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terça-feira, 13 de outubro de 2015

PITACOS

ÚLTIMO DESEJO...
Meu deus se o senhor tiver / Um presente prá me dar / Se a caso for salvação, / Nem precisa me salvar! / Quer me dá mesmo um presente / Deixe eu voltar novamente / Prá viver no meu sertão . /  Eu já tô ficando velho / Não tenho a mesma saúde / Deixe eu ver a minha terra, / Por favor, Deus, me ajude! / Deixe eu andar nos caminhos, Escutando os passarinhos, Tomando banho de açude. / Deixe-me sentir o cheiro / Da fumaça do fogão, /Assando milho na brasa / Da fogueira de São João / Comer xerêm na panela / Debruçar-me  na porteira,/ Do antigo mangueirão. /Desde que eu era mocinho /Que deixei o meu torrão / Tentando viver melhor / Mas tudo foi ilusão / De cidade, por cidade, / Passando dificuldade, /Vergonha e decepção. / Já criei duas famílias / Sem direito a sossegar, / Tudo que arranjei foi pouco / Não pude economizar / Agora vivo tristonho / Toda vez que durmo sonho / Voltando ao meu lugar. / Tem sonho que até parece / Que eu to mesmo acordado / Vendo mamãe na cozinha, /Meu pai tratando do gado, / O sonho é tão verdadeiro /Que eu chego a sentir o cheiro / Das coisas do meu passado. / Sinto o cheiro de água nova / No tempo de invernada / Ouço o barulho do vento / No ritmo da trovoada / O barulho da goteira / O rouxinol na biqueira, / Cheiro de terra molhada.../ Então Deus, aceite a troca!!/  Me faça essa gratidão, / Eu prometo ao senhor / A minha satisfação / Ao invés de me fazer santo, / Deixe eu voltar pro meu canto / No lugar de salvação. / Deixe eu ver serra do gado, / Como era antigamente, / O velho grupo escolar, / A igrejinha na frente, / Assuma este compromisso, / Se o senhor fizer isso, / Já é o melhor presente. /  Meu prazo de validade / Já está quase vencido / Juro que se eu não voltar / Pro lugar que fui nascido, /Nada prá mim tem valor / Posso jurar ao senhor / Tudo que fiz foi perdido. / Eu quero acordar cedinho, /Sem ter preocupação / De mercado prá pagar, /Aluguel e prestação, / Quero a paz da minha terra, / E esquecer essa guerra, / Onde tudo é ilusão. / Quero olhar pro céu a noite, / E ver a lua brilhar / De manhã sentir o sol / Começando a clarear / Dê-me esse resto de vida / Com minha família unida / Vivendo no meu lugar. / Meu deus, eu vou terminar / Desculpe a minha fraqueza / Mas se eu morrer por aqui, / O senhor pode ter certeza / Que se isso acontecer,/ Meus filhos irão dizer / Papai morreu de tristeza.
 PARA ONDE VAMOS ???
Meu País, como o quero de volta, como queria ter boas notícias, como queria algo que incentivasse o empresário. o comerciante e, consequentemente, o emprego. Ai, que saudade do Brasil! Como eram bons aqueles tempos sem inflação, sem dólar nas alturas, e que a gente podia comprar até produtos importados, os quais cabiam no orçamento. A construção civil contratando, as montadoras de carros vendendo, os jovens entrando na faculdade, e hoje o que temos: A cada dia um escândalo, envolvendo autoridades de várias instituições e partidos que não correspondem com a sua história...
O OUTRO LADO DA MOEDA...
Minha questão não é filosófica, nem histórica, tampouco geográfica ou linguística. É questão matemática mesmo! Em valores, qual é o número que delimita o que é ser corrupto, ou não? Minha pergunta parece óbvia, pois muitos responderiam de imediato que qualquer valor recebido ou pago, por algo desonesto, seria um valor corrupto. Porém, não é o que se observa no cotidiano. Há muita gente intrigada com os bilhões desviados da Petrobras, mas que não se intriga com os R$ 4 a mais que recebeu no troco errado e não devolvido. Muita gente questiona os milhões de dólares dos políticos desviados às contas bancárias suíças, mas está pouco preocupada com o ‘café’ pago para o policial para livrar a multa, tampouco ficam pasmos por estacionar (‘rapidinho, volto logo’) no local destinado a deficientes ou idosos, ou parar em fila dupla. Muitos bradam aos quatro cantos os superfaturamentos dos estádios da Copa ou do metrô de São Paulo, mas pouco se interessam pela sonegação de impostos da ‘lojinha’ perto de sua casa, porque julgam ser ‘dinheiro de pinga’. Novamente eu pergunto: qual é o valor que é o limite entre ser corrupção ou não? R$ 50? R$ 100? R$ 10 mil? R$ 1 milhão? Ou não existe valor para o ser humano, o que existe é ter ângulos diferentes de visão, ao estar sendo favorecido ou sendo prejudicado? Vale a máxima de que meus inimigos devem ser execrados e meus amigos desculpados? Qual é o valor da corrupção?...
PARA REFLETIR...
Nos encontros  que fazíamos regularmente  extra Câmara,  pretexto para falarmos de política, futebol e dos grandes problemas do Brasil  e  Itararé, o ex-prefeito Benedito Nehir Carneiro, então, Presidente da Câmara (quanta saudade!) lembrava sempre da frase que lhe disse o governador André Franco Montoro: “A política é como a enxurrada. E não há enxurrada de águas limpas”. Em seguida, acrescentava o advérbio de modo: “Infelizmente!”.  Ao que parece, as enxurradas de hoje são mais sujas do que as de antigamente.
PREPARATIVOS...
-Amigo, e se o GOVERNO optar pela Volta da CPMF, o que NÓS vamos FAZER? Ora amigo absolutamente NADA.  Até porque as autoridades dizem para NUNCA REAGIR em caso de ASSALTO.
FRASE DE ITARAREENSE: " É nos momentos de crise que se cresce.  Mas eu já estou batendo a cabeça no teto...  Até quando??" - Leônidas dos Anjos (Cuca).

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