃO PAULO esconde propósitos separatistas e é obra de partidarismo político. Podemos afiançar que é essencialmente nacionalista e sem o mais leve colorido partidário".

NA FRENTE DE ITARARÉ...                                                      14 de julho de 1932: O Movimento Constitucionalista obtinha valiosa adesão do 5º REGIMENTO DE CAVALARIA DO EXÉRCITO, sediado em CASTRO, Estado do PARANÁ, que constituía o setor mais avançado das forças ditatoriais na frente sul. Aquele Corpo de Cavalaria, comandado pelo TENENTE ASSUNÇÃO, foi enviado para a frente NORTE (a pedido do tenente, que não queria enfrentar seus companheiros do SUL), fronteira com o Estado do RIO, que se achava sob o comando do CORONEL EUYCLYDES FIGUEIREDO. Quando esse Regimento desfilou pelas ruas de SÃO PAULO, em direção à estação da CENTRAL DO BRASIL, foi recebido por imensa multidão, que o aplaudiu delirantemente, enquanto as moças paulistanas atiravam flores sobre os soldados.

quinta-feira, 9 de julho de 2015

9 DE JULHO

    

Como agiriam nossos corajosos voluntários paulistas de 32, que deram a vida pela democracia, se pudessem vê-la agora tão aviltada? Se vissem nossa pátria tão saqueada? Nossa Constituição tão desrespeitada? Se vissem – em todos os níveis de governo – a maioria dos parlamentares surdos aos clamores e carências públicas, abusando vergonhosamente do erário e apenas preocupados consigo mesmos, como nessa falsa reforma política? E as constantes tentativas para desmoralizar o juiz Sérgio Moro? Tomara que, nesta data, a lembrança do exemplo dos voluntários de 32 nos faça refletir sobre a omissão acomodada de todos nós: do povo alfabetizado, das sociedades civis e dos representantes políticos que elegemos.

 
DIETA POÉTICA                                                                                                                                                                                         Fazer dieta não é fácil para a maioria das pessoas. Imagine, então, para um poeta como Vinícius de Moraes, que amava intensamente os prazeres da vida, neles incluídos as noitadas nos botequins, a mesa farta e o copo sempre cheio. Deu-se que o poeta foi obrigado, pela saúde infiel, a fazer dieta. Suportou-a, entretanto, por poucos dias. Rebelde e irreverente, ele procurou seu médico e enviou-lhe um soneto que rompia o pacto que havia feito: “Não comerei da alface a verde pétala/ Nem da cenoura as hóstias desbotadas./ Deixarei as pastagens às manadas/ E a quem mais aprouver fazer dieta./ Cajus hei de chupar, mangas-espadas/ Talvez pouco elegantes para um poeta,/ Mas peras e maçãs deixo-as ao esteta/ Que acredita no cromo das saladas./ Não nasci ruminante como os bois/ Nem como os coelhos roedor; nasci/ Onívoro; deem-me feijão com arroz/ E um bife, um queijo forte e parati/ E eu morrerei feliz, do coração/ Por ter vivido sem comer em vão”.  A genialidade e a leveza de Vinícius são incompatíveis com qualquer dieta